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O corpo humano é uma verdadeira máquina. Cada pedacinho de nós está interligado, garantindo todo o bom funcionamento, que nos permite viver e caminhar sobre a Terra. Ele tem em média aproximadamente 37 trilhões de células. O mais interessante é que uma jornada para entender o que cada uma delas faz está sendo feita.
Para que a função dessas células seja descoberta, é preciso o conhecimento de cientistas de todas as áreas, indo de cientistas da computação, biólogos, médicos, até matemáticos. Além deles, também é necessário novas tecnologias e algoritmos bem sofisticados.
Antigamente, um microscópio primitivo, que era quase que somente uma lente de aumento, iria revelar uma nova célula de forma visceral. Entretanto, hoje em dia, uma análise na tela do computador é quem faz essas revelações. Mas a surpresa e maravilha é a mesma que nos tempos antigos.
Corpo humano
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Mesmo que a tecnologia tenha avançado, esse tipo de pesquisa tem várias dificuldades. Justamente por isso que várias equipes trabalham nesse projeto. E por mais que as dificuldades sejam muitas, as recompensas podem ser enormes.
Com isso em mente, um consórcio de 29 cientistas se reuniu para determinar quais tipos de células compõem o revestimento da traqueia. Feito isso, eles encontraram um novo tipo de célula que pode transformar a compreensão e o tratamento da fibrose cística.
Essas novas células não tinham sido observadas antes porque são bastante raras. Elas compõe aproximadamente 1% das células das vias aéreas. No entanto, isso não quer dizer que elas são menos importantes.
Tanto que quando os cientistas examinaram-nas mais detalhadamente, eles viram que um dos genes ativos nessas células da traqueia é o gene “regulador da condutância transmembrana da fibrose cística” (CFTR). Isso deu um novo significado ao trabalho deles, visto que as mutações desse gene causam a fibrose cística.
Com isso, parece possível que eles compreendam a causa dessa doença por conta da pesquisa da função dessas células recém-descobertas. Por conta disso, as pesquisas continuam.
Através dessa descoberta e com outras pesquisas que usam métodos parecidos, tem-se a sensação de que a compreensão das células do corpo estão sendo transformadas por uma nova e contundente combinação entre a biologia e a ciência da computação. Com isso, descobertas ainda mais inovadoras estão sendo feitas.
Diversidade de células
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Até certo ponto, cada uma das 37 trilhões de células do corpo é única. Os tipos de células são determinados pelas proteínas específicas que elas contêm. E não existem duas células no corpo que tenham exatamente as mesmas quantidades de cada proteína.
Em outubro de 2016, Regev e Sarah Teichmann, do instituto britânico Wellcome Sanger, fizeram um evento em Londres para aproximadamente 100 cientistas de primeira linha. Eles queriam discutir uma maneira de mapear todas as células do corpo humano.
O objetivo deles era fazer algo como um Google Maps do corpo. Depois de um ano, eles tinham feito um plano específico para tentar primeiro definir 100 milhões de células de diferentes sistemas e órgãos, usando pessoas no mundo todo.
Desde então, milhares de cientistas em mais de 70 países de todos os lugares do mundo se juntaram a esse consórcio. O que é bom, já que é preciso uma comunidade bem diversa para um esforço científico global desta magnitude.
Projeto
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Essa nova ambição é uma consequência direta do Projeto do Genoma Humano. Esse projeto é o sequenciamento de todos os genes contidos em cada célula humana que foi oficialmente completado em abril de 2003.
Com o Projeto do Genoma Humano, todo tipo de variação genética foi relacionado com o aumento da susceptibilidade a doenças específicas. Contudo, as doenças genéticas se manifestam em células específicas onde determinado gene é usado. Por isso que essa análise dos genes por si só não é suficiente.
Com isso, o Atlas das Células Humanas está preenchendo esta lacuna entre os códigos genéticos abstratos e a fisicalidade do corpo humano.
Fonte: BBC
Imagens: BBC
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