Entretenimento

Aos 2.100 anos, a múmia de Lady Dai ainda está em uma forma inacreditável

0

Essa múmia chinesa está entre as mais impressionantes e bem preservadas do mundo, e não repousa nas terras egípcias, mas sim em um sítio arqueológico chamado Mawangdui, descoberto em 1971.

Trata-se de Xin Zhui, conhecida como Lady Dai, por ser a esposa do Marquês de Dai, o chanceler de Chagsha Li Cang.

A incrível preservação dos restos de Xin Zhui permitiu a realização de estudos que revelaram a vida luxuosa e opulenta da aristocrata.

Não apenas a múmia estava cercada por materiais e objetos que testemunhavam sua riqueza, mas sua pele e seu sangue permaneceram intactos por milênios após sua morte.

Na época da descoberta, o corpo intrigou os arqueólogos, pois parecia estar no nível de uma criatura viva: seu sangue, identificado como tipo A, ainda fluía, sua pele mantinha a maciez e seus órgãos estavam intactos. Essa conservação excepcional era sem precedentes.

Como resultado, uma autópsia foi realizada, revelando que Zhui faleceu devido a um ataque cardíaco aos 50 anos. A pesquisa identificou que sua última refeição foi um melão.

Seu corpo revelou um estilo de vida sedentário, com excessos alimentares. Além disso, traços de extrema falta de higiene atraíram vermes enquanto ainda estava viva.

Via UOL

Diversas doenças crônicas foram identificadas: osteoporose, cálculos biliares, hérnia de disco, dor nas costas, trombose coronária, arteriosclerose e problemas cardíacos. Essas condições levavam a aristocrata a depender de uma bengala para se locomover.

Foi a tecnologia impressionante de arqueologia que possibilitou conhecer tanto sobre essa múmia chinesa, e realizar a recuperação do seu rosto para recriar a exposição. Assim, podemos conhecer mais sobre ela e sobre sua história impressionante.

Crença

Dentro da visão cosmogônica chinesa, a vida após a morte detém uma importância significativa. O processo envolvia o falecido trazendo consigo objetos de sua escolha para guiar seu caminho pessoal.

Zhui estava claramente preocupada com um pós-vida saudável, pois, além de itens luxuosos, foi sepultada com livros de saúde, obras de arte e escritos de aconselhamento.

O túmulo também abrigava remédios da época para tratar paralisia, asma e dores de cabeça. Envolta em um precioso arsenal de cultura material da Dinastia Han, a descoberta foi uma conquista notável para os arqueólogos chineses.

O estado de conservação perfeito do corpo é tema de discussão entre os pesquisadores. Willow Weilan Hai Chang, diretora da Galeria do Instituto China em Nova York, analisou a múmia de Xin Zhui e propôs hipóteses intrigantes.

Detalhe

Um detalhe crucial observado no local do achado foi que o interior do túmulo da aristocrata estava coberto por 20 camadas de seda, fixadas com argila e carvão, essencialmente selando seu corpo a vácuo. Essa camada adicional protegeu a tumba de Xin Zhui contra agentes decompositores.

Via UOL

Simultaneamente, os arqueólogos que participaram da descoberta relataram a presença de um líquido levemente ácido na pele de Zhui, provavelmente contribuindo para a conservação.

No entanto, os cientistas ainda não identificaram exatamente qual substância é essa, sugerindo apenas que poderia ser um antisséptico.

Atualmente, os impressionantes restos da múmia chinesa Xin Zhui estão sob preservação cuidadosa, com exibição em um local próximo ao sítio de escavação, no Museu Provincial de Hunan, nos arredores de Changsha.

Com ele, foi possível não apenas aprender mais sobre o passado dessa população, mas conferir outras técnicas de embalsamento. Muitas referências de enterro e preservação provêm do Egito, mas os chineses mostraram que também sabiam como preservar um corpo.

Para curiosos, é possível conferir a múmia chinesa em períodos de visitação, e se surpreender com a recuperação das imagens e como o corpo continua em bom estado.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, UOL

Agroglifos: o que diz a ciência sobre os desenhos que aparecem em plantações

Artigo anterior

Facebook e Instagram podem ganhar versão paga sem anúncios em breve

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido