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Após mais de 40 anos de proibições, mulheres assistem a jogo da 1ª divisão no Irã

irã jogo de futebol com mulheres
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Na quinta-feira, dia 25, o Irã autorizou as mulheres a assistirem a um jogo de futebol do Campeonato Iraniano, em Teerã, pela primeira vez em mais de 40 anos. Isso porque as torcedoras foram proibidas de comparecer a jogos de futebol como espectadoras desde a Revolução Islâmica de 1979.

Como uma “ocasião especial”, o clube da capital, Esteghlal, anunciou que ofereceu “balões, bandeiras azuis e flores” para as torcedoras, de acordo com um comunicado publicado pela agência oficial do país, Irna.

“Este é um acontecimento histórico. Pela primeira vez a torcida feminina do Esteghlal irá ao estádio Azadi (de Teerã) para apoiar sua equipe contra o Mes Kerman”, publicou o jornal local “Hamshahri”. Assim sendo, a partida não ocorreu sem um pronunciamento das mulheres presentes.

Isso porque as espectadoras fizeram questão de cantar uma música em homenagem a Sahar Khodayari, torcedora do Esteghlal, que morreu depois de atear foto em si mesma, em 2019, por medo de ser presa por querer assistir a um jogo da equipe de futebol. Na ocasião, a mulher apelidada de “a menina azul”, em referência às cores do time, tentou entrar no estádio disfarçada de homem.

Seu caso gerou comoção ao ponto de muitos pedirem que o Irã fosse impedido de participar de competições internacionais e que os jogos da seleção fossem boicotados. Depois da morte de Sahar Khodayari, a Fifa ordenou que o país permitisse o acesso das mulheres aos campos de futebol.

Em janeiro deste ano, os fãs de futebol puderam assistir a uma partida da seleção do Irã pela primeira vez em quase três anos, durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, contra o Iraque. Porém, o governo decidiu manter a decisão da exclusão das mulheres de em um estádio no leste do país, o que causou indignação

Direitos femininos

Então, em agosto, o ministro dos Esportes do Irã, Hamid Sajadi, anunciou que a Fifa propôs “em uma nova carta”, que fosse permitida a participação de mulheres nos jogos de futebol no país. “Não temos nenhum problema com a presença de mulheres nos estádios”, declarou ele à imprensa.

Vale destacar que os clérigos, que possuem um papel importante nas tomadas de decisões no Irã, tiveram uma posição contra. Isso porque argumentam que as mulheres devem estar protegidas da atmosfera masculina e da vista dos homens. Portanto, não devem usar roupa esportiva, já que faz com que seus corpos estejam parcialmente visíveis.

Inclusão na Copa do Mundo

Nike

Para além da participação das mulheres nos campos do Irã, outra discussão presente no Brasil é a inclusão de diferentes crenças no espaço do futebol. Isso porque a Nike lançou a nova camisa oficial da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2022.

Além da estampa inovadora de onça, que foi um ponto interessante para diversas pessoas que decidiram fazer seus pedidos, alguns notaram que haviam nomes que foram proibidos na personalização. Enquanto “Cristo” poderia ser escolhido, nomes como “Ogum” e “Exu” foram vetados, levantando a discussão sobre intolerância religiosa.

As camisas foram lançadas para a Copa do Mundo, que ocorrerá no Catar em novembro. Assim, quem quiser adquirir o manto oficial com um nome personalizados precisa seguir as regras que a Nike estabeleceu.

Entre os termos proibidos, a Nike escolheu “Bolsonaro”, “Lula”, “Mito” e “Comunista”. Isso porque se referem às questões políticas do Brasil que podem ser pontos de tensão. Porém, a polêmica em relação às regras está ligada à acusação de intolerância religiosa.

Entre os outros termos proibidos, a Nike escolheu “Ogum” e “Exu”, termos de religião de matriz africana. Já nomes como “Jesus” ou “Cristo” foram permitidos. Além disso, “Maomé”, nome comum, sendo ligado ao Islã, também foi vetado.

Fonte: G1

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