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Aquecimento estratosférico iminente em volta do Polo Norte pode acontecer, segundo cientistas

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Os eventos climáticos são sempre bem observados pelos meteorologistas para saber o que vem pela frente para determinado lugar do mundo. Em todo inverno no hemisfério norte, um vento frio circula no Polo Norte. Esse é um padrão climático que os meteorologistas sempre observam ansiosamente. Até porque, qualquer mudança significativa pode sugerir que a Europa estará prestes a sofrer uma onda de frio bem forte.

No entanto, agora, esse vento está se partindo em dois. Os pesquisadores das universidades de Bristol, Exeter e Bath descobriram uma nova forma de prever os efeitos indiretos de várias mudanças nessa corrente de ar.

O que está causando o frio é uma explosão de repente de calor que se infiltrou nas correntes em um período entre 24 e 48 horas. Com a temperatura subindo em até 40º Celsius, o vórtice sofreu algumas mudanças rápidas. Isso mudou seu curso e se dividiu em dois que se chocam contra a atmosfera ao redor.

Os resultados disso podem ser devastadores. Há alguns anos atrás, um evento de aquecimento estratosférico (SSW) repentino empurrou o ar polar gelado da Sibéria para a Europa. Isso fez com que uma célula carregada de neve de alta pressão fosse liberada.

Ela  se centrou na Escandinávia e o choque do tempo gelado lançou uma mortalha congelada até o oeste do  Reino Unido. Tudo isso fez com que o transporte tivesse um caos, além de várias mortes por conta do frio.

Mudanças

Contudo, nem todas as mudanças nesse vórtice polar levam a condições de congelamento. Há dois anos, o aquecimento dos ventos polares estratosféricos veio antes de um dos dias mais quentes de inverno da história do Reino Unido.

E esses eventos de aquecimento estratosférico não são extremamente raros. Os registros sugerem que aproximadamente meia dúzia deles acontecem no vórtice polar do Ártico a cada década.

As observações de mais de seis décadas dão aos pesquisadores 40 exemplos de oscilações e divisões no vórtice polar estratosférico do norte. E os resultados sugerem que sempre que o vórtice polar se dividir em dois ventos menores, é de se esperar eventos de resfriamento mais fortes se comparados com as outras anomalias SSW.

“Conforme previsto, as observações atmosféricas estão agora mostrando que a estratosfera ártica está passando por um evento de aquecimento repentino associado a um vórtice polar estratosférico enfraquecido”, disse Adam Scaife, chefe de previsões de longo alcance do UK Met Office.

Além disso, essa mudança tem todas as características do tipo mais perigoso de SSW. Isso quer dizer que existe uma boa chance de que aqueda prevista na temperatura seja bem significativa.

Modelos

Ter esses modelos climáticos para se basear ajuda a aumentar as chances sobre o que esperar. No entanto, ainda existe espaço para várias incertezas quando  o assunto é definir os detalhes mais precisos.

Até porque, o Reino Unido experimentou um calor recorde no inverno depois de um SSW em fevereiro de 2019. Por isso, um calor parecido nas próximas semanas não é uma possibilidade descartada.

“Embora os períodos prolongados de frio e neve em fevereiro e março de 2018, apelidado de ‘Besta do Leste’ pela mídia do Reino Unido, estivessem ligados a um aquecimento estratosférico repentino, o período de calor recorde ocorrido em fevereiro de 2019 também ocorreu após tal evento “, disse o meteorologista Matthew Lehnert.

E ferramentas como esse algoritmo vão melhorar as chances de adivinhação. E vão continuar a fazer isso, conforme mais se aprende sobre a atmosfera.

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