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As primeiras drogas do mundo!

Drogas
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Muito se imagina por aí, devido ao momento em que se vive hoje, que o consumo de drogas alucinógenas é algo relacionado à modernidade ou contemporaneidade. Isso porque as referências e citações sobre o consumo de drogas na Antiguidade é quase nulo. Ou seja, são casos isolados, que não dificultam o estudo do caso.

Sendo assim, quando se tem menções ao uso de entorpecentes, fala-se das drogas quase que por acaso. Dessa forma, quase não se tem alusões ao uso recreativo das substâncias. A maiorias das menções está relacionada ao uso medicinal ou religioso, como é o caso da ayahuasca.

Contudo, aparentemente, existe um comércio internacional de drogas que data de antes de Cristo. Isso mesmo, segundo estudos, o comércio existe desde 1000 a.C.. Sendo assim, a arqueologia se juntou à ciência, para que a verdade sobre esse mistério se revele de uma vez.

Mas você imagina qual tipo de droga se usava naquela época? Bem, segundo os escritores antigos, e seus tradutores, as civilizações mais antigas do Mediterrâneo consumiam duas drogas: ópio e maconha. Além disso, uma pesquisa revelou um padrão no uso dessas drogas.

Surgimento do ópio

Você está familiarizado com a série de livros e série de televisão Game of Thrones? Nesse produto da mídia, os médicos usam um remédio chamado de “leite de papoula”. O remédio é potente e consegue amenizar até a mais forte das dores. E, caso você não saiba, a papoula é conhecida popularmente como ópio!

Um dos indícios mais contundentes sobre o uso do droga na antiguidade é o uso frequente da planta em estátuas e gravuras. Ou seja, essa planta era um item de adoração para os povos antigos, digno de se representar sem sua arte. Além disso, foi descoberto pelos arqueólogos que, em 1600 a.C., fabricava-se e comercializava pequenos frascos de papoula. Dessa forma, assume-se que usavam a substância de alguma maneira.

Já em 2018, a revista Science, que pelo nome você já deve imaginar que é uma revista científica, divulgou novas informações sobre as cápsulas. Foram encontrados recipientes nas escavações que mostraram que, além do ópio, muitos continham outras substâncias psicoativas. Além disso, encontraram outros frascos em diversos países, o que leva a crer que um sistema de distribuição existiu na época.

Origem da cannabis

Foto: Unsplash/ @crystalweed

Acredite se quiser, até porque 1600 a.C. já é um pouco assustador, mas a cannabis tem uma história ainda mais antiga que o ópio. A erva mais famosa do planeta chegou à Europa antes mesmo de os primeiros registros serem feitos no Velho Mundo. A maconha chegou junto do povo Yamna, que surgiu na Ásia Central. Já no norte e no centro da Europa, a plantinha já existe há mais de 5 mil anos.

Durante as pesquisas e escavações, foi descoberto que se usava a droga também na fabricação de cordas e tecidos. Porém, foram encontrados braseiros com cannabis carbonizada, provando que eles sabiam apreciá-la para além do artesanato. Ou seja, usava-se de forma extensa, de maneira prática ou recreativa.

Além disso, é sabido que os chineses cultivavam uma versão ainda mais potente da droga conhecida pela população atual, uma espécie de cannabis mais forte, cultivada há cerca de 2,5 mil anos. Por incrível que pareça, essa versão potente da cannabis também era comercializada em grande escala. Tanto o produto quanto o conhecimento de sua plantação, supostamente, percorreram a Rota da Seda.

Para finalizar, foi descoberto na cidade de Ebla, local onde hoje é a Síria, fogões e panelas com capacidade para até 70 litros. Até aí tudo bem, contudo, o que os arqueólogos não esperavam encontrar era resíduo de cannabis ao invés de comida nessas panelas. Sendo assim, não resta quase nenhuma dúvida de que o local encontrado era usado para fabricar produtos farmacêuticos psicotrópicos. Ou seja, a Antiguidade guarda segredos como tráfico de drogas e fábricas de drogas em larga escala!

Fonte: BBC

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