Curiosidades

Brasil bateu recorde de desastres naturais em 2023

0

À medida que as ações do homem têm causado diversas mudanças climáticas, os riscos de desastres naturais, consequentemente, têm aumentado. Eles, como o próprio nome já diz, consistem em ações da natureza que acabam resultando em catástrofes ao ambiente e, em alguns casos, à humanidade. De forma geral, a atual fragilidade do planeta Terra tem feito com que eles se tornem cada vez mais frequentes. E futuramente, podem acabar sendo os causadores do nosso fim.

Mesmo eles sendo uma ameaça para a humanidade, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no Brasil, em 2023, aconteceram mais de 1,1 mil desastres hidrológicos e geohidrológicos. A média foi de três por dia.

Além disso, de todos os 1.161 desastres naturais registrados, 716 foram hidrológicos, que são transbordamentos de rios, e 445 foram geológicos, que são deslizamentos de terra.

Essa foi a primeira vez que nosso país ultrapassou a marca de mil desastres naturais sendo registrados em um ano. O Cemaden também emitiu 3.425 alertas de desastres no Brasil durante todo ano passado, sendo uma média de nove por dia.

Desastres naturais em 2023

Olhar digital

De acordo com o Cemaden, esse aumento visto na quantidade de desastres naturais foi por conta da mudança climática, tendo um destaque a transição do La Niña para o El Niño. Essa mudança fez com que o padrão das chuva no nosso país mudasse com relação à média histórica.

Ano passado, esses desastres naturais foram responsáveis por 132 mortes associadas às chuvas. Outras 9.263 pessoas ficaram feridas ou doentes e aproximadamente 74 mil ficaram desabrigadas por conta desses eventos.

Ao todo, 524 mil pessoas ficaram desalojadas por conta dos desastres naturais que aconteceram em 2023. Eles também causaram prejuízos econômicos consideráveis, tendo um impacto estimado de 25 bilhões de reais. Esse valor afetou tanto as áreas públicas como as privadas.

O ranking nacional de ocorrências foi liderado por Manaus. Veja quais foram as dez cidades que tiveram mais ocorrências, de acordo com o Cemaden.

  1. Manaus (AM): 23;
  2. São Paulo (SP): 22;
  3. Petrópolis (RJ): 18;
  4. Brusque (SC): 14;
  5. Barra Mansa (RJ): 14;
  6. Salvador (BA): 11;
  7. Curitiba (PR): 10;
  8. Itaquaquecetuba (SP): 10;
  9. Ubatuba (SP): 9;
  10. Xanxerê (SC): 9.

Agora, com relação aos alertas de desastres, 1.813 foram hidrológicos e 1.612 foram geohidrológicos, e Petrópolis foi a líder desse ranking, com 61 alertas. O Cemaden também fez um ranking dos municípios com maiores números de alertas.

  1. Petrópolis (RJ): 61;
  2. São Paulo (SP): 56;
  3. Manaus (AM): 49;
  4. Belo Horizonte (MG): 40;
  5. Rio de Janeiro (RJ): 35;
  6. Juiz de Fora (MG): 34;
  7. Angra dos Reis (RJ): 30;
  8. Recife (PE): 26;
  9. Teresópolis (RJ): 25;
  10. Nova Friburgo (RJ): 25.

Previsão

Olhar digital

Sabendo todos os danos que os desastres naturais podem causar, nada mais lógico do que tentar prever quando eles irão acontecer para diminuir ao máximo esses danos. Nesse ponto, a inteligência artificial pode ser uma grande ajuda.

Esse uso já é uma realidade em várias empresas do Brasil. Elas usam análise de dados e IA para conseguir diminuir os riscos causados pelas enchentes, deslizamentos e outros eventos extremos. Mostramos aqui quais empresas são essas.

Sipremo

Essa startup tem escritórios em São Paulo e na Flórida e usa a IA para conseguir prever quando, onde e quais tipos de eventos climáticos extremos irão acontecer. O sistema deles age de uma forma personalizada e leva em consideração variáveis diferentes que ajudam nessa previsão de riscos.

Esse recurso pode ser aplicado em setores diferentes. Por exemplo, no transporte, essa IA pode fazer o monitoramento de metrôs, trens, ônibus e balsas 24 horas por dia.

De acordo com a empresa, o sistema dela dá um status em tempo real, mostra a área que pode ser afetada e o tempo de previsão para determinado evento extremo.

MeteoIA

Essa startup de ciência de dados foi fundada em 2018 e se especializou em desenvolver modelos de inteligência artificial que aprimoram a previsão das condições meteorológicas. Então, a empresa criou sua própria ferramenta chamada MIA. E de acordo com seus fundadores, a partir da terceira semana de uso, as chances de acerto, tanto para secas como para chuvas, são de 63%.

Fractal Engenharia

A especialidade dela são soluções de engenharia para gestão de recursos hídricos. Ela também oferece serviços de prevenção de desastres naturais focados nos setores hidrelétricos e de mineração.

Eles têm o chamado Sistema de Previsão de Eventos Hidrológicos Críticos, SPEHC, que usa dados de hidrometria e informações de modelos de previsão de chuva e de radares meteorológicos para conseguir fazer suas previsões. Com isso, a empresa consegue prever a vazão da chuva em tempo real e dá  dados até 15 dias antes.

Civi

Esse é um aplicativo que tem foco na segurança pessoal e familiar. Por conta disso, ele faz o rastreamento em volta da cidade e dos lugares próximos onde o usuário circula. Com isso, o Civi tenta manter as pessoas informadas para que elas possam se prevenir de situações de risco, como por exemplo, alagamentos, enchentes e incêndios.

Wiiglo

Essa é mais uma startup que junta um monte de informações e através de algoritmos de IA consegue gerar análises sobre o comportamento da cidade. Esses resultados são mostrados em softwares de visualização que dão aos operadores das cidades o entendimento de como ela está se comportando naquele momento.

A Wiiglo nasceu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e ajudou a cidade a chegar no primeiro lugar no Ranking de Cidades Inteligentes em Tecnologia e Inovação.

Fonte: Olhar digital, Época negócios

Imagens: Olhar digital

Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores

Artigo anterior

De Margot Robbie a ‘Saltburn’: os maiores esnobados do Oscar 2024

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido