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Brasil pode receber “uber voador”

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O veículo elétrico da Uber, chamado de VTOL (sigla em inglês para veículo elétrico de decolagem e pouso vertical), pode chegar ao Brasil nos próximos anos. Apesar de ser chamado de “carro voador”, a aparência do veículo se assemelha a um avião ou helicóptero. No entanto, muitos pontos os diferenciam, além do fato do VTOL ser elétrico. A previsão é de que a aeronave esteja em funcionamento no país a partir de 2026.

Um dos desejos da Uber com o desenvolvimento do veículo é que ele seja mais silencioso que um helicóptero. Uma das estratégias para isso é o uso de pequenas hélices em pontos específicos da aeronave. Dessa forma, o “carro voador” adquire a aparência de um drone, mas em proporções muito maiores. 

É importante frisar que quem fabrica as aeronaves não é a Uber. Empresas com experiência no ramo são atribuídas para a criação do veículo. Enquanto isso, a Uber acompanha o desenvolvimento e passa algumas diretrizes do que busca no produto. Recentemente, a Hyundai firmou uma parceria com a Uber para o desenvolvimento do VTOL.

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Os “carros voadores”

Inicialmente, os veículos deverão contar com pilotos dentro das aeronaves comandando a viagem. Provavelmente, serão pilotos comerciais de helicópteros com um treinamento extra para o VTOL. No entanto, o objetivo da empresa é que tudo seja autônomo no futuro. O carro voador funciona com uma decolagem vertical e pode atingir velocidades de até 240 km/h, a uma altitude de 2 mil pés. Os aviões elétricos podem percorrer cerca de 96 km com uma carga de bateria.

O interessante desses veículos é que eles podem decolar e pousar de qualquer lugar, teoricamente. A Uber diz que poderá usar até helipontos já espalhados pelas cidades, mas as estruturas terão que passar por adaptações, já que são necessários locais específicos para recarregar as aeronaves. A partir do momento em que for disponibilizado, usuários poderão pedir seu táxi voador pelo próprio aplicativo.

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As viagens da modalidade “Uber Air” poderão ser compartilhadas com outros passageiros, o que as tornariam mais baratas. Além disso, o desejo da empresa é que, no futuro, as viagens tenham valor menor do que as viagens de carro comum.

Outro ponto a ser ressaltado é que a ideia da Uber é que os veículos não sejam usados para trajetos curtos dentro de cidades, e sim para mais longos. Um exemplo dado pela própria companhia é ir de São Paulo ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Atualmente, pegar um UberX de Pinheiros, em São Paulo, para Viracopos custa cerca de R$ 200.

É importante ressaltar que, para que os “carros voadores” possam operar livremente no Brasil, é necessário que a nova modalidade seja aprovada e regulamentada por entidades que regulam o espaço aéreo. Os espaços aéreos são rigorosamente monitorados, até mesmo para que não aconteçam acidentes entre aeronaves. Dessa forma, um sistema aprimorado deve ser criado para o Uber Air a fim de evitar “trânsito” ou colisões aéreas. 

O Uber Air no Brasil

A cidade de São Paulo é uma forte candidata a receber a tecnologia. Considerando que esta é a cidade onde a Uber realiza a maior quantidade de viagens de carro do mundo, o Uber Air tende a ser bem aceito. A capital também é a maior do mundo em frota de helicóptero para civis, o que mostra que o mercado aéreo tem potencial para ser explorado na região. 

Além disso, a Uber destaca São Paulo como “a principal operação da Embraer no mundo” e, junto a isso, o estado tem a maior infraestrutura para helicópteros do mundo, com 528 heliportos. Um fato curioso é que a Embraer tem 735 VTOLs encomendados e nenhum deles é pela Uber. Os principais compradores são operadoras de helicópteros, empresas de táxis aéreos e de compartilhamento de aeronaves.

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Como parte do desenvolvimento, a Embraer inaugurou o seu primeiro simulador de voos VTOL em São José dos Campos. O simulador será usado para testes e treinamento de pilotos. O modelo proposto pela fabricante brasileira terá oito hélices propulsoras e capacidade para levar um piloto e mais quatro passageiros. 

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