Natureza

Calendário de eclipses em 2022

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Eclipses solares e lunares são eventos astronômicos que ganham total atenção quando acontecem. Embora sejam incríveis, esses fenômenos não acontecem com muita frequência e, algumas vezes, não conseguimos vê-los. 

Os eclipses que ocorrerão em 2022 já foram analisados e inclusive têm data marcada para acontecer. Se tivermos sorte e se as condições climáticas permitirem, conseguiremos apreciar esse incrível fenômeno. Para os amantes do céu e do universo, vale a pena se programar para ver todo o processo do eclipse acontecendo. 

Mas, de fato, o que são eclipses?

De forma simplificada, um eclipse é definido como o fenômeno em que um astro deixa de ser visível por um período de tempo porque um corpo celeste o “tampou”. É claro que isso é muito relativo, já que estamos analisando de acordo com o nosso referencial, aqui da Terra. 

O astro pode deixar de ser visível por conta de um outro astro que fica entre ele e o observador, que somos nós aqui no nosso planeta. Da mesma forma, o eclipse pode acontecer por conta das sombras de outros corpos e não necessariamente por conta de um astro ter “se colocado” na frente do Sol ou da Lua, por exemplo.

Os eclipses costumam ser solares ou lunares. Um eclipse solar ocorre quando a Lua fica entre a Terra e o Sol. Dessa forma, o Sol fica “escondido” atrás da Lua por um certo tempo e presenciamos momentos de escuridão no meio do dia. Já o eclipse lunar acontece quando a Terra passa entre a Lua e o Sol, gerando uma sombra no nosso satélite natural durante este trânsito.

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No eclipse lunar, a Lua não “some” do nosso campo de visão como acontece durante o eclipse solar. Sendo assim, nesse fenômeno é possível observar o satélite natural na cor avermelhada. Além disso, os eclipses podem ser parciais (que é quando apenas parte do Sol ou da Lua são cobertos) ou totais (quando o astro é coberto completamente).

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É importante ressaltar que eclipses podem acontecer com demais estrelas da galáxia, mas a observação é mais difícil, visto que existem diversas estrelas ao redor do nosso planeta e, muitas delas, estão localizadas a grandes distâncias de nós.

Eclipses em 2022

Ao longo do ano, ao menos dois eclipses lunares totais devem acontecer, além de dois eclipses solares parciais. Os eclipses lunares ocorrerão nos dias 16 de maio e 8 de novembro, respectivamente. No dia 16, o eclipse será visível nas Américas do Norte e do Sul, Europa, África, e partes da Ásia. Sendo assim, será possível observar o espetáculo daqui do Brasil, que vai ocorrer das 00h30 às 01h54. 

Já no dia 8 de novembro, o eclipse não será visível em boa parte do Brasil, principalmente na faixa leste, que engloba todo o litoral e a região Centro-oeste. O primeiro eclipse solar parcial ocorrerá no dia 30 de abril e será visível em uma determinada faixa do Oceano Pacífico Sul e nas regiões Sul e Oeste da América Latina. Poderá ser visto em países como Argentina, Peru, Chile, Uruguai, entre outros. No Brasil, apenas uma parte poderá ser vista.

Já o segundo eclipse solar parcial acontece no dia 25 de outubro de 2022 e não será visível no Brasil. Apenas a Groenlândia, Islândia, parte da África, Ásia e uma grande parte da Europa poderão contemplar o fenômeno. 

Outros eventos astronômicos

Além dos eclipses citados acima, o ano de 2022 será marcado por diversos fenômenos astronômicos. Inclusive, o ano já começou com o periélio, que é quando a Terra fica mais próxima do Sol. Os 365 dias do ano serão repletos de eventos como chuvas de meteoro e alinhamento entre planetas. Boa parte desses fenômenos será visível a olho nu.

No dia 9 de fevereiro, Vênus estará em seu brilho máximo. O planeta aparece nesta data com magnitude aparente de -4,6, o momento de maior brilho deste planeta durante o ano de 2022. O brilho será ainda mais intenso para ser visto no fim da madrugada, por volta das 04h40.

Já no dia 27 de março haverá uma conjunção entre a Lua, Marte, Saturno e Vênus. A partir das 3h45 da madrugada esse fenômeno poderá ser melhor observado. No dia 22 de abril acontece a Chuva de Meteoros Líridas, que pode produzir até 100 meteoros por hora. 

O dia 6 de maio será marcado pela Chuva de Meteoros Eta Aquáridas, que é a segunda chuva de meteoros do ano. Ela é produzida por fragmentos do Cometa Halley e tem uma taxa razoável de 50 meteoros por hora. O melhor momento para observá-la será durante a madrugada. Esses meteoros são originados na constelação de Aquário e viajam a cerca de 66 km/s. Eles costumam deixar um rastro brilhante de permanência prolongada no céu.

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Durante dois dias, 28 e 29 de maio, haverá a conjunção de Júpiter e Marte. Ambos estarão  bem visíveis a olho nu. No dia 14 de junho haverá a primeira Superlua do ano. Trata-se de uma Lua Cheia que ocorre quando nosso satélite natural está em seu ponto orbital mais próximo da Terra. Isso pode fazer com que vejamos a Lua “maior” e mais brilhante. 

Julho a dezembro de 2022

A segunda e última Superlua do ano ocorre no dia 13 de julho. Vale a pena tirar um tempinho para olhar o céu nesse período. No dia 12 de agosto, a Chuva de meteoros Perseidas pode ter boas chances de oferecer 100 meteoros por hora. Essa chuva, causada por grãos minúsculos deixados pelo cometa 109P/Swift-Tuttle em suas passagens perto do Sol, trará meteoros com velocidade de até 60 km/s e rastros que duram alguns segundos.

Em outubro, mais especificamente no dia 21, acontece mais uma Chuva de Meteoros, chamados de Oriônidas. Trata-se de meteoros rápidos, com velocidade de até 66 km/s, mas com rastros luminosos longos e persistentes. O melhor momento para vê-los será às 5h da manhã.

No dia 5 de novembro acontece a Chuva de Meteoros Táuridas. Ela representa um dos sistemas mais interessantes do ano por apresentar meteoros nas cores laranja, vermelho e amarelo. Além disso, o sistema talvez tenha a maior duração de visibilidade geral.

Já no dia 14 de dezembro acontece a última Chuva de Meteoros do ano, chamada de Geminídeas. Embora ela possa ser melhor observada durante a madrugada, poderemos encontrar alguns meteoros a partir das 21h30, aproximadamente. Essa é a única chuva causada por um asteroide, e não por um cometa. Nesse caso, trata-se do asteroide 3200 Faetonte.

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