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Carta enviada do Titanic por passageiro uruguaio vai a leilão em Montevidéu

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Na noite de 14 de abril de 1912, o navio Titanic colidiu com um iceberg gigante. Por conta dessa colisão o casco do navio ficou danificado e toda a embarcação afundou no largo da costa de Newfoundland, no Canadá. O acidente aconteceu na viagem de estreia desse navio chamado de “inafundável”.

A viagem do Titanic partiu de Southampton, no Reino Unido, e tinha como destino Nova York. Depois do seu naufrágio, foi somente em setembro de 1985, 73 anos depois, que o navio foi encontrado. No entanto, seus destroços nunca foram retirados do fundo do mar.

Desde então, esse naufrágio faz parte da cultura mundial e foi pano de fundo para um dos filmes mais famosos da história. E mais recentemente, o nome do Titanic voltou ao foco por conta da expedição aos seus destroços que acabou resultando na morte de cinco pessoas.

Tudo isso mostra que o interesse pela embarcação em si e por tudo que a circunda ainda é bem presente na sociedade. Um exemplo disso é a carta que Ramón Artagaveytia Gómez escreveu para seu irmão Adolfo que é acompanhada de uma foto com uma dedicatória no verso. Essa carta foi enviada na última escala que o Titanic fez na Irlanda.

Agora, essa relíquia será leiloada a um preço inicial de 12 mil dólares, cerca de 57,5 mil reais. A carta é uma das 800 coisas que irão a leilão, no dia 30 de junho, tanto pessoalmente como online através da casa de leilões Zorrilla Subastas.

De acordo com Sebastian Zorrilla, fundador e proprietário da Zorrilla Subastas, a carta estava com a família durante três gerações e agora eles tomaram a decisão de vendê-la para um museu ou um colecionador. “O preço é imprevisível. O mercado terá algo a dizer”, disse ele.

Carta

Aventuras na história

A carta de Ramón foi escrita em papel timbrado e tem a marca d’água da White Star Line, que era a companhia de navegação que operava o Titanic. Ela foi escrita no dia 11 de abril de 1912 e enviada para Adolfo, o irmão. Ela tem duas folhas e três páginas escritas à mão. E claro que por conta do tempo a carta tem “manchas de umidade”, como o site da casa de leilão informa.

“Olhando para cima (de fora do navio), era como se eu estivesse ao pé de uma casa de cinco andares. Tudo o que eu disser sobre ele é pouco. Tudo é novo e rico”, escreveu o empresário de 71 anos que estava na primeira classe do navio.

No documento também tem uma nota que foi escrita por Adolf dizendo: “Última carta escrita por meu querido irmão Ramon. Três dias depois, o Titanic afundou e ele se afogou”.

Quem arrematar a carta levará também uma foto de Ramón com uma bengala e chapéu que foi impressa em um cartão postal francês e datada do dia 31 de agosto de 1909 em Évian, França, e com o seguinte escrito: “Uma carta e uma lembrança carinhosa para o meu irmão Adolfo. Ramón”.

Titanic

Aventuras na história

O interesse por artefatos que sejam relacionados com a embarcação em si ou com seus passageiros é visto com frequência quando artefatos sobre o Titanic são leiloados. Por exemplo, a planta original do navio foi leiloada e vendida por 195 mil libras, aproximadamente 1,23 milhão de reais.

A planta é enorme, tendo 10 metros de comprimento, e foi usada em 1912 para o inquérito que investigava o naufrágio do Titanic. Por conta disso, esse documento está com várias anotações feitas com giz vermelho e verde. Elas mostram os lugares que se acreditava onde o gelo tinha entrado no navio em cinco anteparos, que são as partes para proteção dos tripulantes e do navio. Depois que essas estruturas, que eram impermeáveis, quebraram, a água começou a entrar no Titanic.

De acordo com um comunicado da casa de leilões Henry Aldridge and Son Ltd, do Reino Unido, a planta do Titanic é “simplesmente uma das peças mais importantes e bem documentadas de memorabilia do Titanic existentes”.

Ela foi feita pelo Departamento de Arquitetos Navais da empresa White Star, dona do navio. De acordo com a CNN, a planta é de linho e ficava pendurada no teto na época em que o inquérito do naufrágio foi feito. O documento ficava assim para que todos os investigadores conseguissem mostrar alguma coisa no navio de uma forma fácil usando um ponteiro.

De acordo com Andrew Aldridge, diretor-gerente da casa de leilões, o preço pelo qual a planta foi vendida mostra o quão raro o documento é e como o Titanic tem um apelo gigante na história.

Fonte: Aventuras na história

Imagens: Aventuras na história

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