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Casal é sequestrado e perde R$ 50 milhões em criptomoedas

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A polícia de Goiás conseguiu avançar nas investigações que tratam de um caso de sequestro com criptomoedas, que levou uma pequena fortuna de um casal no interior do Estado.

O caso aconteceu em 2020, mas, em dezembro, a equipe que avaliava o caso conseguiu chegar a um dos suspeitos, em São Paulo, e pode ter desvendado o crime.

Um casal de investidores alemães ficou preso em cativeiro por horas enquanto os sequestradores exigiam o resgate. No entanto, eles não pediram por dinheiro, joias ou pelos bens do proprietário, mas sim criptomoedas.

Na época, exigiu a transferência de Bitcoins, a moeda virtual mais popular do mercado. O investidor tinha, em seu computador, cerca de 555 unidades, que equivaliam a mais de R$50 milhões na cotação da época.

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Imagens de uma câmera de segurança filmaram o momento em que os criminosos colocam o casal no carro e levam seu computador. Por medo, o casal preferiu não ser identificado. Os criminosos também usavam coberturas nos rostos.

Segundo entrevista dada pelas vítimas na época, os criminosos foram violentos e pediram para entrar abaixados. Em seguida, pegaram o computador portátil e dirigiram por quase 20 minutos até chegar em um local afastado da cidade.

A vítima relata que parecia uma fazenda, e foram liberados para um local cheio de mato. Naquele momento, os criminosos anunciaram o sequestro com criptomoedas e fizeram o pedido de resgate.

Além disso, ameaçaram o casal, dizendo que se os códigos estivessem incorretos, seriam mortos na hora. Por isso, o investidor passou todas as suas senhas, enquanto estava sendo ameaçado com arma.

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Criminosos conheciam a vítima

O delegado responsável pelo caso na época afirma que os criminosos conheciam as vítimas, pois o pedido de sequestro com criptomoedas foi muito específico. Eles conheciam a quantidade e qualidade dos ativos, e sequestraram o computador com um propósito.

Dessa forma, seriam pessoas que já tiveram um relacionamento com o investidor alemão antes, sabendo sobre seu patrimônio virtual.

Após concluir a transferência, os sequestradores fugiram e deixaram as vítimas no local. Quando conseguiram voltar para casa, acionaram imediatamente a polícia.

Na época, foi possível fazer o rastreamento dos códigos de registro, verificando os endereços para onde foram enviados. No entanto, a partir disso, os bitcoins seguiram para diversos usuários diferentes, prejudicando o andamento da investigação.

Polícia encontrou o principal suspeito do sequestro com criptomoedas

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Recentemente, a partir dos endereços originais, a polícia conseguiu encontrar algumas pessoas ligadas ao sequestro com criptomoedas.

Segundo as investigações, o principal suspeito seria Edgar Acioli, um trader, ou seja, pessoa que trabalha comprando e vendendo ativos financeiros na Bolsa de Valores. Ele chegou a movimentar parte dos bitcoins para o investidor alemão naquele ano.

Com o rastreamento, os responsáveis encontraram dois núcleos de atuação, o principal em São Paulo, que ligaria Edgar Acioli ao crime, além de outros empresários que teriam recebido o dinheiro virtual.

Enquanto isso, em Goiás, a polícia teria localizado os especialistas responsáveis pela logística do sequestro com criptomoedas. Foram eles que armazenaram o computador e garantiram a transferência dos bitcoins.

Nos dois núcleos, a polícia apreendeu joias, carros e mais de R$1 milhão em dinheiro. Além disso, também bloqueou imóveis que teriam sido comprados com o dinheiro da vítima. No entanto, ninguém foi preso.

Como já se passaram dois anos do sequestro com criptomoedas, a Justiça entendeu que os suspeitos não poderiam atrapalhar as investigações que seguiram em 2022.

Por isso, a avaliação segue sem ordens de prisão para nenhum dos núcleos, com exceção do empresário Edgar Acioli, que estava preso por outro crime. Sua defesa afirma que ele desconhece os fatos e que irá se manifestar apenas depois que o inquérito for concluído. Ele não foi ouvido pela polícia até o momento, e os investidores alemães não recuperaram o valor.

 

Fonte: Globo

Imagens: Pexels, Pexels, Pexels

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