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O universo sempre foi um assunto que intrigou e fascinou os humanos. E mesmo que toda sua complexidade não tenha sido descoberta, existem coisas que nós já sabemos definir sobre ele, como por exemplo, os asteroides. Um asteroide é um corpo rochoso e metálico orbitando em volta do sol. Ele faz parte dos corpos menores do sistema solar e, geralmente, tem algumas centenas de quilômetros.
Na história do nosso planeta, vários asteroides já passaram perto e quase sempre são notícia. No entanto, em determinados casos, além dos corpos celestes, quem os descobre também acaba ganhando notoriedade.
Um exemplo disso foi a brasileira Mariana Milena Prado de Sá, 19 anos. A jovem sempre se interessou por ciência e teve a inspiração em sua mãe, Walkíria Prado, que é professora de ciência. Segundo a jovem, a ciência sempre foi uma coisa presente na sua casa de uma maneira bem natural, e que por causa da sua mãe ser professora da área, ela sempre teve acesso a microscópios. Essa intimidade fez com que Mariana desenvolvesse uma paixão pelo sistema solar e pela astronomia.
Jovem
CNN
Em entrevista para a CNN, a jovem contou que na época em que ela estava estudando para entrar na faculdade, ela publicava conteúdos de astronomia e ciência no seu Instagram @marimilenastudies. O que a jovem queria era incentivar e inspirar mais mulheres a se interessarem por ciência.
“É muito difícil, na engenharia são pouquíssimas mulheres, na minha turma tem só eu e mais uma. Existe uma carência de programas que tenham essa função de engajar mulheres na área de exatas”, disse ela.
Quando Mariana tinha 18 anos, em fevereiro de 2022, ela entrou no programa Caça-Asteroides. Trata-se de uma iniciativa da NASA junto com a União Internacional de Pesquisa Astronômica. De acordo com a jovem, logo que a inscrição é feita, eles recebem um pacote com imagens de um telescópio do Havaí para que eles observem e analisem. Com isso, os inscritos têm que buscar um “pontinho” que tenha o movimento reto e se mova quatro vezes. Esses pontos são um asteroide.
Asteroide
CNN
Já no seu primeiro pacote de imagens recebido, Mariana encontrou um possível asteroide. “Mandei na segunda-feira e na sexta-feira eles já deram o retorno de que era um asteroide que nunca antes tinha sido detectado”, lembrou.
Depois de ter feito essa descoberta, a jovem recebeu um certificado da NASA por conta da sua participação na campanha e também recebeu uma medalha do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Atualmente o asteroide que Mariana descobriu já é listado como “descoberto”. Até o momento ele é chamado de “asteroide provisório”. Isso porque ele só será nomeado depois de passar por um processo longo de estudo sobre ele e sua órbita.
Descoberta
G1
Assim como Mariana, outro brasileiro também já descobriu asteroides. O pernambucano de 12 anos, estudante de escola pública em Carpina, na Zona da Mata, encontrou dois asteroides. E assim como no caso da jovem, o estudante também teve suas descobertas verificadas pela NASA.
“Mostrei para os meus pais. E eu contribuí bastante com a ciência, e eu fiquei feliz com isso. É bom porque você passa o tempo e ainda assim você ajuda muito a ciência”, contou o menino.
Os corpos celestes que Raul Ayres descobriu estão entre Marte e Júpiter, em um lugar chamado Cinturão de Asteroides. Para fazer sua descoberta o menino se inscreveu em um programa da NASA através do Departamento de Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica.
Quando os inscritos no programa encontram um asteroide, eles enviam um relatório para a NASA, em que falam onde ele está localizado, qual o seu tamanho, e a velocidade. Com essas informações, os especialistas da agência fazem a análise para que a descoberta seja, ou não, confirmada.
“Ele não sai no mesmo dia o resultado. Eu tive que esperar uma semana inteira. Eu ficava esperando todos os dias, via os e-mails, para ver se tinham dado alguma resposta. E no dia que eles mandaram eu fiquei muito feliz”, contou Raul.
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