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Chefe da OMS tem a expectativa de que a Covid não seja mais uma emergência em 2023

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Há quase mais de dois anos que o mundo inteiro enfrenta a pandemia de COVID-19. Já sabemos que o momento que vivemos é histórico e será estudado pelas gerações futuras. Além disso, o Covid trouxe as mais variadas consequências vistas tanto no individual como no coletivo.

Felizmente a ciência conseguiu minimizar como pôde a quantidade dos mortos pelo vírus através da vacina. Mas mesmo assim, ainda em 2022, o Covid é um problema grande a ser enfrentado.

Contudo, conforme disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), ele está esperançoso de que a pandemia do coronavírus não seja considerada uma emergência global em 2023.

Covid

Rio on watch

Ele fez esse comentário em uma reunião com a imprensa no momento em que a China tirou suas restrições e permitiu que as pessoas convivessem com o vírus. Isso fez com que os temores de que o país, que é a segunda maior economia do mundo, tenha um aumento nas infecções por Covid.

A categoria de como o coronavírus é visto é decidida por um órgão da OMS que se reúne com um intervalo de poucos meses para ver se esse vírus que surgiu há três anos em Wuhan, na China, e matou mais de 6,6 milhões de pessoas, ainda é considerado uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”.

Classificação

UOL

O Covid precisa ser colocado em alguma categoria porque é através dela que se gera uma resposta global e pode também conseguir desbloquear financiamento para que o dinheiro ajude nas vacinas e tratamentos.

Sobre essa mudança de categoria do Covid, Maria Van Kerkhove, a epidemiologista sênior da OMS, disse: “Há mais trabalho a ser feito”.

“Se há grandes segmentos da população que não foram vacinados, o mundo ainda tem muito trabalho a fazer”, disse Mike Ryan, diretor de emergências da OMS.

Consequência

Hilab

Por mais que o Covid realmente mude sua classificação pela OMS, suas consequências ainda serão sentidas por aqueles afetados. De acordo com um estudo feito pelos pesquisadores da Universidade da Islândia, os problemas mentais são os sintomas que mais demoram a passar nos casos longos de COVID, aqueles com sintomas durando mais de quatro semanas.

Para esse estudo, os pesquisadores avaliaram informações de 247 mil pacientes. Eles foram acompanhados por até 16 meses. Como resultado, eles viram um aumento de 18% nos casos de depressão e 13% nos de transtornos do sono. Isso já depois de as pessoas terem se curado do Covid.

O estudo apontou que o fator de risco maior para que os problemas mentais surjam a longo prazo foi o tempo que esses pacientes ficaram internados no período de fase aguda da infecção.

“Pacientes que ficaram acamados por mais de sete dias tiveram um risco persistentemente maior de sintomas de depressão (61%) e ansiedade (43%) do que aqueles não diagnosticados”, escreveu Unnur Anna Valdimarsdóttir, líder da pesquisa.

Os pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, fizeram um outro estudo avaliando quais eram os sintomas que durante a fase aguda do Covid poderiam ser sinais de um prognóstico mais preocupante para as funções cognitivas dessas pessoas.

E assim como o estudo irlandês, eles concluíram que o período que os pacientes ficaram internados teve um papel importante na persistência dos sintomas.

Além desses, existem vários estudos que relacionam o Covid com problemas mentais. Em 2021, o maior estudo até aquela época, mostrou que uma em cada três pessoas que superaram o vírus receberam um diagnóstico neurológico ou psiquiátrico seis meses depois.

Segundo os autores, o estudo foi a prova de que os pacientes com Covid estavam mais propensos, de maneira bem significativa, a desenvolver condições cerebrais quando comparados aos pacientes de outras infecções do trato respiratório.

“Embora o risco individual de ordens neurológicas e psiquiátricas do COVID-19 fosse pequeno, o efeito em toda a população global poderia ser ‘substancial’. Muitas dessas condições são crônicas. Como resultado, os sistemas de saúde precisam ter recursos para lidar com a necessidade prevista, tanto dentro dos serviços de atenção primária quanto secundária”, disse Paul Harrison, autor principal da Universidade de Oxford.

“Está claro neste estudo que o impacto que o COVID-19 está tendo na saúde mental dos indivíduos pode ser grave. Isso está contribuindo para os níveis já crescentes de doenças mentais e requer uma pesquisa mais urgente”, concluiu Lea Milligan, CEO do grupo de pesquisa em Saúde Mental do MQ.

Fonte: Yahoo, Metrópoles

Imagens: UOL, Rio on watch, Hilab

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