Curiosidades

China lança dispositivo para limpar lixo espacial

0

As pessoas são fascinadas com o espaço e as coisas que têm nele. Mas o que muitos podem não saber é que o espaço é o lar de meio milhão de toneladas de lixo espacial. Trata-se de fragmentos de detritos pequenos. Esses possuem, em média, o tamanho de uma bolinha de gude e são como “poluições” na órbita da Terra.

Há ainda pelo menos 20 mil maiores ou do tamanho de uma bola de tênis. Entre esses objetos, há luvas de astronautas, pedaços de espaçonaves “mortas” e partes de foguetes fora de uso. Sem contar outras coisas, como satélites desativados, pedaços de espaçonaves, além de restos de foguetes, que ficam na baixa órbita da Terra.

Toda essa confusão de lixo espacial, cada vez maior, orbitando a Terra está se tornando um problema bastante sério para os astrônomos. Por conta disso, a China lançou ao espaço uma grande rede de arrasto. O objetivo é diminuir a quantidade de lixo espacial que orbita nosso planeta.

Lançamento

Gizmodo

Essa rede foi lançada presa a um foguete Long March 2D, presa ao adaptador de carga útil instalado no estágio superior do veículo. Ela foi a primeira investida e funcionará com um teste para saber se o dispositivo será realmente capaz de trazer de volta à atmosfera partes de espaçonaves já utilizadas.

O lançamento aconteceu no dia 24 de junho do Centro de Lançamentos de Satélites Xichang. E junto com o foguete foram enviados três satélites da família Yaogan 35.

A rede, na realidade, se parece mais com uma vela náutica. Ela tem 25 metros quadrados e a ideia é que ela ajude a “desorbitar” o adaptador, ou seja, é esperado que a vela aumente a superfície do objeto de modo que as forças de fricção atmosférica puxem o adaptador de volta à Terra.

Esse adaptador tem aproximadamente 300 quilos e 491 quilômetros de altura. Ele voltar para a atmosfera terrestre não é somente por questões de “limpeza” do espaço, mas também porque quando se diminui o tempo que um objeto inútil fica vagando pelo espaço, o risco de colisão com outros lixos espaciais também diminui.

Objetivo

Gizmodo

Segundo a Academia de Tecnologia de Voos Espaciais de Shangai (SAST), a vela foi aberta um dia depois do lançamento do foguete. Mas todo o processo de desórbita do adaptador de carga deve demorar até dois anos.

Essa iniciativa da China é bem vista, já que o acúmulo de lixo espacial é uma das principais preocupações das agências espaciais ao redor do mundo. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), existem mais de 30 mil detritos na órbita da Terra. Já outros modelos aumentam esse número para um milhão.

Lixo espacial

lixo

UOL

Por si só o lixo espacial já está causando problemas. Contudo, os especialistas também dizem que as mega constelações de satélites operacionais, como por exemplo os satélites de internet Starlink da SpaceX ou os satélites 5G da AST & Science, estão piorando as coisas.

Tanto que a SpaceX tomou medidas para escurecer os seus satélites depois que os astrônomos reclamaram. Contudo, o “The Washington Post” informa que outras empresas não estão se preocupando em fazer o mesmo.

“Uma vez que existem objetos orbitando a Terra em todos os tipos de inclinações orbitais, realmente nenhum lugar está a salvo disso”, disse John Barentine, co-autor do estudo e diretor de políticas públicas da International Dark-Sky Association.

Felizmente, existem motivos para esperar que os engenheiros consigam descobrir uma forma de resolver esse problema, como disse o especialista em poluição luminosa do Centro de Pesquisa Alemão para Geociências, Christopher Kyba.

O especialista não fez parte do estudo, mas disse ao jornal que suas descobertas foram realmente chocantes. Mas mesmo assim ele está otimista de que os engenheiros que estão trabalhando em formas de tirar detritos espaciais da órbita irão descobrir como fazer isso nos próximos anos.

Fazer essa descoberta significaria, no mínimo, que seria possível dar adeus aos satélites extintos e aos pedaços de lixo flutuando em volta da Terra. Esse é o objetivo da vela lançada pela China.

Fonte: Yahoo, Olhar digital

Imagens: Gizmodo, UOL

Em 1999, robô previu erroneamente o futuro no Programa da Xuxa

Artigo anterior

O fascinante mundo dos micropaíses

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido