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Cientistas alertam que aquecimento global está se acelerando

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Nosso planeta já tem seu longo período de existência e já passou por várias mudanças. Uma delas, que os pesquisadores consideram uma das mais drásticas, é a climática. O aquecimento global vem afetando o mundo de várias maneiras e talvez caminhe para um ponto onde se torne cada vez mais difícil a nossa existência.

Essa mudança climática é causada pelo homem e suas ações com o meio ambiente. Vivemos em uma situação de perda e estima-se que, com o passar do tempo, a vida ficará impossível para várias espécies de seres vivos, incluindo os humanos.

Tanto é que, nas últimas décadas, vários climatologistas das mais variadas instituições fizeram o alerta de que a taxa dos termômetros estava aumentando, e isso pode estar se acelerando.

Acelerando

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Contudo, essa hipótese não teve um consenso dentro da comunidade científica. Isso porque o aquecimento global estava se mantendo estável. No entanto, depois da inédita ebulição do clima vista no mundo todo em 2023, os cientistas fizeram o alerta de que a aceleração das mudanças climáticas é uma realidade.

De acordo com um artigo publicado em dezembro, um grupo de pesquisadores liderados pelo cientista americano James Hansen disse que o ritmo do aquecimento global deve aumentar 50% nas próximas décadas. E claro que os impactos que isso causará também serão crescentes.

Segundo os pesquisadores, a quantidade de energia térmica retida na Terra é crescente. Ela é conhecida como desequilíbrio energético e é a responsável pela aceleração na mudança no clima.

“Se há mais energia entrando do que saindo, o globo fica mais quente. E se aumentar esse desequilíbrio, vai ficar mais quente ainda mais rápido”, afirmou o pesquisador.

Emissões

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Além dele, Zeke Hausfather, climatologista da Universidade Berkeley, da Califórnia, também deu forças a essa hipóteses, mostrando os recordes batidos nos quatro continentes durante o ano passado. “Há evidências crescentes de que o aquecimento global se acelerou nos últimos 15 anos”, afirmou.

De acordo com análises, o ritmo do aquecimento global está em aceleração desde os anos 1970, e a explicação para isso é inusitada. Até então, as atividades industriais lançavam uma poluição pesada na atmosfera, o que criava uma camada de fuligem. Por sua vez, essa fumaça negra era algo fatal e matava milhares de pessoas todos os anos.

Por mais que causasse mortes, essa fumaça criava uma barreira contra o calor do sol, que era refletido pelas partículas. Recentemente, um estudo descobriu que na década de 1980, essas partículas diminuíram cerca de 80% o ritmo do aquecimento global.

No entanto, a partir dos anos 1970 esse escudo foi desfeito, bem na época em que as leis ambientais para conter as emissões começaram a ser implementadas. Então, entre 1880 e 1969, a Terra foi se aquecendo de forma lenta, com uma taxa de 0,04°C por década.

Agora, uma grande parte a respeito do debate sobre se o aquecimento global está realmente acelerando é por conta das novas regras para emissões de transportes marítimos.

Segundo os argumentos dos cientistas, essa mudança nas emissões pelos navios pode ajudar para acontecer um desequilíbrio grande no nosso planeta. Isso porque a quantidade extra de calor fica dentro do sistema terrestre ao invés de ir para o espaço.

Aquecimento global

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As consequências desse aumento do aquecimento global podem ser vistas no mudo todo. Os novos modelos feitos entre 1991 e 2018 estimaram que mais de um terço de todas as mortes relacionadas ao calor no verão tiveram como causa o aumento das temperaturas. Ou seja, os resultados mostram que, se o ser humano não tivesse causado tanto dano ao planeta e provocado grandes mudanças climáticas, bem menos pessoas teriam morrido.

O risco de morte por calor é bem alto, principalmente em regiões como o Sul da Europa, América Central e do Sul e Sudeste Asiático. E no Equador e na Colômbia, por exemplo, chega até três quartos a proporção de mortes ligadas ao calor que são relacionadas com o aumento de temperatura causado pelo homem.

“Em muitos locais, a mortalidade atribuível já é da ordem de dezenas a centenas a cada ano. Isso ocorreu com um aumento médio da temperatura global de apenas 1 ° C, o que é inferior até mesmo às metas climáticas mais rígidas delineadas no Acordo de Paris, entre 1,5 e 2 ° C, e uma fração do que pode ocorrer se as emissões não forem controladas”, ressaltaram os pesquisadores.

Para chegar a esses resultados os estudiosos compararam dois mundos diferentes: um onde o ser humano não emitiu nenhum combustível fóssil, e o outro que mostra a realidade atual. Tendo esses dois cenários eles fizeram simulações em ambos com dados de saúde e clima de 732 localidades em 43 países.

Em cada um desses lugares, a temperatura média anual no verão aumentou por conta do cenário de mudanças climáticas, já que nas “condições normais”, sem nenhuma emissão humana, a temperatura média no verão ficava em torno dos 21,5° Celsius. Comparando isso com as condições reais, na década de 2010, essa temperatura atingiu quase 23° C.

Por mais que esse aumento pareça pequeno, no geral, suas consequências são mortais. Os pesquisadores descobriram que a mudança climática coincidiu com uma elevação nas mortes relacionadas ao calor. Isso foi visto em todos os continentes. E os países mais afetados foram os de baixa e média renda.

Dentre as regiões com um aumento de mais de 50% de óbitos relacionados ao calor estão sudeste da Ásia, América Central e do Sul e sul e oeste da Ásia, como Kuwait e Irã.

Com uma proporção bem menor, algumas cidades também se mostraram mais vulneráveis do que outras, como por exemplo, Nova York, onde 141 pessoas morrem anualmente por fatores relacionados ao calor. Isso representa 44% do total de mortes ligadas às altas temperaturas.

Essa pesquisa tem foco no que irá acontecer com as mortes relacionadas ao calor no futuro. E em 2080, ela estima que, pelo menos, quatro vezes mais pessoas irão morrer nas cidades australianas e americanas por conta desse aumento de temperatura.

“Este é o maior estudo de detecção e atribuição sobre os riscos atuais das mudanças climáticas para a saúde. A mensagem é clara: as mudanças climáticas não terão apenas impactos devastadores no futuro, mas todos os continentes já estão experimentando as terríveis consequências das atividades humanas em nosso planeta. Devemos agir agora”, concluiu o estatístico Antonio Gasparrini, da London School of Hygiene & Tropical Medicine.

Fonte: Veja

Imagens: Veja

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