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Cientistas correm para recuperar navio fenício naufragado há 2,5 mil anos; entenda por quê

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Ao redor do mundo todo existem várias descobertas a serem feitas. Algumas são impressionantes, como um navio naufragado há mais de dois mil anos. E em alguns casos, as descobertas vêm junto com esforços para preservar aquilo que foi encontrado.

No caso desse navio que naufragou há 2,5 mil anos em Mazarrón, na região de Múrcia, no sudeste da Espanha, ele mobilizou os arqueólogos espanhóis porque a embarcação de oito metros de comprimento está afundando na areia e tem o risco de ser danificada de forma bem séria.

De acordo com a agência Reuters, a embarcação é considerada como sendo uma peça única da engenharia marítima antiga. Justamente por isso que pesquisadores do Instituto de Arqueologia Náutica da Universidade de Valência estão tentando encontrar uma forma de recuperar o navio antes que ele seja destruído por alguma tempestade.

Navio

Terra

Para tentar fazer isso, em junho, nove técnicos fizeram 560 horas de mergulho durante duas semanas para fazerem os registros das rachaduras e fissuras na embarcação que está a 60 metros da Playa de la Isla. Esse navio foi chamado de Mazarrón II por conta do local onde ele está.

Com todo esse trabalho feito pelos mergulhadores, o próximo passo é fazer um mapeamento bastante detalhado de cada componente do navio. Dentre as possibilidades estudadas pelos pesquisadores está a retirada de peça por peça da embarcação do fundo do mar para que ele seja remontado fora d’água.

De acordo com Carlos de Juan, arqueólogo e líder do projeto, faz mais sentido fazer esse resgate do navio e colocá-lo em exibição em um museu do que ficar constantemente preocupado com tempestades que possam acabar com ele.

Descoberta

Galileu

Essa embarcação fenícia tem uma grande importância histórica, mas existem outros navios encontrados depois de anos do seu naufrágio que também são importantes, como por exemplo, o descobrimento da localização de um navio que naufragou na década de 1970.

Essa descoberta foi feita por pesquisadores que estavam em um navio RV Investigator, no dia 12 de abril, na costa oeste da Tasmânia e anunciada pelo órgão de investigação científica australiano Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO).

Nessa expedição, o objetivo principal dos pesquisadores era estudar um deslizamento submarino gigante na plataforma continental da região. No entanto, eles também aproveitaram que já estavam por lá e investigaram também um naufrágio não identificado.

Através da batimetria, que é uma técnica que usa sondas, os pesquisadores mapearam o navio naufragado e depois fizeram uma inspeção visual usando dois sistemas de câmeras subaquáticas. Com tudo isso feito, foi revelado que o navio, que estava a aproximadamente 150 metros de profundidade, com uma preservação intacta, tinha os mesmos tamanhos do M.V. Blythe Star.

Quando os pesquisadores souberam disso, eles manobraram as câmeras subaquáticas tanto na proa como na popa da embarcação à procura de características que confirmassem a identidade do barco. E depois de fazer uma comparação com fotos históricas, a inspeção visual reconheceu o naufrágio por conta da palavra “star” na proa.

Por mais que o navio estivesse bem conservado, várias algas tinham crescido nele. “Muitas criaturas marinhas agora o chamavam de lar, com cardumes de peixes, lagostins e várias focas filmadas pelas câmeras subaquáticas. Espera-se que a batimetria e as imagens de vídeo coletadas possam fornecer informações adicionais para ajudar a responder a perguntas sobre o que causou o naufrágio da embarcação”, disseram os pesquisadores.

De acordo com o CSIRO, “confirmar o local de descanso do Blythe Star tem um significado importante para muitos na comunidade”.

História

Galileu

No dia 12 de outubro de 1973, o M.V Blythe Star, um cargueiro costeiro de 44 metros saiu da costa da cidade de Hobart, na Austrália, para a ilha de King Island, no estado australiano da Tasmânia. Ao todo, havia 10 tripulantes a bordo e mais a carga que era de cerveja e fertilizante.

Depois de dias, o navio desapareceu de forma misteriosa. Isso resultou na maior busca marítima já feita na Austrália até aquela época. Passados sete dias e sem nenhum resultado, a procura pela tripulação e pelo navio foi encerrada.

A realidade foi que, na manhã de sábado, dia 13 de outubro de 1973, o navio afundou na costa sudoeste da Tasmânia. Felizmente, os 10 tripulantes conseguiram escapar usando um bote salva-vidas inflável.

Os tripulantes ficaram à mercê das correntes do oceano até que chegaram em uma praia no sopé de penhascos íngremes na Península Forestier. Mesmo na praia, três dos tripulantes acabaram morrendo antes de encontrar ajuda.

No dia 24 de outubro de 1973, três sobreviventes do naufrágio escalaram os penhascos e andaram pela mata fechada até encontrarem socorro. Depois que eles disseram que eram da tripulação do Blythe Star, as primeiras palavras que eles teriam ouvido foram: “Não, vocês estão todos mortos”.

Depois que essa tragédia aconteceu, mudanças nas leis de segurança marítima na Austrália foram feitas.

Fonte: Terra, Galileu

Imagens: Terra, Galileu

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