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Cientistas criam cão-robô que responde a puxões de coleira

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Vivemos em um tempo em que parece que o “futuro”, falado e mostrado nos filmes de ficção, realmente já é uma realidade. Por mais que nem tudo mostrado nos filmes exista na vida real, avanços significativos já foram feitos. Invenções recentes já mudaram as formas como as pessoas faziam várias coisas. Agora, a mudança pode acontecer em como pessoas com deficiência se locomovem. Isso porque os engenheiros do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Binghamton, em Nova York, criaram um cão-guia robô que responde aos puxões na coleira.

O objetivo desse cão robô é aumentar a acessibilidade para as pessoas com deficiência visual. E os criadores deles apresentaram uma demonstração onde o cão levou uma pessoa através de um corredor de um laboratório e respondeu com sucesso às instruções dadas.

O que os desenvolvedores querem é que sua criação fique disponível em lugares como shoppings e aeroportos para que seja usada de maneira compartilhada pelas pessoas que precisam. Na visão deles, isso funcionaria de uma forma parecida com o visto com as bicicletas e patinetes compartilhados.

Cão-guia robô

Olhar digital

De acordo com os cientistas responsáveis pelo projeto, o desenvolvimento desse cão-guia robô quer suprir uma das maiores dificuldades encontradas pelos deficientes visuais. Até porque, mesmo que um animal real possa ser usado, os casos em que isso acontece são bem poucos.

Isso porque, além de caros, os cachorros precisam de entre dois a três anos para serem treinados. E de todos que passam por isso, somente 50% deles concluem e ficam disponíveis para ajudarem as pessoas com deficiência visual. Enquanto isso, o cão-guia robô tem uma melhoria bem grande com relação ao custo, eficiência e acessibilidade.

Para seu treinamento, a tecnologia precisa de aproximadamente 10 horas para poder se movimentar, navegar no ambiente interno, orientar pessoas e evitar obstáculos. E através da coleira a pessoa pode puxar o cão robô em determinada direção pedindo que ele gire como resposta.

Agora, os engenheiros irão colocar uma interface de linguagem neural. Com ela será possível uma comunicação com o robô além da puxada na coleira.

Futuro

Os projetos envolvendo cães robôs estão sendo vistos com frequência. Além desse que pode ser usado para ajudar pessoas com deficiência visual, tem o DribbleBot. Ele foi criado por uma equipe de pesquisadores do MIT. Esse animal consegue correr com uma bola de futebol nas suas “patas” e até mesmo fazer dribles. A equipe apresentou esse sistema robótico como tendo a mesma capacidade de drible do que um humano.

O cão-robô consegue fazer isso por conta dos seus sensores que conseguem detectar a bola, e sua computação a bordo que o faz correr nos mais variados tipos de terreno, como por exemplo, areia, cascalho, lama e neve. Além disso, esse robô também consegue se adaptar aos diferentes impactos que o movimento da bola faz e, se por algum acaso ele cair, ele consegue se levantar.

Segundo os pesquisadores, no começo da interação com a bola, o cão-robô não sabe fazer dribles. Contudo, à medida que ele vai praticando e recebendo um reforço negativo quando erra, e recompensas quando acerta, o “animal” vai descobrindo uma sequência de força para ser aplicada em suas pernas.

“Um aspecto dessa abordagem de aprendizado por reforço é que devemos projetar uma boa recompensa para facilitar o aprendizado do robô de um comportamento de drible bem-sucedido. Depois de projetarmos essa recompensa, é hora de praticar para o robô: em tempo real, são alguns dias e, no simulador, centenas de dias. Com o tempo, ele aprende a manipular a bola de futebol cada vez melhor para corresponder à velocidade desejada”, disse Gabe Margolis, doutorando do MIT e co-lider do projeto.

Claro que um robô saber driblar é uma coisa que chama atenção, mas que na prática não tem muita serventia. No entanto, os pesquisadores pontuaram que, por mais interessante que seja essa habilidade do DribbleBot, ele foi feito para ajudar em cenários catastróficos, como por exemplo, em terremotos ou inundações.

“Precisamos das máquinas para percorrer terrenos que não são planos e robôs com rodas não podem atravessar essas paisagens. Nosso objetivo no desenvolvimento de algoritmos para robôs com pernas é fornecer autonomia em terrenos desafiadores e complexos que atualmente estão fora do alcance dos sistemas robóticos”, pontuou Pulkit Agrawal, professor do MIT.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital, YouTube

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