Curiosidades

Robô ”cachorro” ajudará nas investigação das ruínas de Pompeia

0

Um dos desastres naturais mais conhecidos da história é a erupção do vulcão Vesúvio. Ele aconteceu no dia 24 de agosto de 79 depois de Cristo, fazendo com que a lava vulcânica, a poeira e uma fumaça tóxica cobrissem toda a cidade de Pompeia. O município romano ficava localizado na região de Nápoles, no sul da Itália. Além dele, a erupção também atingiu as cidades vizinhas de Herculano e Stabia.

Depois desse desastre, a cidade foi soterrada e esquecida, até o seu redescobrimento, feito por arqueólogos em meados do século XVIII. Desde então, Pompeia é um lugar fascinante de ser estudado por conta dos milhares de corpos fossilizados e modelados pelas cinzas.

Até hoje as ruínas de Pompeia não foram totalmente exploradas. Por conta disso, a empresa Boston Dynamics desenvolveu um robô no formato de um cachorro chamado Spot. O robô foi desenvolvido nos Estados Unidos, mas será usado em Pompeia. O objetivo é investigar as ruínas da cidade destruída pelo vulcão Vesúvio.

Robô

O robô foi feito para conseguir identificar danos estruturais e possíveis riscos que podem colocar os visitantes da cidade em perigo. Além disso, Spot também investigará túneis subterrâneos cavados por caçadores de relíquias.

De acordo com o Parque Arqueológico de Pompeia, Spot consegue atravessar os terrenos acidentados e inspecionar os lugares mais apertados. Além disso, sua visão 360° faz com que ele consiga evitar obstáculos em seu caminho, conseguindo chegar a uma velocidade de até 26 metros por minuto.

Com todos esses recursos, Spot coletará dados para o estudo e planejamento de intervenções em Pompeia. Isso porque a Unesco ameaçou colocar a cidade na lista de patrimônios da humanidade ameaçados a não ser que as autoridades italianas tomassem providências e fizessem alguma coisa para garantir a preservação da cidade, que é também um sítio arqueológico.

Pompeia

Veja

Por conta disso, as autoridades colocaram não apenas o cão robô, mas também um drone para escanear e fazer um modelo 3D de todos os 66 hectares do sítio arqueológico.

A preservação da cidade tem que ser feita porque ela é bem visada pelos chamados tombarolis, os famosos ladrões de tumbas. Esses ladrões conseguem fazer fortunas arrombando e roubando as relíquias históricas de Pompeia. E a forma mais fácil que eles têm para chegar a esses tesouros é através dos túneis.

“Geralmente, as condições de segurança dos túneis cavados por ladrões de tumbas são extremamente precários. O uso do robô pode significar um avanço que nos permitiria prosseguir com mais rapidez e total segurança”, disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do parque arqueológico de Pompeia, em nota.

Fascínio

A erupção do Monte Vesúvio, até os dias de hoje, fascina estudiosos. Por esse fascínio, pesquisas e estudos ainda são feitos na região e são capazes de revelar coisas inéditas, como por exemplo, essa descoberta feita ano passado de um alojamento extremamente preservado que era habitado por escravos.

Nesse pequeno alojamento de 16 metros quadrados existem três camas, uma das quais teria sido de uma criança, um penico que teria sido usado como banheiro, uma arca de madeira com arreios de cavalo e uma única janela pequena. Além disso, foi encontrada uma haste de carruagem. O que sugeria que os escravos também usavam o quarto como um espaço de trabalho para consertar o veículo do seu mestre.

O diretor-geral do parque arqueológico de Pompeia, Gabriel Zuchtriegel, disse que a descoberta é “uma janela para a realidade precária de pessoas que raramente aparecem em fontes históricas”.

“A descoberta foi excepcional. E é certamente uma das descobertas mais emocionantes durante minha vida como arqueólogo. O verdadeiro tesouro aqui é a experiência humana, neste caso dos membros mais vulneráveis ​​da sociedade antiga, para a qual esta sala é um testemunho único”, continuou.

Fonte: Superinteressante

Imagens: YouTube, Veja

Saiba quais são as cores de uma tempestade

Artigo anterior

HQ da Marvel sugere que Jesus poderia ter sido um dos X-Men

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido