Cientistas criam macarrão que se transforma em organismos em movimento

Os cientistas sempre tentam controlar as coisas da biosfera viva da Terra. E cada coisa pequena conta. E até o formato da massa pode fazer uma diferença no nosso consumo dos recursos do planeta.

Por causa disso que os cientistas conseguiram criar massas achatadas que são mais eficientes tanto para embalar quanto para transportar. E mesmo que tenham essas facilidades, elas conseguem se desdobrar quando estiverem na panela.

Esse feito é importante porque a embalagem é um grande contribuinte para os aterros sanitários. Por exemplo, nos Estados Unidos, as embalagens de alimentos, junto com os resíduos de alimentos são quase metade de todos os resíduos sólidos do consumidor.

Macarrão

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Os cientistas acreditam que com essa invenção deles, o macarrão achatado, isso possa diminuir a embalagem da massa em até 60%. Essa redução já eliminaria todo o espaço de ar incluído nas massas de diferentes formatos, como por exemplo no penne e espirais de fusilli.

O pesquisador de fabricação digital Ye Tao, da Universidade de Zhejiang, e sua equipe foi inspirado pelos móveis compactos que economizam espaço e recursos. Com isso, eles criaram o macarrão que pode mudar de forma.

Eles se basearam em experimentos anteriores, onde os sulcos estampados em massa plana faziam com que o macarrão se transformasse em formas 3D, de forma espontânea, quando ele era submerso na água. E os pesquisadores usaram testes físicos e de computador para descobrir como controlar essas transformações.

“O lado da ranhura se expande menos do que o lado liso, fazendo com que a massa ganhe forma”, explicou o engenheiro biomecânico da Syracuse University, Teng Zhang.

A transformação da massa é um verdadeiro show. Ela se torce e se contorce ao longo de suas ranhuras, de forma estratégica, como uma flor que se desdobra. Ou então como um verme que se agita enquanto incha com a água.

“A massa transformada imitou a sensação na boca, o sabor e a aparência da massa tradicional”, disse Tao.

Técnica

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Além de poder ser embalada com uma embalagem menor, a massa também pode cozinhar mais rápido do que a massa pré-moldada. Isso também diminui, potencialmente, suas emissões de cozimento.

Segundo as descobertas dos pesquisadores, a massa completa sua transformação em aproximadamente entre sete a 12 minutos, que é o mesmo tempo que ela leva para ficar pronta para ser comida.

“Em princípio, nós antecipamos isso pode ser adaptado a uma variedade de alimentos que podem inchar em água, incluindo géis de alimentos, como sobremesa de gelatina, ou wagashi japonês, e outros macarrão à base de farinha”, disse Lining Yao,  engenheiro mecânico da Carnegie Mellon University.

“Isso permite que as pessoas repensem como os alimentos podem ser cozidos e consumidos, enquanto economiza recursos para embalagem e transporte. Essa massa poderia ser rapidamente implantada em locais de desastre e até mesmo valiosa para viagens espaciais. Se estamos falando de uma missão plurianual a Marte, o espaço a bordo do ônibus espacial será valioso”, continuou.

Essa técnica, parecida com origami, também pode ser aplicada a outros materiais. Como por exemplo hidrogéis impressos em 3D, que tem um grande potencial na medicina.