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Saiba como foi a captura de Danilo Cavalcante, brasileiro que estava foragido nos EUA

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A polícia dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 13, a captura de Danilo Cavalcante, um brasileiro que estava em fuga nos Estados Unidos.

Ele era alvo de uma extensa operação das autoridades policiais do país após escapar de uma penitenciária na Pensilvânia.

Danilo Cavalcante foi sentenciado à prisão perpétua pelo assassinato de sua ex-namorada. Durante a semana, alguns moradores da região chegaram a avistá-lo, alertando as autoridades e informando que o brasileiro estava armado.

No domingo, 10, a polícia relatou que ele foi capturado pelas câmeras de vigilância, aparecendo sem barba e utilizando uma van roubada como meio de locomoção.

A captura de Danilo Cavalcante aconteceu após 14 dias, tendo início desde que ele conseguiu fugir, escalando os muros da penitenciária de Chester.

Na época, a polícia pediu aos moradores da área que fechassem todas as portas e janelas, protegessem os veículos e ficassem em casa, sem se aproximar da região.

Durante esse período, a recompensa pela sua captura aumentou para US$ 25 mil, equivalente a cerca de R$ 125 mil.

Circunstâncias do crime e da condenação

De acordo com o jornal americano Daily Local, o crime ocorreu em 2021, na cidade de Phoenixville, no estado da Pensilvânia.

Na ocasião, Danilo Cavalcante esfaqueou até a morte sua ex-namorada diante dos filhos pequenos dela. Em seguida, ele fugiu do local em um veículo e foi preso no dia seguinte na Virgínia, com a ajuda de dois amigos que testemunharam o caso.

A irmã da vítima relatou à TV Globo naquele ano que Danilo não aceitava o término do relacionamento e, desde 2020, ano anterior ao crime, já ameaçava Débora.

A brasileira vivia nos Estados Unidos havia 5 anos, junto com seus dois filhos, frutos de um relacionamento anterior.

No dia 22 de agosto, ocorreu o julgamento de Danilo Cavalcante, que durou aproximadamente 20 minutos.

Na ocasião, o réu emitiu apenas um breve pedido de desculpas, declarando: “Quero pedir desculpas a eles”, referindo-se aos filhos de Débora e à irmã dela, Sarah Brandão.

Entretanto, o juiz Patrick Carmody argumentou que as ações de Danilo contradiziam qualquer sinal de remorso e afirmou que se ele estivesse realmente arrependido, teria se declarado culpado, poupando a irmã e a filha da vítima de testemunharem.

Assim, tomar a decisão consciente de fazer todos reviverem o assassinato foi um ato intencional. Foi uma escolha egoísta, como chamou o juiz, demonstrando a prioridade nos próprios interesses.

Decisão

Com isso, a sentença determinada pelo magistrado levou em consideração uma série de elementos. Isso inclui as provas apresentadas pela equipe de acusação da promotora distrital, o depoimento da filha de Débora, que foi testemunha ocular do crime, e os relatos dos vizinhos que ajudaram a resgatar as crianças naquele dia.

Os defensores públicos que representaram o réu admitiram sua culpa perante o júri.

No entanto, alegaram que ele agiu impulsivamente devido ao “calor da paixão” e deveria ser condenado por um delito de menor gravidade. Mesmo assim, a sugestão da defesa foi rejeitada pelo júri.

A defesa também argumentou que Cavalcante enfrentou uma infância marcada pela pobreza no Brasil e foi vítima de abusos.

Um dos promotores contrapôs essa argumentação, afirmando que muitas vezes pessoas em situações semelhantes cometem os mesmos tipos de crimes que testemunharam.

Além disso, alegaram que o brasileiro começou a se envolver com membros de gangues e se tornou dependente de drogas e álcool.

De acordo com Deborah Ryan, a promotora responsável pelo caso, toda a família da vítima está sofrendo com a tragédia.

Ela descreveu as ações do brasileiro como “cruéis, calculadas e monstruosas”, enfatizando que não apenas assassinou brutalmente Deborah Brandão, mas o fez diante dos dois filhos dela.

A promotora também afirmou que o homem desejava a morte de sua ex-namorada porque ela ameaçou denunciá-lo às autoridades por um assassinato que ele cometeu no Brasil.

“Se a senhorita Brandão tivesse ido à polícia, ele teria sido exposto. Ele agiu para silenciá-la. Esta foi uma tragédia sem sentido e profundamente comovente. Ele a torturou até a morte”, lamentou.

Captura de Danilo Cavalcante

Após a identificação em uma das câmeras residenciais na região onde estava, o brasileiro não conseguiu resistir à força-tarefa que o perseguia. Assim, a captura de Danilo Cavalcante se concluiu e ele seguiu novamente para a prisão, agora de segurança máxima.

Além disso, não sairá da lista vermelha da Interpol, com registro para caso venha cometer outra fuga. A prisão perpétua sem liberdade condicional já o prende para o resto da vida, de modo que não terá outro julgamento ou aumento de pena por escapar.

 

Fonte: Terra

Imagens: Terra,

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