Curiosidades

Cientistas encontraram ser vivo de 17.000 anos no fundo do Oceano Pacífico

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O nosso planeta esconde segredos que nem mesmo os maiores cientistas conseguiram compreender. Por causa de sua imensidão e tempo de vida, diversas coisas ainda são segredos para nós, ou então pensadas de uma forma equivocada. E um dos lugares que mais escondem segredos é o fundo do oceano, cheio de criaturas estranhas e interessantes.

Dentre todas as criaturas existentes nessa região está a Monorhaphis chuni, uma esponja de vidro, que revela segredos sobre a história da Terra. Isso foi possível graças a um grupo de cientistas que estavam explorando o fundo do Mar da China Meridional, a uma profundidade de mais de mil metros.

Criatura

Mistérios do mundo

Essa criatura é um tipo de esponja do mar único, que é parte da classe Hexactinellida. Mesmo sendo um ser vivo estacionário, discreto e antigo, ele é fundamental para a compreensão do clima passado do planeta. No caso dessa esponja descoberta, ela tem impressionantes 17 mil anos. Isso faz com que ela seja o ser vivo mais antigo do planeta.

Essa criatura antiga passa sua vida filtrando o oceano e consumindo, de forma silenciosa, os plânctons, bactérias, vírus, nutrientes e detritos. Mas isso não quer dizer que ela seja somente uma alimentadora simples, ela tem um papel essencial para o ecossistema do oceano: transformar a composição química da água do mar.

Além disso, a Monorhaphis chuni tem uma característica única que é um espicúleo, ou caule, que pode crescer até três metros de comprimento. A criatura usa seu caule para conseguir se ancorar no leito marinho.

E da mesma forma que os anéis das árvores, as seções transversais desse caule também revelam a idade da criatura e uma linha do tempo de todo o passado do oceano. Então, uma análise desses anéis não são somente uma olhada na vida da esponja, mas também sobre todas as épocas climáticas que ela presenciou.

Descobertas

Mistérios do mundo

Então, se pelos anéis dessa criatura é possível desvendar o passado, o que os pesquisadores descobriram analisando-os? Os pesquisadores fizeram a análise dos isótopos de silício nos anéis com o foco em uma era que corresponde ao final da última Idade do Gelo. Como resultado, eles viram que a concentração sílica era 12% maior do que as atuais. E o que isso quer dizer?

Isso pode ser explicado de duas formas. A primeira: é possível que fontes externas, como por exemplo, rios e ventos deem mais sílica para o oceano. Outra possibilidade é que o próprio oceano poderia ter reciclado a sílica de forma mais eficiente por conta das mudanças nas correntes e na maneira como os diatomáceos mortos foram processados.

Essas duas hipóteses fariam com que acontecesse um aumento da produção de diatomáceos. Eles são algas microscópicas que transformam dióxido de carbono em carbono orgânico. Por conta disso, eles ajudam muito na luta contra o efeito estufa. Por isso que, aumentando a produção de diatomáceos, o CO2 da atmosfera poderia ser diminuído, o que consequentemente faria com que o clima ficasse mais fresco em uma época que a Terra estava se aquecendo.

A descoberta feita pelos pesquisadores mostra uma complexa dança entre o oceano, a atmosfera e própria vida. Por isso que a história dessa criatura é uma lição sobre o equilíbrio delicado do sistema climático do planeta.

Oceano

History

Como dito, o oceano esconde vários mistérios, tanto é que criaturas, que eram conhecidas apenas pelos seus fósseis, são encontradas vivas. Isso parece ser bastante improvável, mas realmente aconteceu. A descoberta foi feita por um pesquisador enquanto ele estava fazendo uma pesquisa de campo corriqueira na costa da Califórnia, nos Estados Unidos.

O pesquisador no caso é o ecologista marinho Jeff Goddard. Durante a pesquisa, ele se deparou com exemplares vivos de uma criatura considerada extinta há 40 mil anos. O animal é um pequeno molusco que, até esse encontro, só era conhecido pelos seus registros fósseis.

Enquanto Goddard pesquisava a vida marinha de Naples Point, um par de pequenos bivalves translúcidos chamou sua atenção. “Suas conchas tinham apenas 10 milímetros de comprimento. Mas quando eles se estenderam e começaram a acenar com um pé branco brilhante e listrado, mais longo do que a carapaça, percebi que nunca tinha visto essa espécie antes”, disse o ecologista, que atua no Instituto de Ciências Marinhas da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.

Por conta disso, ele fotografou os animais e mandou as imagens para Paul Valentich-Scott, especialista em moluscos do Museu de História Natural de Santa Bárbara. Quando viu os registros, Valentich-Scott suspeitou que os animais se tratavam de criaturas desconhecidas.

“Quando desconfio que algo é uma nova espécie, preciso rastrear toda a literatura científica desde 1758 até o presente”, disse o especialista.

Foi fazendo isso que ele descobriu que o fóssil de um animal parecido tinha sido descrito pelo cientista George Willett em 1937. Com esse achado, Valentich-Scott pediu o espécime original de Willett do Museu de História Natural do Condado de Los Angeles.

Com o espécime em mãos, ele fez as comparações, de forma cuidadosa, com os espécimes encontrados no Naples Point. Como resultado, o especialista concluiu que eles eram da mesma espécie.

“Não é tão comum encontrar viva uma espécie inicialmente conhecida em registro fóssil, especialmente em uma região tão bem estudada como o sul da Califórnia”, concluiu Goddard.

Fonte: Mistérios do mundo,  History

Imagens: Mistérios do mundo,  History

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