Cientistas identificam uma coisa vital que ajudará seu cão a envelhecer bem

O cachorro é o melhor amigo do homem. Os tutores percebem que seus cachorros são preocupados com o bem-estar dos donos e que tentariam salvá-los se fosse preciso. Do mesmo jeito que nosso bichinho quer o nosso bem-estar, nós queremos o dele. Quem tem um cão em casa sabe que o animal se torna um membro da família. Por isso os tutores sempre desejam que seus cães sejam eternos, mas infelizmente a realidade não é essa.

Para se ter uma ideia, a expectativa de vida de um chihuahua é de 12 a 20 anos, já a de um dogue alemão, entre oito e 10 anos. A idade máxima dos cachorros é inversamente proporcional ao seu tamanho. Ou seja, quanto maior for o cão, as chances de ele viver muitos anos são menores.

No entanto, um estudo mostrou que deixar o cão “correr com a matilha” pode ser a melhor coisa para que ele tenha uma saúde boa ao longo da vida. De acordo com o estudo, os benefícios são perceptíveis cinco vezes mais do que outros aspectos analisados.

Estudo

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O estudo foi feito por pesquisadores de várias instituições dos EUA. Para isso, eles usaram dados de 21.410 cães de várias raças e misturas para chegar a uma imagem do que é bom ou não para os cachorros.

Os pesquisadores fizeram o controle dos fatores, como idade e peso, e descobriram que o companheirismo social com outros cachorros e com humanos era relacionado com um aumento maior na saúde dos animais.

“Isto mostra que, tal como muitos animais sociais – incluindo os humanos – ter mais companheiros sociais pode ser muito importante para a saúde do cão”, disse a bióloga Bri McCoy, da Universidade Estatal do Arizona.

Outro ponto descoberto pelos pesquisadores foi que mais crianças na casa era relacionado com um impacto negativo na saúde do cão. Isso talvez estava relacionado com o tempo gasto cuidando das crianças, que diminuía o tempo dos pets.

E os cães que moravam com famílias que tinham renda mais alta tinham uma probabilidade maior de serem diagnosticados com doenças. Essa descoberta pode ser diferente do que a maior parte das pessoas pensaria, mas os pesquisadores dizem que isso acontece porque com dinheiro disponível, o acesso a médicos é maior e também o diagnóstico de doenças.

Contudo, é importante ressaltar que o estudo se baseou nos relatos de donos de cachorros, logo, imprecisões e preconceitos são esperados. Mesmo assim, o estudo tem evidências suficientes para mostrar a importância de um lar estável e de uma vida sociável na saúde do cão.

“Em pesquisas futuras, analisaremos registros médicos veterinários eletrônicos, medidas moleculares e imunológicas e testes físicos caseiros para gerar medidas mais precisas de saúde e fragilidade no cão de companhia”, concluiu o psicólogo Noah Snyder-Mackler, da Arizona State University.

Cão

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Além desses aspectos para melhorar a vida do cão, a empresa Loyal está trabalhando em pílulas para a longevidade dos cachorros. Testes em laboratórios já mostraram que o envelhecimento dos animais não é, necessariamente, uma degradação inevitável do corpo. De acordo com o site da Wired, é um processo biológico com controles e componentes genéticos, os quais poderiam ser hackeados.

Um ponto importante é que os cachorros são somente o início de um plano maior da empresa. O que os cientistas querem encontrar na realidade são medicamentos que permitam a maior expectativa de vida de humanos.

Contudo, até o momento, os cachorros são uma alternativa para fazer os ensaios clínicos, além de terem um custo menor e vidas mais curtas, o que dá aos pesquisadores a chance de chegar em resultados de forma rápida.

Atualmente, a Loyal está trabalhado com dois medicamentos: Loy-001 e Loy-002. O primeiro se destina a prolongar a vida e a saúde de cachorros de raças grandes e gigantes. Ele seria dado ao animal pelo veterinário em um intervalo de três a seis meses. Os ensaios clínicos para esse medicamento estão planejados para 2023, o que faz com que o remédio esteja liberado possivelmente já em 2026.

O Loy-002 se destina a também prolongar a vida e a saúde, isso no caso dos cães mais velhos de todas as raças, menos os de porte pequeno. Nesse caso, o remédio seria de uso diário. A pílula começou a ser testada em cachorros em setembro desse ano. Os cientistas pretendem que o produto já esteja no mercado em 2024.

A empresa não expôs os mecanismos por trás desses medicamentos. No entanto, sabe-se que o objetivo principal é evitar doenças relacionadas à idade e, consequentemente, prolongar a vida útil do animal.

Fonte: Science alert, UOL

Imagens: Science alert