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Cientistas viram pela primeira vez o misterioso ‘sentido quântico’ dos pássaros em ação

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A maioria dos seres humanos tem cinco sentidos, que nos ajudam a perceber o mundo ao nosso redor. Dos cinco mais conhecidos, a visão certamente é um dos mais utilizados e determinantes na nossa percepção das coisas.

Além dos seres humanos, o sentido também é essencial para diversas outras espécies do reino animal. E existem até algumas máximas populares, com essa relação entre visão e o mundo animal. Como por exemplo, o dito popular que diz que alguém tem “visão de águia”, quando enxerga muito bem.

Por mais que cada pássaro tenha suas próprias características de trabalhar suas sensações, a visão deles é muito superior a que nós, seres humanos, possuímos. Se nós víssemos o mundo pelos olhos de um pássaro migratório seria uma coisa bastante assustadora. Isso porque, eles conseguem “ver” o campo magnético da Terra. Essa habilidade os ajuda a navegar por grandes distâncias.

E pela primeira vez, os cientistas da universidade de Tóquio conseguiram observar diretamente uma reação-chave por trás desse sentido dos pássaros, e de várias outras criaturas, para detectar a direção dos polos da Terra.

Sentido

Isso é uma evidência de que a físcia quântica afeta de forma direta em uma reação bioquímica em uma célula. Coisa que já era imaginada, mas que nunca tinha sido vista em ação antes.

Os pesquisadores usaram um microscópio feito sob medida que era sensível a tênues flashes de luz e observaram uma cultura de células humanas, com um material especial sensível à luz, responder dinamicamente às mudanças em um campo magnético.

Essa mudança vista pelos pesquisadores em laboratório foram de encontro com o que seria esperado se um efeito quântico peculiar fosse responsável pela reação iluminante.

“Não modificamos ou adicionamos nada a essas células. Achamos que temos evidências extremamente fortes de que observamos um processo puramente mecânico quântico afetando a atividade química no nível celular”, disse o biofísico Jonathan Woodward.

A pergunta que fica é como as células, principalmente as humanas, conseguem responder a campos magnéticos? Para responder essa pergunta, existem várias hipóteses. E vários pesquisadores pensam que a capacidade se deve a uma reação  quântica única que envolve os fotorreceptores que são chamados criptocromos.

Esses criptocromos são vistos nas células de várias espécies. E eles fazem parte da regulação dos ritmos circadianos. Nas espécies de pássaros migratórios, cachorros e outras espécies, os criptocromos estão relacionados ao misterioso sentido de sentir os campos magnéticos.

Visão

Embora nós não consigamos ver os campos magnéticos, nossas células tem criptocromos. E existem evidências de que, por mais que não seja uma coisa  consciente, nós somos capazes de detectar o magnetismo da Terra.

No experimento, a medida que o campo magnético passava pelas células, a queda correspondente na fluorescência sugeria que a geração de pares de radicais foi afetada.

Uma consequência interessante dessa pesquisa pode ser como até mesmo os campos magnéticos fracos podem afetar, de forma indireta, outros processos biológicos.

Por mais que as evidências de magnetismo afetando a saúde humana sejam fracas, alguns experimentos parecidos com esse podem dar um outro caminho para essa investigação.

Claro que os pássaros não são os únicos animais que dependem da nossa magnetosfera para se orientarem. Espécies de peixes, vermes, insetos e até alguns mamíferos também tem esse sentido especial.

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