Curiosidades

Cobra com emojis foi resultado de oito anos cruzamentos

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A natureza é cheia de imagens que realmente são impressionantes. Assim, com a ação do homem, é possível ter criações inimagináveis. Esse é o caso de uma cobra estampada com emojis sorridentes pelo seu corpo.

A Píton-real (Python regius) alcançou a fama em nível mundial em 2017. No entanto, antes disso, ela era apenas uma cobra selvagem, comum em países da África equatorial como Camarões e Nigéria. Como ela é menor, mais dócil e mais fácil de domesticar que outras venenosas do gênero Python, os criadores de serpentes logo se apaixonaram.

Dessa forma, por meio da criação controlada, os entusiastas conseguiram focar em mutações genéticas que eles achavam mais interessantes, preservando-as. Logo, cobras albinas, com escamas brancas e amarelas, se tornaram mais presentes que seriam na natureza. Isso explica que a cobra com emojis não se trata de uma farsa, uma imagem manipulada. É apenas questão de anos de trabalho de cruzamentos.

Assim sendo, a serpente em questão é de criação de Justin Kobylka, norte-americano na Georgia. Ele passou oito anos selecionando as cobras certas para cruzar os exatos genes recessivos até chegar em um padrão de pintura com dois emojis e uma carinha de alienígena.

Ele poderia vender a criação por até 4,5 mil dólares, de acordo com o Business Insider, mas Justin prefere ficar com a cobra.

Cobras virgens grávidas

Fonte: Metrópoles

A partenogênese é um fenômeno da biologia em que seres vivos geram filhotes sem se relacionarem sexualmente com um parceiro. Um exemplo disso é a abelha, visto que o óvulo não fecundado gera os zangões enquanto os óvulos fecundados geram as abelhas. Alguns tipos de vermes, insetos e poucos animais vertebrados, como poucas espécies de peixes, de anfíbios e de répteis também apresentam partenogênese.

Assim sendo, algumas cobras também conseguem fazer tal ação, o que já é de conhecimento da comunidade científica. No entanto, um estudo realizado por pesquisadores das universidades de Tulsa e do Estado de Georgia apontam que o número de cobras que se reproduzem ainda virgens é mais expressivo do que se imagina.

Isso porque o consenso até o momento era que as cobras usam da partenogênese não encontrassem um parceiro ou então quando eram colocadas em cativeiro. Assim, a novidade do estudo é que cobras fêmeas também utilizam da técnica quando estão em um ambiente selvagem e/ou com machos da espécie.

Desse modo, a ação deixa de ser uma prática necessária e passa a ser uma estratégia reprodutiva e evolutiva. “Esperamos mudar essa concepção de que este é um fenômeno raro, para algo potencialmente importante na evolução dos vertebrados, ocorrendo em populações próximas de nós. Estabelecendo isso, deveríamos começar a pensar em como isso pode afetar populações pequenas ou em perigo”, afirmou Warren Booth, ecologista da Universidade de Tulsa e um dos responsáveis pelo projeto, em entrevista ao site CBS News.

Existem dois tipos de partenogênese. A primeira é a obrigatória, em que a reprodução ocorre de maneira exclusivamente assexuada. Já a segunda é a partenogênese facultativa, quando um animal consegue descendentes cruzando ou não. Entre as 21 espécies de cobra analisadas, apenas uma demonstrou ter ação obrigatória. Todas as outras variam entre a reprodução sozinha ou com a presença de um parceiro.

No entanto, o estudo ainda não chegou à conclusão sobre quais são as motivações que fazem a cobra decidir pela produção de forma autônoma. Sabe-se que a escolha não é feita sempre, visto que os animais possuem um número limitado de ovos. Além disso, outra dúvida que a pesquisa deixa é sobre os filhotes nascidos de uma partenogênese. Por exemplo, não se sabe se esses filhotes também conseguem se multiplicar por meio da partenogênese.

Fonte: Superinteressante

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