Curiosidades

Coelhos de uma remota ilha de Gales descobrem artefatos de 9.000 anos

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De acordo com uma recente reportagem, publicada pelo portal de notícias All That is Interesting, em meados deste mês de março, uma manada de coelhos encontrou, acidentalmente, um esconderijo de artefatos da Idade da Pedra e Bronze. Os objetos, que datam 9.000 anos, estavam enterrados na remota ilha galesa Skokholm, que fica no Mar Céltico, a oeste do País de Gales, a 3 km da costa de Pembrokeshire.

Descobrindo artefatos por acaso

Atualmente, o local é habitado por apenas dois pesquisadores, Richard Brown e Giselle Eagle, ambos especialistas em aves marinhas. De acordo com o The Guardian, Brown e Eagle descobriram a presença de um dos artefatos enquanto realizavam uma vistoria rotineira na área.

O objeto estava na entrada de uma toca de coelho que havia perto da cabana onde os especialistas vivem atualmente. Os pesquisadores realizaram alguns registros do artefato encontrado e, em seguida, enviaram as fotos para um departamento especial. Os especialistas que receberam os registros, após analisarem as fotos, descobriram que o objeto era um “seixo chanfrado”, uma ferramenta mesolítica.

Acredita-se que a ferramenta em questão tenha entre 6.000 e 9.000 anos. Os especialistas acreditam que a peça foi usada por caçadores-coletores da Idade da Pedra na construção de barcos e na produção de peles, bem como para preparar alimentos, como, por exemplo, mariscos.

De acordo com Andrew David, um dos especialistas que analisou as fotos da ferramenta pré-histórica, “itens semelhantes já haviam sido encontrados anteriormente em locais costeiros próximos, como Pembrokeshire e Cornwall, mas esta é a primeira que foi encontrada na Ilha de Skokholm”.

Mais e mais descobertas

Um dia depois de terem encontrado o “seixo chanfrado”, Brown e Eagle avistaram uma segunda rodada de itens na entrada da mesma toca de coelho. Os artefatos, desta vez, incluíam outra ferramenta – também feita de pedra – da era mesolítica e peças de cerâmica de tamanho considerável.

Novamente, os profissionais realizaram uma série de novos registros. As fotos foram enviadas ao mesmo departamento Os novos itens foram analisados pela curadora de arqueologia pré-histórica do Museu Nacional de Gales, Jody Deacon. De acordo com a profissional, “as peças de cerâmica são relíquias que integravam uma urna funerária de 3.750 anos – ou seja, início da Idade do Bronze”.

“Acredito que o fragmento, por ser decorado com incisões forradas, era usado em rituais de cremação”, revelou Deacon em entrevista ao portal All That is Interesting.

Para Toby Driver, arqueólogo da Comissão Real de Gales, as descobertas sugerem que a cabana em que os pesquisadores Brown e Eagle ocupam hoje foi construída sobre um antigo cemitério.

“Skokholm está se mostrando um lugar promissor, repleto de alguns achados pré-históricos e que são altamente incríveis”, disse. “Parece que podemos ter um cemitério do início da Idade do Bronze, o qual, provavelmente, foi construído sobre uma área habitada por caçadores-coletores da Idade da Pedra”.

Por conta de tais antecedentes, Brown e Eagle, agora, estão ajudando outros pesquisadores a levantarem mais sobre a ilha.

A ilha

Conforme expôs a reportagem do portal All That is Interesting, a Ilha de Skokholm tem uma história fascinante. O nome, que em sua natureza é nórdico, foi dado pelos vikings que se estabeleceram na área no final do século 10 e início do século 11. Para os pesquisadores, a ilha passou a ser dominada por coelhos por volta do século 15.

A ilha tornou-se uma reserva natural em 2006, quando o Wildlife Trust de South and West Wales adquiriu os direitos da região. Desde então, apenas um número restrito de visitantes pode visitar a região.

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