Curiosidades

O curioso caso da mulher que alegou ter dado à luz a 18 coelhos

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No começo do século 18, a Inglaterra inteira se viu intrigada, por um fenômeno bizarro de uma mulher que, supostamente, dava à luz a coelhos. Por mais bizarra que possa parecer essa história, ela foi acreditada por muito tempo. E até os médicos da família real foram estudar o caso de Mary Toft.

John Howard foi um cirurgião de Guilford, que examinou a mulher e afirmou a todos, que ela realmente paria os coelhos. Depois dessa afirmação, o médico da corte do rei, George I, Nathaniel St. Andre, visitou Mary Toft, que na época tinha 23 anos, para ver se era real, o que alegava Howard. “Em 23 de abril de 1726, enquanto urinava em um campo, ela viu um coelho perto dela. Por isso, ficou fixada nesses bichos”, reportou o médico real. “Desde então, sente um desejo constante de comer coelhos, mas é pobre”. A explicação, mais provável para esse comportamento estranho de Toft, é que ela estava grávida, quando viu o coelho. E que aparentemente, teve um aborto espontâneo pouco depois”.

O caso de Mary Toft

“Hoje, parece algo descabido, mas temos que entender que, naquela época, existiam muitas dúvidas sobre a concepção. Havia gente estudada, que acreditava que mulheres podiam afetar o desenvolvimento dos ossos do bebê, apenas com a força do pensamento”, explica Karen Harvey, professora da Universidade de Sheffield. Ela também é a autora de um livro sobre Mary Toft, que foi publicado, em 2016.

Depois de perder o seu bebê, foi que a mulher começou a dizer que estava dando à luz a partes de coelhos. Sim, partes, porque nenhum deles “nascia” com vida ou inteiros E tanto as pessoas comuns, quantos os médicos da época, pareciam acreditar nessa versão. Até o St. Andre disse ter visto “nascer o 15° coelho”, mas outro médico real, Cyriacus Ahlers, não estava muito convencido de que essa história era real.

“Fiz algumas perguntas à paciente que ela não foi capaz de responder. Observei-a com atenção, pois ela caminhava pela casa com os joelhos juntos, como se tivesse medo de que algo caísse”, escreveu Ajlers, em seus relatórios. “Tinha sérias suspeitas, mas simulei grande compaixão e ajudei a cuidar da mulher, o que me deu a oportunidade de conversar com o médico sobre tudo pelo qual a mulher tinha passado. Disse que o rei lhe daria uma pensão…”.

Segundo historiadores, o dinheiro era a verdadeira motivação de Toft, para criar todo esse teatro.

O fim da farsa

Mas a verdade, por trás de história de Mary Toft, começou a vir à tona, quando Ahlers examinou os restos mortais dos coelhos “nascidos” e encontrou detalhes suspeitos. Por exemplo, havia pelotas em seus estômagos, o que indicavam que haviam comido feno. Sem contar que algumas partes pareciam ter sido cortadas com facas.

“Tecnicamente, Mary Toft deu à luz a coelhos. Durante meses, partes dissecadas foram introduzidas em seu corpo e ela as expeliu horas depois. Era um processo incômodo e muito realista”.

Além disso, um dos empregados da casa, em que Toft estava hospedada, relatou que ela havia pedido que ele lhe trouxesse o “menor coelho que encontrasse”. Depois disso, Toft finalmente confessou que tudo não passava de uma farsa.

A mulher foi presa, mas como simular uma gravidez não era crime, ela logo foi solta. Mary Toft morreu em 1763, anos depois da história dos coelhos, mas nunca se livrou da má fama. Em seu atestado de óbito, ficou descrito como “Mary Toft, viúva e impostora dos coelhos”.

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