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Com que idade uma pessoa pode ser considerada “velha” de acordo com a ciência?

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A longevidade tem aumentado significativamente nas últimas décadas. Os avanços na área da tecnologia e saúde têm garantido uma vida mais longa e em melhores condições. Mesmo assim, muitas pessoas já se sentem velhas com uma pouca idade. Em contrapartida, também existem as pessoas que são mais velhas em número, mas se sentem mais jovens ainda.

Isso pode ser explicado pela máxima de que idade é apenas um número, ou que ela está na cabeça. Por conta disso, cada pessoa sente do jeito que quiser. É algo subjetivo. Contudo, será que a ciência diz alguma coisa a respeito disso? Em que momento o relógio biológico começa a realmente acelerar? E quando uma pessoa pode ser considerada velha de verdade?

Com essas perguntas em mente, os cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, foram investigar. O resultado obtido por eles pode ser uma surpresa para muitas pessoas.

O primeiro ponto a ser estabelecido é o que é a velhice, de acordo com a ciência. Segundo Tony Wyss-Coray, professor de neurologia e autor sênior do estudo, existem algumas características físicas e fisiológicas que são indicadores dessa fase na vida das pessoas.

Esses sinais são: metabolismo fica mais lento; estrutura óssea enfraquece; a pessoa começa a esquecer das coisas mais frequentemente; o sono muda; a visão e audição pioram; perda de massa muscular e não consegue ganhar mais; pele começa a ficar manchada, e as rugas aumentam; perda da mobilidade, o que faz andar mais lentamente.

Estudo

Olhar digital

No estudo, os cientistas descobriram que o indicador mais importante para a velhice é a proteína. Eles fizeram a análise do plasma no sangue de 4.263 doadores, entre 18 e 95 anos, e notaram que as moléculas mudam conforme o tempo passa.

“As proteínas são os burros de carga das células constituintes do corpo e quando seus níveis relativos sofrem alterações substanciais, significa que você também mudou”, explicou o professor Wyss-Coray.

Depois de fazerem a análise de mais de três mil proteínas de cada pessoa, eles identificaram 1.379 que variam conforme a idade. Dessas, 373 proteínas foram suficientes para prever a idade dos participantes com precisão.

Isso mostrou que a juventude é caracterizada por uma grande quantidade de proteínas no sangue, enquanto que uma quantidade menor caracteriza a velhice.

Qual a idade?

G1

Segundo os testes feitos, a idade em que a velhice começa é aos 78 anos. Contudo, bem antes disso, o corpo passa por fases diferentes. De acordo com o estudo, a partir dos 34 anos, a pessoa começa a ter mudanças na sua condição física.

Por conta disso, os cientistas puderam dividir o processo em três etapas. Foram elas: dos 34 aos 60 anos, chamada de idade adulta; dos 60 aos 78, maturidade tardia; e a partir dos 78, a velhice.

Claro que isso é uma medida geral e existem casos que não obedecem essas regras. Como por exemplo, doenças que acabam diminuindo ou aumentando esses indicadores.

Longevidade

Olhar digital

Por mais que o estudo tenha mostrado a idade com a qual as pessoas são consideradas velhas, isso não quer dizer que a própria pessoa se sinta dessa forma. Um ótimo exemplo disso é Andrelino Vieira da Silva, aposentado que ficou conhecido depois que viralizou na internet como sendo o “terror do INSS”.

Em fevereiro, ele completou 123 anos em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital. Mesmo com uma idade tão avançada assim, a família do idoso disse que ele está bem de saúde e disposto.

“Ele está bem, está tudo ótimo. É uma satisfação muito grande, por ele estar mais 1 ano com a gente assim, todo mundo junto”, orgulhou-se a neta Janaína Lemes de Souza.

Para quem duvida da longevidade do idoso, ele nasceu no dia três de fevereiro de 1901, em Firminópolis. Em sua vida, Andrelino foi casado, teve sete filho, estando cinco vivos. O idoso também tem 13 netos, 16 bisnetos e um tataraneto.

Em 2021, quando ele fez 121 anos, o idoso ganhou um bolo temático com uma placa escrita: “O terror do INSS”. Foi essa foto que viralizou na internet e fez com que Andrelino, de acordo com a neta, começasse a ser reconhecido na rua e até ter pedidos de tirar foto com ele.

“Dependendo do lugar, o pessoal até reconhece ele. Alguns pedem para tirar foto e ele tira. Quando a gente fala, ele diz para a gente: ‘Vocês inventam cada coisa’”, disse a neta.

Outra coisa que toda repercussão lhe trouxe foi uma placa do governo federal o homenageando. “O senhor não é o terror do INSS. O senhor é uma bênção para o INSS. Desejamos ao senhor Andrelino muitos mais anos de vida”, dizia a mensagem.

Fonte: Olhar digital,  G1

Imagens: Olhar digital,  G1

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