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Com três missões simultâneas, Nasa prepara imagens impressionantes de asteroides

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Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. E os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. No entanto, sabemos que isso é algo possível de acontecer, como por exemplo, o que dizimou os dinossauros do planeta. Justamente por isso, eles são sempre bastante estudados.

Tanto é que a NASA fez o anúncio de um “outono de asteroides”. O nome faz referência ao começo da estação no hemisfério norte e marcará também o começo de três missões que vão explorar asteroides perto do nosso planeta e um troiano de Júpiter.

Missões

Meteored

Dessas, a primeira missão se chama OSIRIS-REx e está em órbita em volta do asteroide Bennu. O objetivo dela é coletar amostras nesse ano e voltar com elas para a Terra em 2025.

A segunda missão se chama Lucy e está orbitando o sol. Ela irá estudar seis asteroides troianos de Júpiter. Eles são corpos espaciais que orbitam o sol na mesma órbita de Júpiter.

A terceira missão, chamada Psyche, teve seu lançamento em agosto de 2022. Seu objetivo é estudar o asteroide Psyche, que é um dos maiores metálicos do sistema solar.

Asteroide

Veja

Estudar esses corpos celestes é bastante importante. E com o estudo também vem uma dúvida: o que aconteceria se um caísse na Terra novamente? Um grupo de cientistas explorou essa possibilidade e contou durante a 8ª Conferência de Defesa Planetária em Viena, Áustria, o que poderia acontecer se um asteroide colidisse com a Terra. A hipótese e suas possíveis consequências foi feita para mostrar que sistemas de defesa ao planeta são necessários.

Quem criou essa situação hipotética foi Paul Chodas, gerente do Near Earth Object (NEO) Program Office da NASA. O começo de toda essa simulação foi estipulado como sendo no dia 10 de janeiro de 2023, dia em que se descobriu o chamado 2023 PDC. Esse asteroide tinha uma magnitude maior que 22,0 e foi classificado como asteroide potencialmente perigoso (PHA), o que quer dizer que ele passaria pelo nosso planeta a menos de 7,4 milhões de quilômetros.

Sabendo desses dados, os pesquisadores fizeram a análise da trajetória do objeto e com isso estimaram que ele colidirá com a Terra em outubro de 2036, ou seja, com 13 anos de distância. Mesmo assim, as decisões têm que começar a ser tomadas o mais rápido possível. E mesmo sabendo quanto à colisão, ao tamanho e à composição do asteroide, dados essenciais para saber como lidar com a situação não eram conhecidos nessa simulação.

Para saber o tamanho de um asteroide, o que é observado é a luz refletida de volta ao espaço. Isso porque, quanto mais luz, maior é o objeto. No caso da simulação, outras maneiras de fazer essa medição não são possíveis, já que ele está bem perto do sol para que os telescópios infravermelhos sejam usados e bem longe do nosso planeta, para que os radares possam ser usados.

Por conta disso, o tamanho estimado do 2023 PDC foi entre 220 e 600 metros, mas com a possibilidade de chegar a ser dois quilômetros se a sua superfície estiver escura. E se ele fosse realmente desse tamanho, o método que foi experimentado na missão DART não funcionaria na defesa.

Quando um asteroide colide com a Terra, os danos principais são três. São eles: danos ao solo por conta da explosão; se ele cair na água pode gerar um tsunami; e efeitos climáticos globais, que variam conforme o tamanho do objeto.

No caso do 2023 PDC, da simulação feita, ele pode causar catástrofes diferentes quando atingir o solo do planeta, dependendo do tamanho que ele tiver. Por exemplo, se ele tivesse 300 metros de diâmetro, a colisão liberaria dois mil megatons de energia, o que é 133 mil vezes mais do que a bomba de Hiroshima. Ou seja, isso seria suficiente para devastar um continente.

Agora, se ele tivesse 600 metros de comprimento, essa energia seria 10 vezes maior. Por conta disso, os danos da colisão podem ser em uma escala global. E se o diâmetro desse asteroide fosse de um quilômetro, a Terra inteira iria ser afetada. Até porque, a quantidade de energia liberada pela colisão seria equivalente a 6,6 milhões de vezes a bomba de Hiroshima.

Cada uma dessas situações tem a capacidade de causar danos para dezenas de milhares de pessoas dependendo de onde a colisão acontecer. E se o asteroide caísse no oceano, um tsunami seria causado e as consequências seriam ainda piores.

“Portanto, o ponto principal aqui é que há uma gama muito grande de danos potenciais. Se impactar a Terra, pode ser extremamente prejudicial porque as consequências potenciais são muito extremas”, disse Lorien Wheeler, especialista em Supercomputação Avançada da NASA.

Fonte: Forbes, Olhar digital

Imagens: Meteored, Veja

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