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Pela primeira vez, IA encontra um asteroide potencialmente perigoso para a Terra

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Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. Nesse sentido, os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. No entanto, sabemos que isso é algo possível de acontecer. Por isso que sempre existe a dúvida se, em algum momento, um asteroide irá colidir com a Terra novamente.

Agora, cientistas usaram a inteligência artificial para fazer as análises e verificar se essa possível colisão irá acontecer. Como resultado, o algoritmo conseguiu detectar, pela primeira vez, um asteroide classificado como potencialmente perigoso.

Para que um asteroide seja classificado como potencialmente perigoso ele tem que estar perto do nosso planeta a uma distância orbital mínima de 0,05 UA ou menos, com magnitude absoluta de 22 ou mais. Até o momento, o Sentry, sistema de vigilância do EUA, monitora e detecta esses asteroides potencialmente perigosos que são conhecidos, e também todos objetos que são perigosos para o nosso planeta.

O algoritmo que foi desenvolvido foi feito pelo Instituto DiRAC da Universidade de Washington, nos EUA, com o cientista Ari Heinze como seu principal desenvolvedor. Ele foi criado especialmente para colaborar com o Observatório Vera C. Rubin que está sendo construído no Chile. Na prática, ele mostrou que pode detectar os asteroides com menos observações do que as técnicas atuais precisam.

Asteroide 2022 SF289

O asteroide chamado 2022 SF289 foi descoberto pela IA e é classificado como potencialmente perigoso para a Terra. A descoberta foi anunciada na Circular Electrônica de Planetas Menores MPEC 2023-O26 da União Astronômica Internacional.

Esse asteroide tem cerca de 180 metros de diâmetro e provavelmente se aproximará do nosso planeta a 225 mil quilômetros. Essa descoberta é primordial porque dá aos cientistas a possibilidade de aproveitar a IA para identificar asteroides perigosos. Tanto é que isso pode ser um marco de antes e depois desse tipo de observação.

Mesmo com sua classificação de “potencialmente perigoso” isso não quer dizer que ele irá colidir com a Terra. O acreditado pelos pesquisadores é que ele não representa nenhum perigo, pelo menos no futuro próximo.

A importância dessa descoberta é no fato de se confirmar que o algoritmo pode sim identificar asteroides perto do nosso planeta com menos observações do que as necessárias nos métodos atuais. Isso é importantíssimo em um caso extremo de um asteroide ser muito grande e estar na direção da Terra.

Colidir

Tempo

Além de testar esse algoritmo da IA, cientistas já fizeram suas observações para ver se algum asteroide colidiria com nosso planeta. Eles fizeram a análise das órbitas dos asteroides perto da Terra, que também são chamados de NEOs por sua sigla em inglês. Como resultado, eles viram que esses corpos celestes não são uma ameaça significativa dentro dos próximos 100 anos. Contudo, depois disso eles já não podem afirmar com certeza.

Esses NEOs estão sendo monitorados e catalogados por várias instituições. E mesmo que vários deles já sejam conhecidos, ainda existem vários para serem descobertos. No entanto, os cientistas têm mapas com as trajetórias de praticamente todos os asteroides com mais de um quilômetro de diâmetro. Então, para saber se eles representavam ou não risco nos próximos mil anos, os astrônomos previram suas órbitas.

Eles fizeram simulações e mapearam diferentes trajetória orbitais dos asteroides. Através delas, eles conseguiram fazer a análise dos encontros que seriam mais próximos entre os NEOs e a Terra. Além disso, eles também analisaram como essa distância entre eles e nosso planeta mudaria ao longo dos milhares de anos.

Feito isso, eles descobriram que não existem motivos para que as pessoas se preocupem com isso no próximo século. No entanto, essa realidade muda depois desse tempo. O problema maior é que para um futuro muito distante fica mais difícil prever como serão as órbitas deles por conta das dinâmicas orbitais. Elas são uma diferença mínima de calor que o asteroide recebe do sol, ou por conta da influência gravitacional de Júpiter, e têm o poder de colocar algum desses corpos celestes na direção da Terra.

De acordo com as simulações, 28 asteroides foram classificados como suspeitos. Sendo um deles o chamado 7482, que passará bem perto de nós no decorrer dos próximos mil anos. Contudo, isso não quer dizer que ele irá necessariamente atingir a Terra, mas mostra que ele tem uma chance maior, mesmo que baixa, de colidir com nosso planeta no próximo milênio.

Outro asteroide que se destacou foi o 143651, por conta da sua órbita. Isso porque, a órbita dele é extremamente caótica, o que dificultou a previsão de onde ele estaria nas próximas décadas. Por conta disso que ele pode ser ou não uma ameaça para nosso planeta.

Enquanto isso, os outros asteroides que têm uma chance maior que zero vão passar a uma distância menor do que a da lua e a Terra. Por isso que nenhum deles deve atingir o planeta nos próximo cem ou mil anos.

Fonte: Tempo, Canaltech

Imagens: YouTube, Tempo

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