Em 2025, a Microsoft completou 50 anos desde o dia quatro de abril de 1975 quando os jovens Bill Gates e Paul Allen criaram o que seria um dos maiores impérios de software da história. De acordo com uma matéria da BBC, mesmo com o avanço tecnológico, a Microsoft conseguiu que vários serviços ficassem presos no Windows.
Alguns exemplos são elevadores em hospitais de Nova York rodando com Windows XP e trens alemães que exigem técnicos qualificados em Windows 3.11 e MS-DOS. Isso mostra que o legado da empresa não é algo que sobrevive, mas sim, está enraizado na infraestrutura do cotidiano de várias pessoas.
Embora atualmente os investimentos da Microsoft para o futuro estejam para a inteligência artificial, o presente ainda tem vários ecos do passado da empresa com máquinas em funcionamento depois de 20 ou 30 anos. Esse fato mostra a durabilidade e a estabilidade de certos sistemas antigos e o custo enorme para fazer sua substituição.
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Caixas eletrônicos, impressoras industriais, metrôs ou sistemas hospitalares não podem simplesmente trocar o sistema de maneira fácil porque necessitam de uma reescrita de software proprietário, atualização de hardware especializado e o cumprimento de normas de segurança e compatibilidade. Por conta disso que a Microsoft deixou vários setores presos no Windows.
Nesse ponto, Gates e Allen tiveram uma ideia visionária: deixar os usuários usando o hardware existente e vender licenças ao invés de fazê-lo obsoleto. Isso gera uma dependência surda, onde os sistemas continuam viver não por conta de uma nostalgia, mas pela necessidade.
Na visão de muitos, isso implica em uma fragilidade estrutural preocupante. Até porque infraestruturas críticas dependem dessas tecnologias que já não tem mais um suporte técnico, desenvolvedores disponíveis e patches de segurança.
Por mais que a Microsoft conseguiu que vários serviços ficassem presos no Windows, alguns o usam como uma forma de arquivo artístico e cultural.
No entanto, a longevidade do Windows não é algo que aconteceu de surpresa porque sua essência é muito relacionada à filosofia de negócios focada na personalização. Além disso também tem a flexibilidade que faz com que empresas, sejam grandes ou pequenas, continuem a usar os computadores antigos sem precisar dar saltos tecnológicos disruptivos.
Por conta de tudo isso, o Windows não é somente uma ferramenta de produtividade e acabou virando uma camada invisível da civilização moderna. “A Microsoft é simplesmente algo com o qual você fica preso”, disse o desenvolvedor M. Scott Ford.
Fonte: Xataka
Imagens: UOL