Curiosidades

Como as fotos do espaço são feitas?

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O espaço sempre fascinou as pessoas. E com o passar do tempo, as fotos tiradas do universo melhoraram sua qualidade e nitidez. Atualmente é possível ter uma foto com boa qualidade, por conta de tecnologia dos telescópios, como por exemplo, o do observatório Chandra, da NASA, que capta raios X.

Os raios X são um tipo de luz que os olhos humanos não conseguem enxergar. No entanto, eles carregam mais energia que a luz que nós podemos ver. Por conta disso, eles atravessam a nuvem de poeira e gás como se ela não estivesse lá. Isso acontece do mesmo jeito com o raio X dos ossos, que os mostra sem se preocupar com a pele.

Foto

Hubble

Então, uma foto, nesse caso a do aglomerado estrelas chamado Westerlund 2, é uma montagem. Ela mistura a foto da nebulosa de gás e poeira feita pelo telescópio Hubble, com a luz que conseguimos ver, com a foto das estrelas feitas pelo Chandra, com a luz que não conseguimos enxergar. E praticamente toda foto do espaço que vemos usa esse mesmo truque.

Isso não quer dizer que somos enganados pelas fotos, mas sim que sem esses telescópios não conseguiríamos explorar e ver o espaço com estamos acostumados.

“Os olhos humanos estão muito bem adaptados à vida na Terra, onde somos banhados pela luz do Sol todos os dias. Mas, para ver os detalhes do espaço profundo, tivemos que inventar tecnologias que pudessem estender nossos poderes de visão”, disse Joseph Depasquale, desenvolvedor de ciências visuais do Space Telescope Science Institute.

O Hubble, por exemplo, não vê raios X. Ele é especialista em trabalhar com luz no mesmo comprimento de onda que é visível por nós. Mas tem uma diferença, ele só faz foto em preto e branco. Então, para que as fotos do espaço tenham cores, são feitos outros processos.

Captação

String fixer

Quando a luz de algum lugar no espaço atravessa as lentes do Hubble, ela atinge uma placa de silício chamada CCD, sigla em inglês para “dispositivo de carga acoplada”. Essa placa é dividia em um monte de quadradinhos minúsculos. Cada um deles corresponde ao que será um pixel da foto quando ela estiver no computador.

Então, cada vez que um fóton bate em um desses quadradinhos da CCD, ele dá energia para outra partícula, o elétron, que pula para fora. Nisso, quanto mais fótons batem em um quadradinho, mais elétrons são jogados para fora. Como resultado, o Hubble sabe exatamente quanta luz bateu em cada quadradinho da CCD.

Se a paisagem vista for uma galáxia brilhante na frente de um fundo escuro. Os quadradinhos no centro vão captar muita luz e liberar muitos elétrons. Dessa forma irá se formar a imagem da galáxia.

As fotos em preto e branco são, na realidade isso, um gráfico de quantos fótons contribuíram com cada pixel. E para colori-la é preciso usar filtros.

Cor

foto

Quora

Para colocar um filtro de cor é como se os astrônomos colocassem um papel celofane vermelho, por exemplo, na frente na lente do Hubble. Dessa forma, toda luz de outras cores irá ser barrada e apenas a vermelha irá passar.

Mesmo quando esse celofane for tirado da lente a foto ainda será preta e branca, no entanto, os astrônomos sabem que os fótons que entraram no Hubble são vermelhos, mesmo que o próprio telescópio não saiba. Com isso, eles sabem que, na realidade, a imagem é vermelha e assim podem pintá-la artificialmente.

Esse mesmo passo é repetido com outros dois filtros, o verde e o azul. Essas cores são usadas por serem primárias e elas englobarem todo o espectro quando se mistura diferentes doses delas.

Para conseguir uma foto colorida basta empilhar as três fotos com os filtros. Assim, onde existe só uma cor, a imagem fica apenas dessa cor. Mas nos pontos onde as cores aparecem ao mesmo tempo, elas se sobrepõem, se misturam e dão origem a novas cores.

Fonte: Superinteressante

Imagens: Hubble, String fixer, Quora

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