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Fotos anuais que o Hubble tirou dos gigantes do sistema solar

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O telescópio Hubble foi lançado no dia  24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery. Em suma, ele é um satélite astronômico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio. Ele recebeu seu nome na década de 1980, em homenagem a Edwin Hubble, por conta de suas descobertas astronômicas revolucionárias, como a expansão do universo.

Assim, Hubble fez e ainda faz muitas descobertas a respeito do espaço. Tanto que ele continua fazendo fotos que impressionam a todos. Como por exemplo, anualmente, o telescópio se concentra no nosso sistema solar. Mais especificamente, nos planetas mais pesados que se escondem além do cinturão de asteroides, no caso, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Esses planetas são fotografados pelo Hubble anualmente como parte do programa Outer Planet Atmospheres Legacy (OPAL). Por mais que outros instrumentos tenham conseguido fazer imagens em alta resolução, como por exemplo a sonda Cassini, ou o Juno, esses planetas gigantes de gelo foram negligenciados. Portanto, a longevidade do Hubble lhe dá uma vantagem.

Hubble

Science Alert

O telescópio teve sua missão estendida até 2026, e está em órbita desde 1990. Desde essa época, o Hubble mostra o cosmos em detalhes sempre impressionantes. Graças ao OPAL, é possível ver a evolução a longo prazo e a dinâmica dos planetas no sistema solar exterior.

Essas imagens dos planetas externos feitas pelo Hubble estão entre as de mais alta resolução possível. Elas só não são de mais alta resolução do que aquelas tiradas por sondas que visitaram os planetas em suas proximidades.

Nesse sentido, as fotos de Urano e Netuno podem até parecer borradas se comparadas com as imagens do telescópio espacial de nebulosas e galáxias distantes. Contudo, isso é por conta dos seus tamanhos relativos no céu.

Ademais, foi através do OPAL que se aprendeu que a Mancha Vermelha de Júpiter está mudando de forma e cor. Além disso, as auroras de Saturno também foram fotografadas pelo Hubble e mostraram a atividade de ondas de rádio e uma assimetria polar que é um indicativo de um campo magnético assimétrico.

Além disso, essas imagens feitas pelo Hubble deram aos cientistas a oportunidade de rastrear uma tempestade escura em Netuno que se comporta de uma maneira muito estranha andando pelos céus frios do planeta. Também revelou as nuvens de Urano, que é cercado por seus anéis e luas.

As imagens de OPAL desse ano foram tiradas em setembro e outubro. Elas mostram alguns detalhes novos bastante fascinantes sobre os planetas gigantes do nosso sistema solar.

Júpiter

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O planeta foi fotografado no dia quatro de setembro. Ele é turbulento, com tempestades, faixas de nuvem em contra-rotação sopradas ao redor do planeta por ventos poderosos, listrado de baunilha e caramelo.

Esse ano, o planeta tem um cinto peculiar com faixas fora do comum, laranja e vermelho em seu equador. Geralmente, elas são brancas ou marrons. Além disso, em cima do equador aparecem vários pontos vermelhos.

Os pontos são novas tempestades, vórtices ciclônicos que são provavelmente temporários. Ao contrário da Mancha Vermelha semipermanente e da Mancha Vermelha Jr, que está logo abaixo dela.

Saturno

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O Hubble fotografou Saturno no dia 12 de setembro. Nas imagens pode-se ver o planeta com seu hemisfério norte no início do outono. Da mesma forma que a Terra, Saturno é inclinado. Portanto, quando ele orbita o sol ele sofre mudanças sazonais dependendo da exposição solar ao hemisfério.

Conforme as temperaturas nos hemisférios mudam, a mesma coisa acontece com as nuvens. Por isso, as listas de Saturno também estão mudando de cor e parecem bem diferentes do ano passado.

Urano

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A foto do planeta foi tirada no dia 25 de outubro. Urano está tendo a primavera no hemisfério norte. Por ele estar mais longe do sol, o seu período orbital é ainda maior do que o de Saturo. Urano tem uma única estação e leva 21 anos terrestres para que ela passe.

A imagem do Hubble mostra a cobertura de nuvens sobre o polo norte do planeta. Ela se chama capa polar. Os cientistas não sabem o motivo disso acontecer, mas acreditam que pode ser por conta da excitação da radiação ultravioleta do sol interagindo com algo na atmosfera de Urano.

No entanto, uma coisa que continua a mesma nos últimos anos é uma fronteira avistada a 43 graus de latitude.

Netuno

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O Hubble fotografou Netuno no dia sete de setembro. Acredita-se que o hemisfério sul do planeta esteja experimentando a primavera. Contudo, as estações duram mais de 40 anos terrestres. Portanto, em Netuno as estações atuais são outono e primavera há mais de 20 anos. Provavelmente, essas estações continuarão por mais outros 20.

No entanto, essas novas imagens do Hubble mostraram que a peculiar tempestade escura de Netuno ainda está por aí. Ela pode ser vista no canto superior esquerdo do planeta.

Fonte: Science Alert

Imagens: Science Alert

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