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Como hackers podem roubar o DNA das pessoas?

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Todos sabem como os hackers agem, mesmo que nem todos entendam como essa ação funciona. E o que a maior parte das pessoas acredita que eles roubem são dados, seja de empresas ou pessoas. Contudo, os hackers já conseguiram roubar informações genéticas, o que quer dizer, o DNA das pessoas.

Por mais que esse roubo de DNA possa parecer algo saído de um filme de ficção científica, isso foi realidade e trouxe consigo várias dúvidas a respeito de segurança de armazenamento desse tipo de material e também a respeito da legislação desse assunto.

Esse vazamento aconteceu em outubro de 2023. Na época, um hacker que se identificou como Golem anunciou em um fórum online de cibercriminosos dados que foram roubados da 23andMe, que é um dos maiores nomes no ramo de testes de DNA domésticos.

A própria empresa disse que o hacker realmente conseguiu acessar as informações pessoais de 6,9 milhões de usuários. Com isso, o hacker ofereceu vender os dados genéticos desde os principais magnatas corporativos do mundo até famílias que são mencionadas sempre nas teorias de conspiração.

Para quem não sabe, a 23andMe tem como missão “ajudar as pessoas a ter acesso, compreender e se beneficiar do genoma humano”. Por conta disso que 14 milhões de pessoas já colocaram sua saliva nas ampolas e mandaram seu DNA para a empresa para ser analisado e buscar informações sobre sua saúde e ancestralidade.

Contudo, por conta desse vazamento de dados, atualmente a empresa é alvo de várias ações judiciais coletivas nos EUA. Com isso, ela prometeu reforçar a segurança do armazenamento do DNA dos seus usuários.

Roubo de DNA

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Por mais impensável que seja esse roubo de DNA, o ocorrido com a 23andMe não foi o primeiro a acontecer. Em 2018, cibercriminosos vazaram os endereços de e-mail e senhas de mais de 92 milhões de usuários da companhia MyHeritage.

Além disso, em 2023, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos tomou ações contra a CRI Genetics e a 1Health/Vitagene, empresas de testes de DNA diretos aos consumidores, por causa de falhas na segurança de seus dados.

Seja qual for a motivação, qualquer vazamento que envolve informações genéticas tem consequências bem amplas. Até porque a sequência de DNA não pode ser mudada como senhas, número do cartão ou dados bancários.

Por isso que a busca específica de qualquer grupo tendo como base o que o DNA mostra a respeito da ancestralidade étnica seria extremamente preocupante. Como por exemplo, poder buscar pessoas com antecedentes judeus ou chineses no vazamento da 23andMe.

Usá-lo

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O DNA está presente em todos os seres vivos, por isso é tão importante. Mas será que ele pode ser, por exemplo, extraído de um mosquito como é visto em Jurassic Park?

Por mais que os filmes dessa franquia tenham uma base científica que sustente seu enredo, como a extração de DNA de mosquitos pré-históricos que fez com que fosse possível clonar as espécies extintas, na realidade, a ciência diz que não é possível extrair um material genético viável dos insetos. Isso não pode ser feito nem mesmo em partes de dinossauros que estejam bem preservadas.

Ou seja, é impossível que um mosquito tenha armazenado o DNA de um dinossauro por milhares de anos como é mostrado no filme. Outro ponto que não faz sentido cientificamente é que o mosquito preservado em âmbar é um mosquito-elefante, e ele é a única espécie de inseto que não suga sangue. Logo, seria impossível que ele tivesse dentro de si o DNA de um dinossauro.

De acordo com o entomologista Joe Conlon, os mosquitos existiam na época dos dinossauros e provavelmente se alimentavam do sangue desses animais. No entanto, não seria o mosquito da espécie vista em Jurassic Park.

“Infelizmente, a espécie retratada em Jurassic Park, Toxorhynchites rutilus, não se alimenta de sangue. De fato, é o único tipo de mosquito que não se alimenta”, disse.

Outro ponto é que o mosquito visto no longa tem antenas peludas e isso sugere que ele é um macho. Isso é mais um ponto que reforça a improbabilidade, visto que apenas as fêmeas se alimentam de sangue. Além disso, em Jurassic Park é dito que o mosquito em âmbar foi encontrado na República Dominicana, local onde os fósseis antigos nunca foram encontrados.

Mesmo assim, segundo o Daily Mail, o motivo pelo qual Steven Spielberg escolheu a espécie em questão do mosquito foi por conta de ele ser a maior conhecida pelo homem e isso teria feito a filmagem dele ficar mais fácil.

E se essa espécie não se alimentava de sangue, do que ela se alimentava? O mosquito-elefante é um predador, e suas presas mais comuns são os microcrustáceos, rotíferos e outros hexápodes.

Fonte: Olhar digital, Adoro cinema,

Imagens: Olhar digital

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