Ciência e Tecnologia

Como o microscópio funciona?

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Existem algumas coisas no cotidiano que são tão presentes que raramente paramos para pensar: como isso funciona? Assim sendo, o microscópio é um desses itens. Por mais que seja fácil entender como funciona uma lente que aumenta os objetos, saber como o microscópio funciona é um pouco mais complexo.

O nome microscópio vem se mikrós, que significa pequeno, e skoppéoo, que significa observar ou ver através de. Dessa forma, o nome foi criado por Jean Faber, membro da antiga Academia dos Lincei (1624).

De forma específica, o termo se refere a um equipamento composto por uma lente objetiva e uma ocular, por mais que na prática tenha sido usado para se referir a todos os instrumentos ampliadores, tanto simples quanto compostos.

Assim, esse instrumento permite que se observe objetos não perceptíveis a olho nu. Isso porque se utiliza de um sistema óptico composto por lentes de cristal que ampliam o objeto desejado. De acordo com o número e posição das lentes, temos o microscópio simples, a lupa ou microscópio estereoscópio, e o microscópio composto.

Denominações de microscópio

O microscópio simples é qualquer lente que amplia objetos, seja com ou sem montagem própria. Além disso, ela pode ser grande ou pequena, biconvexa ou planoconvexa. Nesse caso, é comumente chamada de lupa e é possível encontrar em uma variedade de modelos.

Podemos dizer que qualquer lente convergente usada para produzir uma imagem virtual, ou seja, direta, e maior que o objeto, já é um microscópio simples.

Logo, a lupa só se diferencia quando consideramos a montagem. Para utilizar a ferramenta, é necessário apenas orientar a lente com a face menos curva direcionada ao objeto que deseja ampliar.

Lentes de um microscópio

Já para ser um microscópio composto, deve-se ter uma combinação de dois sistemas de lentes.

Convergentes: uma lente deve estar próxima ao olho do observador. Dessa forma, essa lente é chamada de sistema de ocular. A outra deve estar próximo ao objeto, é denominada sistema de objetivas. Esse é o microscópio que pode se observar em laboratórios.

Salve exceções específicas em estudos muito especializados, um microscópio comum já é o suficiente para fazer boas observações de qualquer classe de materiais. Ao colocar a ocular de forma que a imagem real obtida pela objetiva fique entre o vértice e o foco da ocular, é possível obter a imagem virtual direta e maior.

Dessa maneira, quanto maiores forem as curvaturas das lentes e as distâncias entre o sistema de objetivas e o sistema de oculares, maior será o aumento da imagem.

Tipos de objetivas

microscópio

Wikipedia Creative Commons

Com a ocular sendo aquela usada em lupa, ela é a mais simples e possui em seu interior duas lentes e um diafragma. No interior da ocular, temos a lente de campo, o difragma e a ocular em si.

Dessa forma, há diversos tipos de objetivas que se diferenciam pela qualidade da imagem, correção de aberração e preço.

Acromática: o tipo de objetiva mais simples. A acromática é aquela sem nenhuma sofisticação, que um microscópio comum possui.

Semi-apocromática: esse tipo também é chamado de fluorita, por ser um material usado em sua constituição. Ela oferece alguma correção para as aberrações.

Apocromática: possui correção ampla e abrange todo o espectro.

Planapocromática: possui imersão e aumento de 63 vezes, assim como abertura numérica de 1,4. Com ela, é possível ter a maior resolução de um microscópio óptico.

As objetivas de imersão são de maior aumento em que se usa óleo de imersão para aproveitar a abertura numérica da lente. Isso porque o óleo possui um índice de refração que impede que raios luminosos sofram reflexão ao passar do material para o ar entre a lamínula e a objetiva.

Assim, a luz utilizada pode ser a natural, mas o comum é usar uma lâmpada quase branca, sendo levemente amarelada.

Fonte: Brasil Escola

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