Curiosidades

Um tumor cerebral mortal foi impresso em 3D pela primeira vez em laboratório

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O avanço da ciência possibilitou que várias coisas que antes eram inimagináveis fossem criadas. Em suma, hoje já vemos vários membros protéticos e órgãos artificiais sendo produzidos e usados para melhorar e devolver a qualidade de vida das pessoas. E não se cria apenas órgãos para entender e melhorar a saúde humana.

Pela primeira vez, uma das formas mais mortais de tumor cerebral foi impresso com sucesso em 3D. Em suma, a impressão resultou no modelo mais completo desenvolvido em laboratório até o momento.

Quem fez a impressão foram os cientistas da Universidade de Tel Aviv. Eles imprimiram um glioblastoma em um ambiente parecido com o do cérebro, incluindo os vasos que dão sangue à massa. Essa é a réplica mais completa de um tumor e do tecido que está em volta dele. De acordo com os pesquisadores, isso pode ajudar a desenvolver tratamentos.

Tumor

O glioblastoma é raro e particularmente horrível. Ele cresce de uma forma rápida e agressiva no cérebro ou no tronco cerebral. E ele não pode ser curado. Por isso, quase sempre é fatal.

Além de ser bem difícil de tratá-lo. Por ser um tipo de câncer agressivo, seu tratamento precisa ser bem rigoroso. Exigindo normalmente cursos de quimioterapia e radioterapia, o que faz com que os pacientes fiquem doentes demais para que o tratamento seja concluído.

Se estuda esse tipo de câncer através do tecido de glioblastoma retirado e cultivado dos tumores removido dos pacientes. O estudo normalmente é feito em placas de Petri e é uma ferramenta bastante útil. Mas ela tem suas limitações.

Em um estudo anterior,  a pesquisadora de câncer e nanocientista Ronit Satchi-Fainaro, da Universidade de Tel Aviv, e sua equipe descobriram uma proteína chamada P-selectina. Ela é produzida quando as células cancerosas no glioblastoma encontram células microgliais no cérebro, que são as células imunológicas mais proeminentes no sistema nervoso central.

Funcionamento

Essa proteína acaba acionando a microglia para funcionar em apoio ao glioblastoma ao invés de lutar contra ele. E isso tem resultados devastadores para a pessoa.

“No entanto, identificamos a proteína em tumores removidos durante a cirurgia, mas não em células de glioblastoma cultivadas em placas de petri de plástico 2D em nosso laboratório. A razão é que o câncer, como todos os tecidos, se comporta de maneira muito diferente em uma superfície de plástico do que no corpo humano. Aproximadamente 90% de todas as drogas experimentais falham no estágio clínico porque o sucesso alcançado no laboratório não é reproduzido nos pacientes”, explicou ela.

“Se pegarmos uma amostra do tecido de um paciente, junto com sua matriz extracelular, podemos bioprintar em 3D dessa amostra 100 tumores minúsculos e testar muitos medicamentos diferentes em várias combinações para descobrir o tratamento ideal para esse tumor específico. Mas talvez o aspecto mais empolgante seja encontrar novas proteínas-alvo e genes drogáveis ​​em células cancerosas. Uma tarefa muito difícil quando o tumor está dentro do cérebro de um paciente humano ou animal modelo”, disse Satchi-Fainaro.

“Nossa inovação nos dá acesso sem precedentes, sem limites de tempo, a tumores 3D que mimetizam melhor o cenário clínico, permitindo uma investigação ideal”, concluiu ela.

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