Curiosidades

Comportamento e organização: o fascinante mundo das formigas

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O mundo animal sempre surpreende a todos. E não são apenas os grandes animais que despertam o interesse e têm características incríveis. Os menores seres vivos podem ser fascinantes, como no caso das formigas. Tanto que, falar sobre elas e seu grande poder e fascínio inversamente proporcional ao seu tamanho é extremamente interessante.

O corpo das formigas já é bastante interessante. Ele é dividido em três partes: a cabeça, o tórax e o abdômen. Na cabeça, elas tem duas antenas, a mandíbula e os olhos. As antenas tem um papel muito importante para as formigas por conta de três fatores principais: tato, olfato e paladar.

No caso da mandíbula, ela tem vária funções. Esses animais a usam para se defenderem dos inimigos triturar alimentos e cavar. E uma das partes mais interessantes do corpo das formigas são seus olhos. Eles são chamados de olhos compostos porque mesmo tendo duas estruturas oculares, cada olho é formado por várias estruturas pequenas.

Anatomia das formigas

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E ao contrário de vários outros animais, elas não tem orelhas. No entanto, isso não quer dizer que elas não escutem. As formigas conseguem ouvir através de sensores especiais que ficam nas suas patas e conseguem captar as vibrações do solo.

Com relação ao seu corpo, logo embaixo da cabeça as formigas tem uma estrutura parecida com o tronco do corpo humano de onde saem os membros, ou seja, as pernas e os braços.

Logo abaixo da cabeça da formiga existe o tórax e prototórax, que são os locais onde todos os membros motores dela ficam. Neles estão as asas, caso ela tiver, e os três pares de perna.

O abdômen fica na extremidade oposta da cabeça. Ele é uma estrutura avantajada que geralmente se sobressai ao resto do corpo das formigas. Nessa região estão os órgãos internos importantes, como por exemplo, os dois estômagos e intestinos. Elas tem dois estômagos porque um serve para guardar comida e o outro para que alimento seja compartilhado com as outras formigas.

Espécies

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Ao todo, existem cerca de 18 mil espécies conhecidas de formigas no mundo todo. Apenas no Brasil existem aproximadamente duas mil espécies. As mais comuns nos ambientes urbanos são: formiga fantasma (Tapinoma melanocephalum), a formiga carpinteira (Camponotus spp) e a formiga louca (Paratrechina longicornis).

A formiga fantasma tem uma cor mais escura na cabeça e o resto do corpo é amarelado claro. Ela faz seu ninho em locais como frestas, fendas e equipamentos eletrônicos.

A formiga carpinteira tem uma coloração que varia do amarelo ao preto. Ela tem hábitos noturnos e faz seu ninho em madeiras, árvores vivas, frestas de pisos, e em outros locais.

A formiga louca tem tons que variam de marrom escuro ao preto. Ela tem esse nome de “louca” por conta da maneira que anda que é irregular. Essa formiga faz seu ninho em áreas externas e internas.

Organização

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É sabido que as formigas vivem em uma sociedade extremamente organizada e tem a diferença entre rainhas, operárias e machos. As formigas rainhas são maiores do que as outras, tem asas na época reprodutiva e tem uma expectativa de vida grande.

Os machos também tem asas na época de reprodução, mas são menores do que as rainhas e vivem por pouco tempo.

Já as operarias são a maior parte da população de formigas. Elas não tem asas, não podem se reproduzir e são bastante organizadas. Essas formigas dividem as tarefas entre as que vão escavar os túneis, as que fazem a segurança, as que cuidam das larvas, e as que buscam alimentos.

Justamente por terem todo esse trabalho em equipe e ter que fazer com que ele funcione é que as formigas tem uma forma de se comunicar e fazem isso muito bem.

A comunicação entre elas acontece quando uma operária encontra um alimento. Quando isso acontece, ela deixa um cheiro característico em seu caminho de volta para o formigueiro. Isso faz com que as outras consigam sentir o cheiro até onde o alimento está. E s existe um obstáculo no primeiro caminho traçado elas exploram outras rotas.

Carregar peso

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Outro ponto extremamente interessante com relação às formigas é a sua capacidade de carregar pesos bem maiores que o seu. Tanto é que um grupo de cientistas internacionais fez radiografias das regiões torácicas do corpo delas e analisaram os músculos e o esqueleto interno.

Como resultado, eles viram que as formigas adquiriram uma força extremamente notável porque renunciaram sua capacidade de voar. Elas são consideradas os seres vivos mais bem sucedidos da Terra. Contudo, o que se estuda geralmente sobre elas é sua sociabilidade e capacidade de trabalhar em equipe, que é um dos principais fatores do seu sucesso.

Claro que já tiveram estudos que analisaram outras coisas, como a estrutura externa das formigas, mas nunca um que fizesse a análise de sua estrutura interna. No entanto, agora, os pesquisadores, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão, e da Universidade Sorbonne, na França, estudaram como a estrutura dos músculos e a região do tórax das formigas interfere na capacidade delas em carregar pesos.

No caso das formigas operárias, elas são conhecidas por serem descendentes de insetos voadores, tanto que uma grande parte da sua região torácica é ocupada pelos músculos das asas desses insetos. Ou seja, existe menos espaço para outros músculos.

No entanto, quando a habilidade de voar é retirada, existe um potencial para que outros músculos se desenvolvam. Por conta disso que os cientistas têm especulado que as formigas operárias têm sua força muscular desenvolvida como um elemento de troca por elas não voarem.

“Sempre assumimos que a perda de voo ajudou a otimizar seus corpos para trabalhar em terra, mas temos muito a aprender sobre como isso é alcançado”, disse Evan Economo, professor que participou do estudo.

Então, eles analisaram, de forma minuciosa, a estrutura do tagma torácico tanto das operárias como das rainhas de duas espécies diferentes. As formigas passaram por uma tomografia computadorizada de alta resolução para que fosse possível criar modelos tridimensionais dos seus tórax

Como conclusão, foi confirmado que elas ficaram mais fortes por conta da perda da capacidade de voar. Os pesquisadores viram que os músculos das formigas aumentaram de tamanho e também tiveram mudanças na geometria dos músculos do pescoço e na fixação deles.

Fonte: Ciência viva,  Socientifica

Imagens: Ciência viva

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