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A pena de morte é sempre um tema polêmico e um tanto quanto assustador. No Brasil, esse tipo de sentença não é mais permitida, mas países como os EUA, Japão, Cingapura e Taiwan ainda cumprem sentenças do tipo. Por isso, às vezes, notícias a respeito de algum condenado ao corredor da morte, seja ela positiva ou não, acabam repercutindo no mundo.
Temos como exemplo o caso desse condenado à morte por assassinato que pediu que as autoridades dos EUA usassem um método que ainda não foi testado para a sua execução. O pedido foi feito porque o criminoso tem pavor de agulhas, que são o que geralmente se usa para aplicar a injeção letal.
Quem fez o pedido foi Alan Eugene Miller. Ele está no corredor da morte por ter matado a tiros três colegas de trabalho na cidade de Pelham, no estado norte-americano de Nova York, em 1999. O homem abriu fogo na Ferguson Enterprises, matando duas pessoas, e vitimando uma no Post Airgas, onde trabalhava anteriormente.
De acordo com os promotores do caso, os corpos das duas primeiras vítimas, Lee Holdbrooks e Scott Yancy, foram encontrados por um funcionário do estabelecimento. A terceira vítima foi Terry Jarvis.
Método pedido pelo condenado
Aventuras na história
Como tem pavor de agulhas, o criminoso pediu para que sua execução seja feita por hipóxia de nitrogênio ao invés da corriqueira injeção letal. A execução de Alan está marcada para o dia 22 de setembro. E segundo o próprio criminoso, os agentes penitenciários perderam a papelada detalhando sua solicitação e isso está dificultando o caso.
Em 2018, esse método por hipóxia de nitrogênio foi aprovado pelo Alabama e outros dois estados norte-americanos. No entanto, ele ainda não foi testado. A morte por esse método é feita usando nitrogênio ao invés de oxigênio.
Pedidos de condenados
East Coast Daily
O último pedido é um ritual comum para condenados em vários lugares do mundo que têm a pena de morte. A tradição geralmente permite que o condenado escolha sua última refeição, que pode ou não vir com outros pedidos, como no caso de Alan para não usarem agulha.
Entretanto, em algumas ocasiões os pedidos são bem incomuns. Esse costume de último pedido é visto bastante nos EUA, onde vários estados mantêm a legislação que dá esse direito aos prisioneiros. Seu início foi registrado na Europa bem antes dos tempos modernos com a superstição que o oferecimento de um último pedido poderia representar a simbolização de um acordo de paz com o condenado.
Além de Alan, outros criminosos fizeram pedidos incomuns. Como por exemplo, James Edward Smith, que foi acusado do homicídio de Larry D. Rohus durante um roubo em um escritório. Ao ser questionado sobre o que queria como última refeição, Smith pediu por uma porção de sujeira. O desejo foi negado, e ele acabou recebendo um pote de iogurte.
Já Ronnie Lee Gardner foi condenado por dois homicídios em 1985, o que o levou à morte por um esquadrão de tiros 25 anos depois. Para sua última refeição ele não foi tão exótico, pedindo um prato de lagosta com carne, além de sorvete de baunilha e torta de maçã para a sobremesa. O diferencial esteve na exigência que deveria acompanhar os pratos: a trilogia de filmes Senhor dos Anéis que ele queria assistir antes de morrer.
No caso de William Bonin, ele foi condenado à pena de morte, acusado de estuprar e matar 21 garotos e jovens. Para sua última refeição, pediu duas pizzas de pepperoni e três bolas de sorvete de chocolate. Parecia apenas mais uma refeição comum, não fosse a estranha quantidade de bebida que pediu para acompanhar o prato: 18 garrafas de Coca-Cola.
Odell Barnes era um homem do Texas que foi acusado de matar Helen Bass durante o roubo à sua residência. Os últimos estágios de seu julgamento receberam muita tenção de grupos contra a pena de morte e defensores dos direitos humanos, principalmente por conta da falta de evidências para provar sua culpa. Antes de sua execução, em 2000, Barnes pediu por “justiça, igualdade e paz mundial” em sua última refeição.
Fonte: Aventuras na história, List25
Imagens: Aventuras na história, East Coast Daily
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