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Conheça a história da primeira escalada no Monte Everest sem o uso de oxigênio

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Há 42 anos, no dia 8 de maio de 1978, dois amigos entrariam em uma ventura que entraria para história como uma missão quase suicida. Dessa forma, eles tentariam escalar o Monte Everest sem o uso de oxigênio suplementar.

Uma vez que isso nunca havia sido feito antes, eles sabiam dos inúmeros riscos e das poucas chances dessa expedição dar certo. Com isso, os alpinistas Reinhold Messner e Peter Habeler decidiram arriscar as próprias vidas, em nome do amor pela aventura. E claro, na época, o caso gerou uma série de polêmicas e desafios.

Um aventura considerada quase suicida e impossível de ser realizada

Na época, os dois alpinistas ainda não tinham ideia de que a aventura entraria para a história. Isso porque, eles estavam prestes a realizar o que era considerado impossível. Desse modo, eles transformaram a história do montanhismo no Himalaia, abrindo portas para futuras subidas que seriam feitas ali.

Antes do feito, a primeira escalada a passar dos 8 mil metros de altura em relação ao nível do mar, foi uma expedição comandada pelo britânico George Finch. Contudo, o alpinista somente conseguiu alcançar o topo do Monte Everest usando oxigênio. Dentro da comunidade dos alpinistas, essa atitude foi considerada antidesportista, uma vez que ele teria usado elementos que o teriam facilitado sua jornada. Pensando nisso, Messner e Habeler decidiram fazer diferente e encararam a aventura sem os aparelhos de auxílio.

Precisamos lembrar que naquela época, o monte ainda pouco explorado e por isso, os riscos ainda eram maiores. Com tantas preocupações, os aventureiros se concentravam em seguir o caminho o correto, sem errar, para não caírem. Porém, mesmo assim, os dois aventureiros contam que estavam com o sentimento fulminante de que a qualquer momento sofreriam hipóxia cerebral. Ou seja, uma condição na qual há a diminuição do suprimento de oxigênio no cérebro.

Somente 5% dos alpinistas conseguiram subir ao Monte Everest dessa forma

Para se ter uma ideia do quão exaustivo foi o percurso, Habeler chegou a sofrer com alucinações. De acordo com eles, a motivação era olhar para cima, sempre com uma grande esperança de conseguiriam. “Foi minha alma que me levou até lá”, escreveu Messner na época.

Assim, por volta de 13h15 do dia 8 de maio, os escaladores chegaram ao cume do Monte Everest. Nesse momento, eles fizeram algumas imagens e choraram exaustos e muito alegres. Por fim, para provarem que estiveram lá em cima, os alpinistas deixaram um pedaço de corda velha na montanha. Em menos de 15 minutos, os dois alpinistas inciavam a jornada de volta, em uma longa decida a caminho do acampamento.

Segundo um artigo publicado na National Geographic, a taxa de hipóxia cerebral e de mortalidade é dobrada quando o atleta assumo o risco de escalar sem oxigênio. Com isso, somente 5% dos alpinistas conseguiram subir o Monte Everest sem esse tipo de auxílio. Em uma entrevista feita pouco tempo depois do feito, Messner falou um pouco sobre o que aprendera com a escalada. “Éramos montanhistas reais: cuidadosos, conscientes e, inclusive, temerosos. Ao escalar montanhas não estávamos aprendendo o quão grande éramos. Estávamos descobrindo o quão frágil, fracos e temerosos somos”, afirmou.

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