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Conheça a ”samambaia zumbi” que consegue ressuscitar folhas mortas

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As plantas são a espinha dorsal de toda a vida na Terra, sendo essencial para o bem-estar do ser humano. Elas fornecem alimentos para quase todos os organismos terrestres, mantêm a atmosfera, produzem oxigênio e absorvem dióxido de carbono durante a fotossíntese.

Além disso, algumas delas têm capacidades impressionantes. Por exemplo, vemos essa espécie de samambaia no Panamá que foi descoberta por pesquisadores e consegue “ressuscitar” suas próprias folhas mortas e as transformar em raízes. Assim, essa planta pode continuar a se alimentar da terra.

De acordo com os pesquisadores, quando uma das folhas de uma planta morre, a tendência é ela ficar seca, perder a cor e murchar até que caia. Contudo, isso não é o caso quando a planta é a Cyathea rojasiana. Por causa dessa capacidade diferenciada dela, a espécie recebeu o nome de “samambaia zumbi”.

Mecanismo “zumbi”

Olhar digital

Ainda conforme os pesquisadores, esse fenômeno só acontece quando a folha morta está inclinada na direção do solo. E quando ela entra em contato com a terra, a planta faz a reanimação dessa folha de forma imediata. Depois disso, raízes brotam dela.

São essas raízes que extraem nitrogênio do solo e continuam alimentando a samambaia. No entanto, mesmo que a folhas tenham ressuscitado, elas ainda têm sua aparência de mortas, ou seja, se parecem com a matéria vegetal decomposta.

Essa foi a primeira vez que os pesquisadores encontraram uma planta que conseguisse reconfigurar uma parte morta para criar um sistema de raízes novo. O que eles pensam é que esse mecanismo vem de uma adaptação para que a planta consiga sobreviver.

Até porque, o Panamá foi criado a partir de atividade vulcânica, o que faz com que seu solo tenha camadas de cinzas e isso acaba dificultando que os nutrientes sejam distribuídos para a vegetação. Por isso que esse mecanismo “zumbi” é crucial para a sobrevivência dessa samambaia.

Planta

Identificación de Plantas

Além dessa samambaia, outras plantas também têm mecanismos bem interessantes, como por exemplo, as plantas vasculares onde a seiva é como se fosse o sangue nos animais. Ele circula por toda a estrutura e alimenta as células. E uma planta em específico, a Solanum dulcamara, que é uma espécie de videira de batata, tem um truque que impressiona.

Essa planta usa sua própria seiva, que vai escorrendo dos ferimentos que os insetos fizeram, para chamar ajuda contra esses predadores. Da mesma forma que os animais, as plantas também fecham seus ferimentos para evitar infecções e a morte. Contudo, de acordo com um estudo feito pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, essa espécie em específico parece não ter muita pressa.

Isso porque, ao invés de criar uma cicatriz em suas feridas, ela “sangra” onde está sendo atacada para que as formigas sejam atraídas. Assim, elas irão ajudar a planta a se livrar dos insetos que a estão machucando.

O estudo viu que, quando as formigas receberam o néctar de recompensa, elas defenderam a planta contra as larvas de pulgas e lesmas adultas. Mesmo que elas não ataquem os besouros adultos, as formigas atacam as larvas dele que podem acabar se alimentando dentro dos brotos e serem prejudiciais para a planta.

Pode parecer uma coisa rara, mas aproximadamente quatro mil plantas têm nectários extraflorais, que são glândulas de açúcar fora das flores, para atrair as formigas.

“As formigas sobem para coletar as gotas de açúcar e, como formigas de dieta mista precisam de proteínas, elas atacam os herbívoros que estão comendo as folhas e os levam para o formigueiro. É uma troca de favores”, explicou o professor Paulo Oliveira, do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

No caso da Solanum dulcamara, ela não tem essa glândula, então ela usa o lugar do ferimento como forma de se defender. Ainda conforme o estudo, existe uma variação no açúcar da seiva e um controle na quantidade do líquido. Isso deixa claro que é a planta que define quanto tempo ela precisa da ajuda das formigas. O tempo varia conforme a ameaça, a eficácia das formigas e a quantidade de energia para pagar o favor prestado.

Fonte: Olhar digital,  UOL

Imagens: Olhar digitalIdentificación de Plantas

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