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Conheça Robert Hanssen, o agente infiltrado da União Soviética que trabalhou para o FBI

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Robert Hanssen era um católico devoto, um pai amoroso e um dos funcionários mais dedicados do Federal Bureau of Investigation (FBI). Por conta de tais características, dificilmente, alguém poderia imaginar que o gentil homem de 56 anos era, na verdade, um dos espiões mais antigos da KGB, agência de segurança da União Soviética.

Durante os anos em que trabalhou como agente duplo no órgão de inteligência e segurança dos Estados Unidos, Hanssen revelou a Moscou incontáveis ​​segredos do FBI. Devido a tais feitos, consolidou-se na história como o espião mais perigoso já infiltrado no serviço de inteligência e segurança estadunidense.

FBI

Robert Philip Hanssen teve uma infância difícil. Constantemente era menosprezado, intimidado e repreendido pelo pai. Os atos de repressão cessaram quando Hanssen começou a estudar no Knox College, onde, em 1966, se formou em química.

Enquanto esteve em Knox, Hanssen, nas horas vagas, dedicava-se ao que mais gostava: estudava códigos, dispositivos tecnológicos e russo – o que alimentou seu mais íntimo sonho, tornar-se um espião soviético.

Além de ter se formado em química, graduou-se também em Odontologia, mas apenas para ceder ao desejo de seu pai. Depois de terminar sua segunda graduação, casou-se com Bernadette “Bonnie” Wauck e começou a atuar como contador.

Em 1972, Hanssen decidiu largar o emprego para tentar uma vaga no Departamento de Polícia de Chicago. Por conta do currículo que havia conquistado, foi aceito na academia de polícia, onde foi rapidamente promovido a investigador da divisão de assuntos internos.

Como tornou-se um investigador renomado, acabou, em 1975, sendo convidado pelo FBI para trabalhar como agente. Em 1979, os Hanssens e seus três filhos foram transferidos para a cidade de Nova York. A política do FBI exigia rodízios de rotina para desencorajar seus agentes de se tornarem complacentes, mas eles não ofereciam pagamento adicional que cobria o alto custo de vida que uma cidade grande como Nova York oferecia.

Mesmo recebendo pouco, Hanssen era um funcionário dedicado – mais do que isso, era exemplar. Conquistando seu espaço pouco a pouco, e com muito suor, foi promovido e, nesse ínterim, passou a trabalhar no departamento de contra-espionagem, onde teve acesso aos documentos secretos mais sensíveis dos Estados Unidos.

Ali, teve conhecimento de todos os detalhes que cercavam as operações de vigilância que visavam os soviéticos e oficiais do país. Foi então, nesse exato momento, que a possibilidade de concretizar seu maior sonho se manifestou.

Soviéticos

Diante de todas as sensíveis informações, Hanssen decidiu enviar uma carta anônima a um funcionário soviético que trabalhava nas Nações Unidas oferecendo seus serviços à agência de segurança da União Soviética. A resposta veio pouco tempo depois.

Hanssen, que agora era oficialmente um espião da União Soviética infiltrado, foi transferido para Washington, DC, para o departamento Orçamentário do FBI. O novo cargo de prestigio lhe deu acesso a informações ultrassecretas sobre quase todas as operações ativas, incluindo as atividades de agentes, espiões e informantes.

Todas as informações que Hanssen enviava à União Soviética eram compensadas com dinheiro. Durante todo o tempo que atuou para KGB, o espião infiltrado ganhou altas quantias de dinheiro.

Flagra

O FBI e a CIA começaram a notar uma estranha movimentação por parte da KGB. Ambos órgãos uniram forças para tentar descobrir se havia algum agente infiltrado no serviço de inteligência americano. Para obter informações precisas, o FBI e a CIA começaram a procurar ex-agentes da KGB dispostos a vender informações.

Um dos ex-agentes que foram subornados foi Aleksandr Shcherbakov. Por US$ 7 milhões, Shchrbakov forneceu ao FBI e a CIA um arquivo que continha provas contundentes implicando Hanssen.

Em 2000, Hanssen foi promovido mais uma vez. No entanto, a promoção foi uma jogada do serviço de inteligência para mantê-lo em Washington, onde poderia ser vigiado. Hanssen, à data, foi contemplado com um assistente, o qual, um dia, conseguiu ter acesso ao computador privado de Hanssen.

O esquema do espião infiltrado acabou sendo desmantelado

Seu assistente, Eric O’Neill, estava lá para reunir evidências e provar, sem sombra de dúvida, que Hanssen era culpado do que era acusado.

O’Neill percebeu que Hanssen estava usando um computador pessoal Palm III para armazenar informações e, em 15 de fevereiro de 2001, pegou o computador do escritório de Hanssen e o entregou a uma equipe de especialistas, que baixou e decodificou o conteúdo.

Lá, eles encontraram evidências definitivas de que Hanssen havia traído seu cargo. Hanssen foi condenado à prisão perpétua, que atualmente cumpre na penitenciária federal de Florence, no Colorado. O prisioneiro nº 48551-083 – como é conhecido hoje – é mantido em confinamento solitário 23 horas por dia e não tem possibilidade de receber liberdade condicional.

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