Curiosidades

Copo americano não é dos EUA! Conheça a história dele

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É quase impossível alguém nunca ter visto esse copo tradicional que praticamente todos os bares têm. Normalmente, as pessoas o chamam de copo americano, mas o que poucos sabem é que seu nome verdadeiro é copo lagoinha.

A maioria das pessoas não o chama assim, mas os belo-horizontinos sim. E esse copo completou seus 75 anos de idade no dia 20 desse mês. Ele foi criado em 1947 pela empresa Nadir Figueiredo. Inicialmente, ele foi chamado de americano por conta da máquina que o fabricava ser importada dos Estados Unidos.

Em seu ano de criação, o copo começou a ser vendido apenas pelo seu Quim Quim, dono de uma famosa mercearia da Praça Vaz de Melo, no Bairro Lagoinha, que na época era o centro boêmio de Belo Horizonte. Logo o copo foi eleito como o melhor para apreciar uma boa cerveja.

História

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O copo se tornou uma febre na capital mineira, e acabou ficando conhecido como copo do Bairro Lagoinha, e depois, como copo Lagoinha. “O copo teve essa relação afetiva com o bairro no primeiro momento, quando os boêmios o elegeram como o melhor para a cerveja, mas ele é múltiplo. Serve para o café, para a receita de bolo, para muita coisa!”, conta Filipe Thales, fundador da Viva Lagoinha.

A Viva Lagoinha é uma iniciativa que há dez anos usa a economia criativa para conectar pessoas que acreditam na resiliência deste bairro da Região Noroeste da capital mineira.

A peça é tão importante e icônica que, em 2009, ele chegou a representar o design brasileiro no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa). Além disso, desde 2019, o nome copo lagoinha foi oficialmente reconhecido pela empresa e se tornou marca registrada depois de uma petição popular liderada pelo Viva Lagoinha.

Aniversário do copo

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Como uma forma de celebrar os 75 anos desse ícone da cultura brasileira, o Circuito Lagoinha, que é um projeto colaborativo entre o Viva Lagoinha e a Bumba!, uma produtora de eventos, preparou dois dias de música, cultura e culinária.

A proposta do Circuito é a reconexão de Belo Horizonte com o bairro Lagoinha. Então, ele propôs ações de promoção do turismo criativo, fomento da cultura e da culinária com foco no desenvolvimento econômico local desta tradicional região da cidade.

“O Circuito Lagoinha é uma plataforma que convida o público para se encantar com a história da Lagoinha e entender sua importância para a cidade. Ao participar das nossas atividades, o público fortalece o reconhecimento do território como berço cultural de Belo Horizonte e nos ajuda a desenvolver a economia criativa local”, contou Bruno Cotta, cofundador e coordenador do Circuito Lagoinha.

Na programação de sexta-feira, a festa foi na Casa Rosa do Bonfim. O espaço recebeu um encontro de empreendedores e cozinheiras locais para uma roda de conversa, seguida de um happy hour com DJ.

No domingo, várias atrações artísticas se reuniram no Galpão 54, tendo o samba como destaque. Isso porque esse gênero musical encontrou na Lagoinha espaço para reverberação e produção local.

Onde beber

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Os boêmios de Belo Horizonte já tinham percebido há muito tempo qual era o melhor recipiente para tomar a tão amada cerveja. Mas isso não quer dizer que não existam outros tipos de copos para se beber a bebida.

O lager é o segundo recipiente mais popular na apreciação de cerveja em terras brasileiras. Adivinha qual é o 1º? O copo americano, ou melhor, copo lagoinha lógico. Por ele ter pouca capacidade, ele permite que o consumidor beba tudo de forma rápida antes que o líquido esquente.

Os copos lager têm uma boca fechada, algo ideal para as leves cervejas pilsen. Isso porque esse diâmetro reduzido concentra a espuma, item fundamental na promoção do refresco que o brasileiro busca ao tomar a bebida.

O cálice tem uma enorme haste na parte de baixo que serve para segurá-lo sem que sua mão tenha contato com a bebida. Assim, sua temperatura corporal tem uma passagem reduzida para a bebida, o que a mantém gelada por mais tempo. Portanto, os cálices são ideais para cervejas.

No caso das cervejas, os cálices oferecem uma experiência ideal para quem gosta de marcas com sabores fortes, como no caso das ales belgas.

O snifter é o contrário do cálice. Sua base larga facilita a passagem de calor do seu corpo para a bebida. Como resultado disso, a cerveja passa por um suave processo de evaporação. Isso favorece a exaltação de aromas, o que justifica o uso desse copo em variantes fortes que devem ser consumidas quentes.

O pint é o copo ideal para quem não quer ficar levantando para colocar mais bebida. Isso porque esses recipientes costumam comportar meio litro de bebida em sua estrutura larga da base ao topo. Ele serve para pessoas que não se importam em beber cerveja quente e que não façam questão do frescor que essa bebida traz.

A tulipa tem as mesmas vantagens dos snifters. Em síntese, esses copos também promovem o contato da mão com a cerveja a fim de volatizar aromas. Logo, esses recipientes são ideais para cervejas fortes e para bebidas quentes.

Fonte: G1,Superinteressante

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