Curiosidades

Criatura conhecida apenas por fósseis é encontrada nos EUA

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Os fósseis são recursos que podem transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida, ou algum animal, em respostas científicas. Eles são encontrados e estudados há muito tempo. Pode-se encontrar partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo.

O mais interessante é ver criaturas, que eram conhecidas apenas pelos seus fósseis, serem encontradas vivas. Isso parece ser bastante improvável, mas realmente aconteceu. A descoberta foi feita por um pesquisador enquanto ele estava fazendo uma pesquisa de campo corriqueira na costa da Califórnia, nos Estados Unidos.

O pesquisador no caso é o ecologista marinho Jeff Goddard. Durante a pesquisa, ele se deparou com exemplares vivos de uma criatura considerada extinta há 40 mil anos. O animal é um pequeno molusco que, até esse encontro, só era conhecido pelos seus registros fósseis.

Descoberta

History

Enquanto Goddard pesquisava a vida marinha de Naples Point, um par de pequenos bivalves translúcidos chamou sua atenção. “Suas conchas tinham apenas 10 milímetros de comprimento. Mas quando eles se estenderam e começaram a acenar com um pé branco brilhante e listrado, mais longo do que a carapaça, percebi que nunca tinha visto essa espécie antes”, disse o ecologista, que atua no Instituto de Ciências Marinhas da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.

Por conta disso, ele fotografou os animais e mandou as imagens para Paul Valentich-Scott, especialista em moluscos do Museu de História Natural de Santa Bárbara. Quando viu os registros, Valentich-Scott suspeitou que os animais se tratavam de criaturas desconhecidas.

“Quando desconfio que algo é uma nova espécie, preciso rastrear toda a literatura científica desde 1758 até o presente”, disse o especialista.

Foi fazendo isso que ele descobriu que o fóssil de um animal parecido tinha sido descrito pelo cientista George Willett em 1937. Com esse achado, Valentich-Scott pediu o espécime original de Willett do Museu de História Natural do Condado de Los Angeles.

Com o espécime em mãos, ele fez as comparações, de forma cuidadosa, com os espécimes encontrados no Naples Point. Como resultado, o especialista concluiu que eles eram da mesma espécie.

“Não é tão comum encontrar viva uma espécie inicialmente conhecida em registro fóssil, especialmente em uma região tão bem estudada como o sul da Califórnia”, concluiu Goddard.

Fósseis vivos

Galileu

O termo fóssil é usado para descrever linhagens duradouras, populações antigas, grupos com baixa diversidade e grupos com DNA que quase não se alteraram em milhões de anos.

E como nosso planeta não cansa de nos surpreender, vide essa criatura encontrada que se conhecia somente pelo registro fóssil, existem alguns animais que são considerados fósseis vivos, como por exemplo, o celacanto.

Eles são peixes que vivem nas profundezas das costas da África e da Indonésia. Os celacantos têm barbatanas de corpo emparelhadas, com formato incomum, que se movem alternadamente como se eles estivessem “andando” na água.

A linhagem desse animal data do período Devoniano, pelo menos 410 milhões de anos atrás. Era acreditado que eles tinham sido extintos junto com os dinossauros, há 70 milhões de anos, já que eles desapareceram do registro fóssil. Mas em 1938, uma espécie viva de celacanto foi retirada das profundezas do oceano.

Atualmente existem duas espécies vivas de celacantos, conhecidas como Latimeria. Elas permaneceram praticamente inalteradas nos últimos 100 milhões de anos.

Além deles, temos o caranguejo-ferradura. Esses animais apareceram pela primeira vez há, pelo menos, 480 milhões de anos durante o Período Ordoviciano. E desde então, eles não parecem ter mudado muito.

Hoje em dia existem quatro espécies vivas desses fósseis vivos. Todas elas são da família Limulidae, e são encontradas nas águas da Ásia e da América do Norte. Um fato curioso sobre eles é que eles têm sangue azul por conta do alto teor de cobre.

Um outro fóssil vivo é o nautilus, um tipo de molusco cefalópode marinho, ou seja, está relacionado com a lula e o polvo. Contudo, ao contrário dos outros cefalópodes, ele fica dentro de uma casca lisa e dura.

O que se sabe sobre esse animal que vive em alto-mar e em torno de recifes de coral no Oceano Indo-Pacífico é que eles são membros da família Nautilidae e existem desde o final do Triássico. Justamente por isso eles são considerados fósseis vivos porque parecem ter ficado relativamente inalterados por mais de 200 milhões de anos.

Fonte: History, Galileu

Imagens: History, Galileu

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