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Cuidado com golpes quando for buscar atendimento de companhias aéreas

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Viajar é algo que muita gente gosta de fazer. Essa é uma das melhores atividades da vida. Contudo, nem sempre a viagem sai como planejado. Tanto é que os viajantes estão cada vez mais preocupados no momento de procurar auxílio das companhias aéreas pelo Google. Isso porque vários golpes estão sendo aplicados se aproveitando da urgência e confiança das pessoas nas buscas online.

Os golpes podem ser aplicados quando as pessoas procuram pelos números de contato de atendimento ao cliente das companhias aéreas. Nesse momento, os golpistas colocam os números de telefones falsos logo nos primeiros lugares da pesquisa. Dessa forma, vários viajantes ficam suscetíveis a cair no golpe.

Na ligação, os golpistas se passam por representantes das companhias aéreas e dão uma solução para os problemas de voos que as pessoas estão tendo mediante a um pagamento antecipado. Contudo, assim que o dinheiro é enviado, eles desaparecem e não deixam nenhum rastro.

Golpes

Olhar digital

Por mais que não seja possível determinar com qual frequência exata esses golpes acontecem, eles são muito conhecidos na indústria de viagens e entre as pessoas que são familiarizadas com os meandros do Google.

O The Washington Post fez uma investigação e encontrou um número de possível golpe em destaque nos resultados do Google quando procurou por “Suporte ao cliente da JetBlue”, uma das seis principais companhias dos EUA. Isso trouxe questões a respeito da responsabilidade do Google em dar informações precisas e seguras aos seus usuários.

Mesmo que o Google afirme que é “extremamente raro” ver números de golpes nas pesquisas de atendimento ao cliente das companhias aéreas, não ter uma clareza a respeito do que constitui um número aceitável de vítimas é algo para se preocupar.

Como esse tipo de golpe persiste, ele mostra uma falha fundamental na proteção dos consumidores online. Enquanto várias pessoas estão preocupadas com os perigos que podem vir com uma inteligência artificial, a realidade mostra que buscadores amplamente usados como o Google já estão cheios de ameaças escondidas.

Por conta desses golpes é essencial que os viajantes sejam precavidos no momento de buscar assistência nas companhias aéreas. O recomendado é que eles verifiquem de forma cuidadosa a autenticidade dos números de contato e evitem confiar cegamente nos resultados das pesquisas do Google.

Viagem

G1

Infelizmente, os números falsos não são o único tipo de golpe que os viajantes podem sofrer, como foi o caso dessas vítimas, que levaram um golpe e descobriram somente no momento do embarque.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Segundo as vítimas que compraram os pacotes de viagens, em Recife, a negociação foi feita pela internet. A mulher que era responsável pela venda disse para as clientes que tinha emitido passagens aéreas e reservado hospedagem em hotéis em São Paulo. No entanto, quando o grupo chegou ao aeroporto viu que não tinha nada.

A viagem do grupo seria para um congresso de podologia que começou na segunda-feira. O embarque era para ter acontecido no sábado, dia que as vítimas descobriram o golpe. A Polícia Civil não informou o número total de denúncias, mas de acordo com as vítimas, são mais de 20.

Uma das vítimas do golpe foi a manicure e estudante de podologia Paloma Dias. De acordo com ela, ela perdeu mil reais, e as outras mais de 20 pessoas que denunciaram o caso também no sábado foram vítimas dessa mesma mulher.

Paloma soube do congresso e, por indicação de uma amiga, entrou em contato com a suspeita. Quem vendeu o pacote foi Maria Joselaide Pereira Alves, que tinha uma empresa chamada Jô Turismo PE. A empresa dela foi aberta em março de 2023, como mostra o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

“Eu falei com ela em maio, e o congresso era R$ 1,8 mil. Eu não tinha como passar no cartão de crédito naquela época, e fiquei de combinar depois. Três meses passaram e, em agosto, ela me ligou. Disse que era ‘agora ou nunca’, que havia uma desistência e que me venderia o pacote por R$ 1 mil. Eu teria como passar em uma vez no cartão de crédito ou fazer uma transferência via PIX, o que fiz”, contou.

Durante um mês, a empresa Jô Turismo conversou com a cliente e disse que as passagens tinham sido emitidas. Entretanto, Paloma não assinou nenhum contrato. O único comprovante que ela tinha era a transferência bancária feita.

Nesse período, a dona da empresa até pediu que a vítima enviasse RG, CPF e comprovante de residência, para que as passagens fossem supostamente emitidas. Na última sexta-feira, a Jô Turismo ligou para Paloma e disse que o voo tinha sido adiado das 8h para as 15h. No entanto, quando a manicure chegou no aeroporto ela percebeu que tinha caído em um golpe.

“Quando a gente deu os documentos no aeroporto, não tinha reserva nenhuma. Uma atendente da companhia aérea, com quem conversei, ficou chocada. Disse que essa mulher vai todos os dias comprar passagem no aeroporto. Tinha dezenas de pessoas indo para essa feira através dessa Jô”, declarou.

Quem indicou a Jô Turismo para Paloma foi Cristiana dos Santos, instrutora de um curso na área de beleza. Ela também foi vítima do golpe e disse que também tinha sido apresentada a Jô através de uma amiga que já tinha viajado depois de comprar um pacote com ela. No entanto, nessa viagem para o congresso ela também caiu no golpe.

“Eu já fui para esse congresso outras vezes e achei estranho porque Jô não passava informações sobre a passagem, o horário de embarque, nem de chegada. Mas confiei, porque minha amiga tinha viajado com ela antes e disse que ela costumava entregar a passagem na hora. Meu prejuízo foi de mais de R$ 3 mil, porque comprei uma especialização por fora, além do valor do congresso”, contou.

Fonte: Olhar digital, G1

Imagens: Olhar digital, G1

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