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Professora aposentada cai em ‘golpe do presente’ e perde mais de R$ 24 mil

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Uma professora aposentada de 67 anos foi abordada por um entregador com uma sacola de presente no dia de seu aniversário. Ele informou que ela só poderia contar quem teria enviado o presente após ela pagar uma taxa de entrega. O que ela não sabia era que estava caindo no “golpe do presente”.

O caso aconteceu em Santos, no litoral de São Paulo, e a vítima chegou a perder mais de R$ 24 mil. De acordo com a professora, o entregador afirmou que, após pagar uma taxa de R$ 8,90, que não poderia ser paga em dinheiro, a máquina mostraria quem enviou o presente.

Então, ela subiu no apartamento para buscar seu cartão, desceu e fez o pagamento da taxa. “Subi, peguei um cartão, ele passou duas, três vezes e nada. Pegou outra máquina, passou e nada. Perguntou se eu tinha outro, aí falei que ia pegar”.

Em seguida, ela subiu novamente no apartamento para pegar outro cartão, como sugerido pelo entregador. Então, sua neta disse para ela descer com a bolsinha onde a aposentada guarda todos seus cartões. Todos eles deram erro e a idosa chegou a pedir o cartão do porteiro para efetuar o pagamento da taxa. Novamente, o cartão apresentou problema.

“Ele perguntou se podia voltar no dia seguinte, mas não voltou. Ele deu o presente, uma sacola do Boticário com três coisas, [era] uma sacolinha lacrada”, conta a mulher. “Na mesma hora eu abri para ver se tinha cartão dizendo de quem era, [pois] ele falou para mim que na hora que eu pagasse ia aparecer quem tinha me mandado. Achei que fosse uma máquina moderna”, disse a idosa.

O golpe

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

Assim sendo, a vítima do golpe contou em entrevista ao G1 que foram realizadas duas transações pelo criminosos em um dos cartões nos valores de R$ 3.999,99 e R$ 4.999,99. Já no outro cartão, eles realizaram três compras de R$ 8.999,99; R$ 4.999,99 e R$ 1.010, totalizando R$ 24.009,96.

Além disso, no cartão do porteiro, eles tentaram realizar uma compra de R$ 4.999. Porém, não deu certo porque ele só tinha R$ 100 de limite. Segundo a professora aposentada, o entregador usava uma máscara e, enquanto ele esperava a máquina efetuar a transação da suposta taxa, ele pegava o celular do bolso. Ele ficava olhando para o aparelho, guardava o celular e pegava outra máquina. “[Provavelmente] algum comparsa passando informação para ele”.

A professora entrou em contato com os bancos e um deles garantiu uma resposta dentro de três dias. Outro pediu cinco dias para estornar os valores. “Vamos ver, espero não ter esse prejuízo. Não tenho nem condição de pagar. Não sei onde vamos parar com tanto golpe. Os caras têm capacidade de bolar as coisas ao invés de trabalhar honestamente. É uma pena, não sei onde vamos parar”, disse.

Portanto, a vítima registrou um boletim de ocorrência de estelionato na Delegacia Eletrônica no sábado, dia 20 de agosto. O caso é investigado pela Polícia Civil no 7º DP de Santos.

Posicionamentos

Por meio de nota, o banco Santander informou que este caso se trata de golpe praticado de terceiros e que não possui responsabilidade sobre a negociação realizada. Assim, dado o contexto, recomenda sempre avaliar a idoneidade do vendedor, assim como desconfiar de bens anunciados por valores anunciados por valores muito abaixo dos praticados pelo mercado. Ou então desconfiar de promoções muito vantajosas, antes de efetuar o pagamento.

Além disso, o banco orienta seus clientes, caso desconfiem de terem sido vítimas de fraude, a entrar em contato com o suporte imediatamente. Já o C6 Bank disse que o golpe relatado é resultado de engenharia social e ressaltou que os consumidores redobrem os cuidados para não caírem em golpes.

O Boticário também se posicionou dizendo que lamentou o ocorrido e informou que não realiza esse tipo de envio e nem executa cobranças extras no momento da entrega de produtos comprados via internet.

Fonte: G1

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