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Golpe do motoboy: grupo suspeito de movimentar milhões e exibir vida de luxo é preso

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Conforme o tempo vai passando, novas formas de golpe, infelizmente, vão sendo criadas. O pior de tudo é que existem várias pessoas que caem nelas. Felizmente, em alguns casos, as pessoas que os aplicam acabam sendo presas, como por exemplo, na quarta-feira dessa semana, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) fez uma operação para cobrir a ação de suspeitos de aplicar o “golpe do motoboy”.

De acordo com as investigações, esses criminosos fingiam ser funcionários de bancos para conseguir dados dos clientes e passá-los para motoboys que iam buscar cartões supostamente clonados.

Os agentes da polícia estão cumprindo quatro mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, em cidades do Rio de Janeiro. Por conta disso, eles têm apoio da Polícia Civil do RJ. Ainda segundo a PCDF, nas redes sociais, esse grupo de criminosos ostentava uma vida de alto padrão. Eles mostravam viagens, nacionais e internacionais, e hospedagens em hotéis de luxo.

As investigações sobre o grupo começaram depois que uma senhora de 82 anos, moradora do Lago Sul, em Brasília, perdeu 15 mil reais no golpe. Segundo os investigadores, os suspeitos fizeram, pelo menos, quatro vítimas no DF entre os dias 25 a 29 de julho. Ao todo, juntas, as vítimas perderam 200 mil reais com o golpe.

A polícia também informou que os quatro suspeitos têm entre 25 e 42 anos e moram no Rio de Janeiro. Em oito meses aplicando esse golpe, eles teriam movimentado aproximadamente 1,8 milhão de reais. Por conta disso, todos os suspeitos irão responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato.

O golpe

G1

Nesse “golpe do motoboy”, os criminosos ligavam para a vítima, que na sua maioria eram idosos, e se passavam por funcionários da central de segurança do banco e solicitavam a confirmação de uma compra suspeita realizada no cartão de crédito.

Como a compra dita por eles não existe, as vítimas dizem que não reconhecem o gasto. Nesse momento, os criminosos dizem que o cartão provavelmente foi clonado e orientam as vítimas a pedirem o bloqueio do cartão ligando para um outro número, que também pertence aos golpistas.

Nessa segunda ligação, as vítimas são orientadas a dar a senha do cartão para que o bloqueio seja feito. Além disso, os golpistas dizem às vítimas que um funcionário do banco irá até a sua casa para pegar o cartão para fins de perícia.

Depois do motoboy pegar o cartão, os criminosos fazem transações financeiras. Elas normalmente são feitas usando máquinas de cartão cadastradas em nome de empresas de fachada ou no CPF de “laranjas”. Tudo isso para que a identificação dos autores seja mais difícil.

Vítima

Scuadra

Infelizmente, ou felizmente, existem aqueles que caem em um golpe, mas a quantia ou a mercadoria perdida não tem um alto valor. No caso do professor universitário Thiago Soares, de 43 anos, o motoboy lhe deu um golpe, só que não de milhares de reais, mas sim de comida.

O golpe foi feito pelo motoboy que, durante o trajeto da entrega da comida que ele tinha pedido através do aplicativo, afirmou que estava perdido e pediu para Thiago enviar a sua localização pelo WhatsApp.

Então, o professor passou sua localização e, de acordo com ele, o golpe foi aplicado imediatamente. Através do número de telefone de Thiago, o motoboy teve acesso ao código de segurança dado pelo aplicativo, que costuma ser os últimos quatro dígitos do celular, com isso, ele marcou a entrega como concluída e ficou com a comida de Thiago.

“Eu me senti muito mal. Eu fui ingênuo, estava com boa vontade. Achei que ele estava sem internet e não conseguia achar minha casa. No primeiro momento, achei que pelo WhatsApp seria mais fácil de resolver. Depois, eu fiquei com muita raiva e não era nem pelo valor. Foi uma compra de R$ 43”, contou ele.

“Eu estava na pressa de receber a comida e não me passou pela cabeça que seria um golpe. Na hora, eu não me liguei, não desconfiei. Eu achei que ele poderia estar passando dificuldade com a internet. O WhatsApp costuma ser liberado nos pacotes das operadoras. O app do iFood deve consumir muita internet e pensei que pelo WhatsApp poderia ser mais fácil”, continuou.

Dependendo do restaurante, o iFood dá um código de segurança para o cliente para que ele informe ao entregador no momento em que tiver com sua encomenda em mãos.

“No meu caso, o código é fixo e são os 4 últimos dígitos do meu celular. Eu vi que o código muda para algumas pessoas. Eu acho que os entregadores maldosos devem ter percebido que o código de muitas pessoas é o final do número do celular e inventaram esse golpe. Se for assim de todo mundo, eu acho que é uma falha de segurança do iFood. Muita gente está relatando que também já passou por isso”, disse Thiago.

Em entrevista, o professor disse que queria apenas um lanche, mas ao invés disso acabou recebendo uma dor de cabeça no fim do seu domingo. Thiago disse que ficou traumatizado e que, mesmo ele tendo sido ressarcido, ele não fez um novo pedido.

Fonte: G1

Imagens: G1, Scuadra

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