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Curitibana é a primeira brasileira a receber pâncreas artificial

pâncreas artificial
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No dia 31 de janeiro deste ano, uma mulher de Curitiba (capital do Paraná) recebeu um implante de pâncreas artificial. Larissa Strapasson, de 30 anos, tem diabetes do tipo 1 e, por isso, houve a necessidade da operação. Como resultado, ela se tornou a primeira brasileira a receber a glândula “fake”.

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Uma das principais funções do pâncreas é a produção de hormônios, como a insulina, que é capaz de regular a glicose no sangue. Sendo assim, a glândula artificial cumpre a mesma função e é capaz de liberar insulina automaticamente para controlar os índices de açúcar no sangue.

Como a glândula fake funciona?

O sistema, usado do lado de fora do corpo, é composto por dois dispositivos: um sensor de glicose e uma bomba de insulina. O sensor envia, por bluetooth, um sinal para a bomba ajustar o nível de insulina que o paciente recebe.

O sensor de glicose mede e envia os níveis de açúcar no sangue de volta a um algoritmo, que permite realizar ajustes adicionais. As doses de insulina, por sua vez, ficam armazenadas em um reservatório. O equipamento é completamente autônomo, ou seja, age sozinho para acompanhar e regular a glicemia da pessoa que o carrega.

Dispositivo fica acoplado ao corpo e libera insulina conforme a necessidade

Quando os níveis de açúcar no sangue estão muito baixos ou altos, o aparelho libera automaticamente o hormônio por um cateter até um dispositivo que fica embaixo da pele. A partir disso, esse dispositivo aplica a insulina na dose certa, simulando o papel que o pâncreas tem no nosso organismo.

O acompanhamento dos níveis de açúcar é feito regularmente. Além disso, as informações em tempo real podem ser acompanhadas por um aplicativo de celular e até mesmo compartilhadas com os médicos e os familiares.

A tecnologia foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode custar até R$ 24 mil. O pâncreas artificial ainda não está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas a Associação Diabetes Brasil deve pedir ao Ministério da Saúde a liberação do acesso gratuito ao tratamento.

Universidade de Cambrigde

O estudo com o pâncreas artificial

Antes de ser liberado, o pâncreas passou por uma série de testes. O estudo foi conduzido por cientistas das universidades de Cambridge, (da Inglaterra) e de Berna (na Suíça) e publicado na revista científica Nature Medicine, em 2021.

Entre outubro de 2019 e novembro de 2020, os pesquisadores acompanharam 26 pacientes que realizavam diálise. Metade foi tratada com o pâncreas artificial, e a outra teve o tratamento tradicional com insulina. A equipe acompanhou a evolução do nível de açúcar no sangue por um período de 20 dias.

O pâncreas artificial manteve os níveis médios de glicose por mais tempo, reduzindo o período em que os pacientes passaram em hipoglicemia. Com a comprovação da funcionalidade e dos benefícios da glândula fake, o apetrecho passou a ser comercializado.

Fonte: Tecmundo

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