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Pesquisadores descobrem hormônio que pode regular o açúcar do sangue

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Para quem sofre de diabetes, um novo estudo pode gerar grandes expectativas. Pesquisadores do Instituto Salk, nos Estados Unidos, encontraram um hormônio capaz de controlar a glicose no sangue. O hormônio denominado FGF1 foi administrado em ratos e gerou resultados positivos, já que o nível de glicose no sangue diminuiu consideravelmente. 

O hormônio FGF1

O FGF1 é encontrado no tecido adiposo, que armazena a gordura do corpo. Assim como a insulina, o hormônio controla a glicose ao inibir a lipólise, que é o processo que usa a gordura armazenada para produzir energia. Estudos ainda incompletos sugerem que o FGF1 também pode reduzir o risco de enfarte e de doenças degenerativas.

A diferença entre a insulina e o FGF1 está em como eles inibem a lipólise, o que permitiria que o FGF1 reduzisse a glicose no sangue de quem tem resistência à insulina. Em pessoas com essa condição, a glicose não é totalmente eliminada do sangue, e a lipólise aumenta os níveis de gordura. 

Pixabay

Estes, por sua vez, aceleram a produção de glicose no fígado, o que eleva ainda mais o nível de açúcar no sangue. Com isso, a gordura se acumula nos órgãos, aumentando a resistência à insulina, o que pode causar diabetes e obesidade.

O estudo

A descoberta do FGF1, que é a segunda molécula encontrada capaz de inibir a lipólise, aconteceu após 100 anos da revelação da insulina. O estudo foi publicado na revista Nature Medicine. Na experiência realizada em ratos com a administração do hormônio, os cientistas conseguiram não só normalizar o nível de glicose no sangue, como também promover a remissão temporária da doença. 

A substância foi injetada no cérebro dos animais. Segundo os pesquisadores, o tratamento em humanos deve ocorrer com a administração da dosagem correta da substância pelas vias nasais. Entretanto, apesar de promissor, o tratamento de dose única só conseguiu surtir efeito nos roedores com casos moderados da doença. Além disso, ainda não ficou claro como exatamente o hormônio funciona contra a doença.

Em pesquisas realizadas anteriormente, apenas uma injeção de FGF1 em ratos diabéticos tinha capacidade de restaurar a glicose em níveis normais por mais de dois dias. Já o estudo atual indica que injeções cerebrais conseguem colocar a diabetes em remissão por semanas ou até meses. 

Para Ronald Evans, coautor do estudo, o hormônio também pode ajudar pesquisadores a entender como é feito o armazenamento de energia no corpo. No entanto, ainda não há resultados sobre como a substância atua no organismo humano.

A pesquisa foi apoiada pelos Institutos Nacionais de Saúde, Fundação Nomis, March of Dimes, Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG), Organização Holandesa de Pesquisa Científica, Fundação Europeia para o Estudo do Diabetes e Fundação Nacional de Ciências da Suíça.

A diabetes

Diabetes é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue. Isso acontece porque a insulina, que é o hormônio que transporta a glicose do sangue para o interior das células, não é produzida ou não funciona corretamente. Dessa forma, o açúcar se acumula no sangue ao invés de ser gasto nas células do corpo. A longo prazo, essa condição pode trazer danos ao indivíduo que a possui.

Existem quatro tipos principais de diabetes, a tipo 1, a tipo 2, a gestacional e a pré-diabetes. A principal causa da diabetes é a má alimentação, especialmente o consumo excessivo de alimentos açucarados, industrializados e a falta de exercício físico.

No entanto, apesar da diabetes ser uma condição comum de ser desenvolvida ao longo da vida, algumas pessoas convivem com ela desde o nascimento. Nesses casos, os tratamentos com hormônios reguladores devem ser iniciados logo no início da vida.

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