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Dá para prevenir ataques cardíacos com décadas de antecedência, diz pesquisa

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Dentre todas as doenças que podem atingir as pessoas, as relacionadas ao coração podem estar no topo das mais temidas. Até porque, várias delas podem ser silenciosas e descobertas quando estão acontecendo. Por isso que seria perfeito poder fazer um tratamento mesmo com um sistema cardiovascular perfeitamente saudável apenas para prevenção de um ataque cardíaco.

Isso parece uma coisa utópica. No entanto, uma nova descoberta pode fazer com que essa prevenção de ataques cardíacos seja uma realidade. Claro que isso mudará tudo, principalmente com relação às mortes. Tanto é que as doenças cardíacas estão entre as principais causas.

Por conta disso, Eldad Tzahor, professor que estuda regeneração do tecido cardíaco no laboratório no Weizmann Institute of Science, pensou que ele poderia criar algo que pudesse prevenir essas doenças relacionadas ao coração.

Com isso, ele e outros pesquisadores conseguiram ativar um mecanismo celular nos corações de camundongos saudáveis que os protegeu contra ataques cardíacos. Essa proteção foi vista até depois de meses que essa ativação tinha sido feita.

Descoberta

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Os ataques cardíacos são fatais porque quando eles acontecem eles matam vários cardiomiócitos, que são células do músculo cardíaco. E o corpo não consegue regenerá-las.

Para sua descoberta, segundo o Medical Xpress, os pesquisadores fizeram a análise de camundongos geneticamente modificados com cardiomiócitos e com excesso de ERBB2, gene que desencadeia a divisão celular. Com isso, as células se multiplicaram de forma natural, o que não é visto em organismos que não têm esse gene.

No começo, essa modificação não teve o resultado esperado e o coração retrocedeu. No entanto, quando os cardiomiócitos voltaram para o seu estado normal, o desempenho cardíaco melhorou no geral.

Próximo passo

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Depois que o gene foi “desligado”, os pesquisadores ainda observaram os benefícios que ele causou a longo prazo no coração dos animais. Visto isso, eles propuseram uma segunda etapa em que iriam “ligar” e “desligar” os genes uma outra vez. Com isso feito, eles observaram a maneira que os camundongos se recuperaram da lesão cardíaca.

Como resultado, eles notaram que os camundongos que fizeram a fase de superexpressão do gene ERBB2 conseguiram se recuperar e os que não tiveram essa fase não se recuperaram.

“Encontramos uma fonte cardíaca de juventude naqueles camundongos, uma nova maneira de tornar o coração mais jovem e forte”, disse Tzahor.

Por mais que esse estudo ainda esteja longe de ser aplicado em seres humanos, os experimentos feitos ajudam os pesquisadores a entender como o coração funciona com relação a esse gene.

Doenças do coração

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Além desse estudo, vários outros ramos de pesquisa estudam como incorporar tecnologias no diagnóstico de doenças. Um exemplo disso foi visto em um estudo publicado na revista científica “The Lancent Digital Health”, no qual os pesquisadores da Osaka Metropolitan University, no Japão, falaram sobre sua descoberta de uma IA que consegue classificar as funções do coração e identifica de forma precisa a doença cardíaca vascular com base em uma radiografia simples do tórax.

Até o momento, a doença cardíaca valvular é diagnosticada com uma ecocardiografia. E através da radiografia do tórax é possível identificar doenças, principalmente as nos pulmões. Mesmo que nesse raio-x fosse possível ver o coração, ainda se sabia pouco a respeito da capacidade das radiografias de tórax para detectar uma função ou doença cardíaca. Contudo, essa nova IA funciona a partir dessa radiografia do tórax.

Para que a IA funcionasse, os pesquisadores reuniram dados de 22.551 radiografias de tórax associadas a 22.551 ecocardiogramas. Participaram quase 17 mil pacientes. Então, a inteligência artificial foi treinada para aprender recursos que fazem a ligação entre os dois conjuntos de dados.

De acordo com os estudos, essa tecnologia conseguiu categorizar de forma precisa seis tipos de doença cardíaca valvular que foram selecionadas e são decorrentes do mau funcionamento de uma das quatro válvulas cardíacas que mantêm o fluxo de sangue normal e na direção certa através do coração.

Em determinados casos é necessário que a pessoa passe por uma cirurgia cardíaca valvular como forma de tratamento. Dentre as mais comuns que exigem a cirurgia está a doença da válvula Aórtica e a doença da válvula Mitral.

“Levamos muito tempo para chegar a esses resultados, mas acredito que seja uma pesquisa significativa. Além de melhorar a eficiência dos diagnósticos médicos, o sistema também pode ser utilizado em áreas onde não há especialistas, em emergências noturnas e para pacientes com dificuldade de fazer ecocardiografia”, disseram os pesquisadores.

Fonte: Olhar digital, Canaltech

Imagens: Olhar digital

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