Deolane Bezerra e Tirulipa afirmam que Polícia Civil fez buscas e apreensão em suas casas

Os influenciadores digitais Deolane Bezerra e Tirulipa informaram, através de suas defesas nas redes sociais, que a Polícia Civil realizou buscas e apreensões em suas casas no dia 14 de julho, em Barueri, na Grande São Paulo. 

Não ocorreu prisão, mas a polícia levou itens e objetos de valor da advogada e do humorista, conforme reportagem do G1.

De acordo com os advogados deles, a investigação quer saber se Deolane e Tirulipa teriam relação com a Betzord, empresa de apostas esportivas na internet. A empresa é investigada pelo 27º Distrito Policial (DP), Campo Belo, por suspeita de “crime contra a economia popular e associação criminosa”, segundo a nota da defesa do humorista.

Em comunicados publicados no Instagram, os departamentos jurídicos de Deolane e de Tirulipa negaram qualquer envolvimento de seus clientes em um suposto esquema criminoso com a Betzord. Eles também declararam que os influenciadores só tiveram contratos de patrocínio com a empresa em 2021.

Influenciadores e empresa negam envolvimento com crime

Foto: Reprodução A Gazeta

“Cumpriram a ordem judicial de busca e apreensão a fim de coletar provas para o inquérito policial que busca investigar diversos influenciadores que fizeram publicidades para a empresa Betzord, a qual atua no seguimento de jogos e apostas esportivas on-line”, afirma trecho da nota divulgada no Instagram do escritório Adélia Soares Advogados, que defende os interesses de Deolane.

De acordo com a advogada, “na determinação judicial, a Deolane Bezerra é elencada apenas como averiguada, em decorrência de um suposto patrocínio da empresa investigada, em relação a uma festa que ocorreu me meados de 2021, não fazendo qualquer ligação de fato criminoso à influenciadora”.

Ainda por meio de nota divulgada no Instagram, a defesa de Tirulipa negou qualquer envolvimento do artista em supostas irregularidades cometidas pela Betzord.

“A assessoria jurídica do artista informa que o mesmo não possui qualquer envolvimento com a empresa investigada por suposto crime contra a economia popular e associação criminosa”, informa um dos trechos do comunicado divulgado pelos advogados Caio Sanas e Jamilson de Morais Veras, que defendem os interesses de Tirulipa.

“Além disso, não figura como investigado no inquérito. Vale destacar que o artista realizou apenas uma ação de divulgação pontual e única, no ano de 2021, para a empresa investigada”, acrescenta o texto.

Já a defesa da Betzord, também no Instagram, afirmou que a empresa nega qualquer irregularidade envolvendo seu trabalho com apostas e que procura a polícia para esclarecer o assunto.

 

Ver esta publicação no Instagram

 

Uma publicação partilhada por BETZORD (@betzord)

“A BETZORD tomou conhecimento que está sendo investigada por autoridade policial, em inquérito originado para apurar o comércio de rifas nas redes sociais. A empresa está buscando as autoridades policiais para demonstrar que sempre atuou de forma correta e em estrito respeito às normas legais”, declara um trecho da nota divulgada e assinada pelo advogado Huendel Rolim, da Equipe Betzorda.

Objetos apreendidos na casa de Deolane

Foto: Marcelo Brandt/ G1

Ao G1, o escritório Adélia Soares Advogados não informou quais objetos foram apreendidos na casa de Deolane, explicando que o caso está sob sigilo judicial. O escritório ainda confirmou que a casa fica em Barueri, onde a polícia levou equipamentos eletrônicos.

“No que se refere aos objetos apreendidos, o processo tramita em segredo de justiça, por este motivo não podemos prestar maiores informações, todavia, foi sim expedido Mandado Judicial para busca e apreensão de aparelhos eletrônicos”, disse comunicado enviado ao G1.

Em entrevista ao Cidade Alerta nesta última sexta-feira (15/07), Deolane contou que “a decisão da juíza era para apreensão de celulares, computadores e documentos que comprovassem o envolvimento com a Betzord. Não havia nada de criminoso. Mesmo eu tendo saído, assinado um distrato e devolvido o dinheiro, não vejo como uma empresa com fins criminosos”. 

Ela explicou que só rompeu o contrato para assinar com um concorrente que lhe pagou mais. “Só que [nessa investigação] são inúmeros influenciadores, jogadores de futebol, apresentadores. Mas como a Deolane é polêmica, midiática, veio tudo em mim.”

A advogada ainda afirmou que tem como provar que não adquiriu nenhum bem de forma ilícita. 

“As pessoas querem me ver como vítima, mas eu quero ser vista como alguém que leva cacetada, mas se levanta, que ressurge das cinzas. Desde que eu me entendo por gente, eu passo por tribulação.”

Fonte: G1