Curiosidades

Descobertas arqueológicas na cidade de Davi são ligadas a eventos da Bíblia

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Ao longo de nossa história, arqueólogos realizaram inúmeras descobertas que mudaram a forma como vemos nossa própria história. A Bíblia é um dos livros mais vendidos e lidos no mundo inteiro. Podemos definir como uma fascinante parte da literatura até os dias atuais. Esse livro é composto de histórias que contam desde a passagem de Jesus Cristo pela Terra até o pós, quando o líder cristão finalmente retornou aos céus e deixou a humanidade para tomar um novo rumo.

Algumas das histórias parecem um tanto confusas para algumas pessoas que as leem por mostrarem um reflexo divino na natureza humana, seja em sua boa ou má glória. Alguns utilizam dos ensinamentos ali explícitos para se inspirar e viver melhor. Outros se aprofundam com um tipo de análise mais crítica para melhor interpretação.

O livro sagrado do cristianismo é refutado várias vezes. Mas em determinadas situações, os arqueólogos acabam achando vestígios de coisas descritas no livro. Como, por exemplo, as construções do período do Primeiro Templo na cidade de Jerusalém, também chamada de Cidade de Davi. Os pesquisadores fizeram a conexão delas com as estruturas descritas na Bíblia e chegaram a conclusão de que já no século 10 a.C. eram feitas atividades intensas na região.

Estudo

Galileu

O estudo feito por eles demorou quase 10 anos para ser feito e através de uma datação por radiocarbono eles conseguiram  identificar uma grande atividade durante os reinados dos reis de Judá.

Em seu trabalho, os pesquisadores fizeram a separação e medição da quantidade de carbono-14 nas amostras de achados orgânicos, como por exemplo, em sementes de uva e tâmara e nos esqueletos de morcegos que foram achados nas estruturas. Dessa forma, o estudo pode ser uma ajuda na reconstrução, de forma científica, da história de Jerusalém de 1200 a.C.

Isso porque, até o momento a maior parte das pesquisas relacionava o crescimento para oeste de Jerusalém a pouco mais de 2700 anos atrás. Contudo, esse estudo sugeriu que ele tenha começado ainda no século 9 a.C., época em que ele se expandiu em direção ao Monte Sião, cem anos antes do exílio assírio e chegada de refugiados do Reino de Israel ao norte.

De acordo com a Autoridade de Antiguidades de Israel, depois 150 anos de pesquisa arqueológica está vindo um quadro “mais completo e preciso” de Jerusalém na época do reino de Judá e antes dele.

Observações

G1

“A nova pesquisa ensina que a expansão de Jerusalém é resultado do crescimento demográfico interno da Judeia e do estabelecimento de sistemas políticos e econômicos”, disse Yuval Gadot, da Universidade de Tel Aviv.

Outra descoberta feita pelo estudo foi um muro em Jerusalém nas encostas orientais da cidade que era mais antigo do que se pensava. Era acreditado que ele tinha sido construído por Ezequias, rei de Judá, para defender a cidade durante o cerco assírio. No entanto, o estudo mostrou que ele foi erguido no tempo do rei Uzias, assim como foi dito na Bíblia, depois de um grande terremoto em Jerusalém.

Na Bíblia, ele é descrito assim: “Uzias edificou torres em Jerusalém, à porta da esquina, à porta do vale e ao ângulo do muro, e as fortificou”. (2 Crônicas 26:9).

Bíblia

Algumas outras descobertas também se referem à coisas ditas na Bíblia, como os tecidos roxos que foram encontrados no Vale do Timna, no sul de Israel.

Esses tecidos são um reflexo da riqueza dos habitantes dessa região no período dos reinados de Davi e Salomão. Os pedaços de tecidos foram descobertos durante escavações arqueológicas em Timna. Esse local era um antigo centro de produção de cobre, de acordo com o que disse a Autoridade de Antiguidades de Israel (AIA) em um comunicado feito junto com as universidades de Tel Aviv e Bar Ilan.

“É a primeira vez que tecidos tingidos de roxo e da Idade do Ferro são descobertos em Israel e no Levante mediterrâneo”, informou o comunicado.

Segundo a datação feita por radiocarbono,  as fibras são de aproximadamente mil anos antes da nossa era. Isso quer dizer que elas datam da época do reinado de Davi e Salomão, de acordo com a bíblia.

“Na Antiguidade, as vestimentas roxas eram associadas à nobreza, aos sacerdotes e, é claro, à realeza. A magnífica tonalidade violeta, o fato de não desbotar e a dificuldade de produção deste corante, que se encontra em diminutas quantidades nos corpos de pequenos moluscos tornam o púrpura real uma cor de prestígio que costumava ser mais cara que o ouro”, explicou Naama Sukenik, curadora da AIA.

Até o momento, somente conchas de moluscos e cerâmicas com machas roxas tinham sido descobertas. Isso indicava que existia uma indústria do corante roxo. “Esta é a primeira vez que temos evidências diretas de tecidos tingidos e preservados por 3.000 anos”, disse a pesquisadora.

Segundo Erez Ben-Yosef, professor do Departamento de Arqueologia da Universidade de Tel Aviv, encontrar esses tecidos permitem que o conhecimento a respeito do reino de Edom, que era povoado por tribos nômades, seja aprofundado.

“As novas descobertas reforçam nossa hipótese de que havia uma elite em Timna, mostrando que se tratava de uma sociedade estratificada”, disse ele.

Fonte: Galileu

Imagens: G1

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