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Dodôs podem voltar à vida. Entenda como

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A Terra já foi o lar das mais diversas criaturas. No entanto, à medida que o tempo passa nem todas continuaram a caminhar pelo planeta. A extinção é uma coisa que acontece com as espécies pelos mais variados fatores, sendo um deles por culpa dos humanos. Um animal que foi extinto por conta disso foi o dodô.

Ele era uma ave com aproximadamente um metro de altura e chegava a pesar mais de 20 quilos. Mesmo sendo uma ave, esse animal natural das Ilhas Maurício não voava. Sua extinção aconteceu aproximadamente em 1162, depois de 150 anos da chegada dos europeus à ilha.

Embora tenham sido extintos há tempos, os dodôs estão muito presente na cultura pop e na mente das pessoas. Talvez por isso que existam tentativas de trazer eles de volta à vida.

Dodôs de volta

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Agora, esses pássaros estão um passo mais perto de voltarem a existir. Isso acontecerá por conta de uma parceria entre a Colossal Biosciences, que é a empresa de engenharia genética por trás da tentativa de trazer esses animais de volta a vida, e a Mauritian Wildlife Foundation, uma organização de preservação sem fins lucrativos.

Esse projeto tem em sua equipe Beth Shapiro, que foi a cientista que sequenciou o genoma do dodô pela primeira vez. Com essa parceria entre as empresas, o objetivo dela é fazer a restauração do habitat dos dodôs nas Ilhas Maurício.

E o  objetivo principal do Grupo Genômica Aviaria da Colossal Biosciences é conseguir trazer o animal de volta à vida. De acordo com o grupo, essa parceria com a Fundação Mauritian Wildlife é um passo extremamente importante nesse processo.

“Os projetos de extinção da Colossal só terão sucesso se os animais forem renaturalizados e trazidos de volta ao seu habitat natural. Estamos ansiosos para trabalhar com Maurício para garantir que isso aconteça com o dodô”, disse Matt James, Diretor de Animais da Colossal.

Reconstrução do genoma

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Além da parceria firmada, a equipe de pesquisa da Colossal trabalha com as células primordiais germinativas do pombo Nicobar. Esse animal é o parente vivo mais próximo do dodô, por conta disso ele tem sido usado para que um genoma de referência seja construído.

Outro ponto que os cientistas também estão trabalhando é no desenvolvimento de galinhas geneticamente modificadas para que elas hajam como substitutas dos dodôs.

De acordo com Ben Lann, CEO da Colossal, todas as etapas feitas no processo são importantes, especialmente a de conseguir reconstruir o genoma do dodô. Para isso, a primeira coisa a ser feita foi encontrar qual era o parente vivo mais próximo do animal extinto. A resposta dessa pergunta foi o pombo Nicobar

Depois disso, os pesquisadores precisaram buscar amostras de DNA antigo do dodô. Nesse ponto, Shapiro usou amostras de tecido que foram retiradas do crânio de um animal que fazia parte da coleção do Museu de História Natural da Dinamarca.

Então, eles uniram o DNA do pombo Nicobar com o dodô e assim conseguiram reconstruir o genoma da espécie extinta.

Ressalvas

Colossal biosciences

A possibilidade da volta dos dodôs pode não existir. Até porque é bem difícil prever quantas modificações irão ser feitas no DNA do pombo para que ele se transforme em um dodô.

Outro problema para desextinguir a ave é a maneira como o DNA modificado irá ser inserido. Mesmo que a edição de genes possa ser fácil, transformar uma célula editada de volta em um pássaro pode ser complicado. No caso dos mamíferos isso é mais simples porque é só fazer a clonagem.

Contudo, com relação a um ovo de uma ave, que nada mais é do que uma célula enorme, isso já é um pouco mais complicado. “Você teria que retirá-lo e implantar outro núcleo, o que é impossível”, explicou Mike McGrew, biólogo aviário e consultor pago da Colossal.

Na visão de McGrew, uma possível solução para esse problema seria injetar as células editadas direto na gônada de um pombo em desenvolvimento, isso porque ela pode formar os óvulos e espermas. E se uma reprodução acontecesse, o DNA modificado já seria passado para os filhotes. Esse processo foi feito em galinhas, contudo não é certeza de que ele funcionará também com outras aves.

Embora seja um objetivo da empresa, a Colossal Biosciences não colocou um prazo para quando eles conseguirão trazer o dodô de volta. No entanto, com relação aos mamutes, a empresa disse que a previsão é que eles voltem à vida até 2029. Eles pontuaram que o dodô pode voltar antes ou depois disso, tudo  dependerá dos fatores científicos.

Como explicou Shapiro, a volta desses animais através da edição genética e reprodução assistida pode ajudar na preservação dos animais em extinção. “Precisamos desenvolver essas ferramentas e abordagens adicionais para poder proteger as espécies atuais da extinção. E se vamos empolgar as pessoas o suficiente para fazer isso, teremos que lançar algo grande por aí, e todo mundo já ouviu falar do dodô”, concluiu.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital, Colossal biosciences

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